O que importa � que a farinha certa pode ser uma aliada na redu��o de peso, nas estrat�gias para cuidar da sa�de e at� mesmo para promover a longevidade. Sempre tendo em mente que o consumo depende do quadro cl�nico de cada pessoa.
A nutricionista Adriana Stavro, especialista em doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein, destaca que quem opta por uma alimenta��o low carb n�o tem de desistir de todos os alimentos feitos com farinha. H� op��es para fazer doces, p�es e massas nas vers�es zero carboidrato. A farinha de coco tem 10 vezes mais fibras que a de trigo refinada, o que significa que basta uma pequena quantidade para obter a mesma consist�ncia em um bolo, por exemplo.H� op��es de farinhas para fazer doces, p�es e massas nas vers�es zero carboidrato. A farinha de coco tem 10 vezes mais fibras que a de trigo refinada, o que significa que basta uma pequena quantidade para obter a mesma consist�ncia em um bolo, por exemplo.
Adriana Stavro, nutricionista, especialista em doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein
1 – Farinha de coco: � a segunda farinha mais comum usada em prepara��es lowcarb. Tem sabor ligeiramente adocicado e uma grande quantidade de fibras. Raramente � usada sozinha em receitas porque requer uma grande quantidade de ovos para equilibrar a alta quantidade de fibras. Por isso � comum misturar farinha de coco com farinha de am�ndoa ou com psyllium para diminuir o n�mero de ovos e melhorar a textura e o sabor. A propor��o � 1 medida de farinha de trigo para 2 medidas da farinha de coco. Ideal para sobremesas e para espessar. Mas lembre-se que voc� vai sentir aquele toque de coco.
2 – Farinha de am�ndoa: � provavelmente a alternativa mais popular � farinha de trigo comum. � pobre em carboidratos, repleta de nutrientes e tem um sabor ligeiramente doce. Tamb�m ajuda reduzir o colesterol ruim, o LDL, e diminuir a resist�ncia � insulina. Voc� pode usar a farinha de am�ndoas como um substituto 1 para 1 da farinha de trigo na panifica��o. Ideal para panifica��o, empanar.
3 – Farinha de chia: � rica em fibra sol�vel. Elas podem absorver de 10 a 12 vezes seu peso em �gua, tornando-se gelatinosas. Teoricamente, isso aumenta a saciedade contribuindo para a perda de peso. A fibra tamb�m alimenta as bact�rias ben�ficas do intestino, muito importante para a sa�de. O melhor � mistur�-la com outras farinhas em prepara��es como p�es, muffins, bolos e massas. Para usar, basta substituir at� 30% de sua farinha regular. Ideal para panifica��o.
4 – Farinha de linha�a: curiosamente, os benef�cios � sa�de s�o atribu�dos principalmente aos �cidos graxos �mega-3 potencialmente anti-inflamat�rios e suas fibras. Assim como a farinha de chia e a de coco, ela tamb�m absorve uma grande quantidade de l�quido, por isso, geralmente, � misturada com outras farinhas. No entanto, o farelo de linha�a pode ser usado sozinho ou junto com sementes de chia. Ideal para biscoitos.
5 – Psyllium: excelente fonte de fibra sol�vel. Eles absorvem muita �gua e incham, acrescentando estrutura aos alimentos. Adicionar um pouco de psyllium �s receitas keto feitas com farinha de am�ndoa fornece uma textura mais parecida com a de um p�o tradicional. Mas, novamente, o ideal � misturar com farinha de coco ou de am�ndoas em partes iguais ou outras farinhas. Ideal para panifica��o.
6 – Aveia: conhecida por ser um alimento saud�vel para o cora��o devido ao alto teor de beta-glucanas. Al�m disso, cont�m mais de 20 polifen�is �nicos, que t�m demonstrado forte atividade antioxidante, anti-inflamat�ria e antiproliferativa, que pode fornecer prote��o adicional contra doen�as coron�rias, c�ncer de c�lon e irrita��o da pele. Como ocorre com outras farinhas, as receitas n�o levam fibra de aveia isolada, mas em combina��o com outras farinhas com baixo teor de carboidratos. Ideal para panifica��o.
Shots de alimentos funcionais s�o aliados da sa�de
De acordo com ela, a populariza��o dos shots nos �ltimos tempos se deve � facilidade e praticidade de adicionar alimentos funcionais na rotina. “Muitas vezes, temos dificuldade de consumir esses alimentos de outras maneiras. Assim, o shot vem como uma alternativa para que esses alimentos possam ser integrados no dia a dia, ajudando a melhorar o foco, a disposi��o e imunidade.”
Quanto � estrutura, Pryscila explica que o shot � composto por uma base de �gua, um l�quido de car�ter �cido, como suco de lim�o ou vinagre de ma��, pr�polis e especiarias com a��o anti-inflamat�ria, antioxidante ou termog�nico. “A composi��o vai depender da individualidade e do objetivo do paciente”, acrescenta.
Para a nutricionista, ter um h�bito saud�vel ajuda a entrar na atmosfera de uma vida melhor. “Come�ar o dia com uma rotina saud�vel, acrescentando compostos bioativos provenientes de condimentos e especiarias funcionais em quantidade, � �timo, pois, muitas vezes, ter�amos dificuldade de alcan�ar na alimenta��o. Essa � a principal vantagem do shot”, comenta Pryscila.
Nutricionista cl�nica e fitoter�pica, Mhaisa Arag�o alerta que nem todo shot � saud�vel. Ela destaca que � necess�rio que as combina��es sejam boas: “Os shots s�o saud�veis quando as combina��es dos fitoter�picos t�m uma fun��o, como atuar na imunidade e na disposi��o do paciente. Ent�o, eles se tornam saud�veis a partir do momento que essas combina��es conseguem atingir fins terap�uticos”.
De acordo com ela, os shots come�aram a ser consumidos com mais intensidade durante a pandemia da COVID-19. “Hoje, a maioria dos pacientes menciona fazer uso do shot para iniciar a rotina, porque alegam que se sentem mais dispostos e que, depois que inclu�ram o shot, a imunidade est� melhor”, conta Mhaisa. Ela recomenda que a bebida seja ingerida no per�odo da manh�, uma vez ao dia.
“A maioria das pessoas usa gengibre, um alimento termog�nico que pode influenciar na qualidade do seu sono, dependendo do hor�rio que voc� tomar. Por isso, o ideal � tomar o shot quando acordar”, orienta a especialista. Pryscila aconselha que os shots sejam tomados diariamente, mas sempre em rotatividade: “N�o recomendo tomar o mesmo shot por mais de tr�s meses. � bom variar as combina��es”.
IMUNIDADE
Quem se rendeu �s propriedades do shot foi a servidora p�blica Andr�ia Ara�jo, de 33 anos. Como nem sempre tem tempo para preparar a pr�pria comida, ela toma o shot todas as manh�s a fim de obter o m�nimo de micronutrientes necess�rios. “Minha inten��o sempre foi melhorar a imunidade. Costumo tomar em jejum um shot natural da Qualy Ervas, que cont�m c�rcuma, gengibre, canela e pimenta caiena. Adiciono algumas gotas de pr�polis tamb�m”, explica.
Mas o consumo dos shots n�o � o �nico a integrar a rotina de Andr�ia. Ela ainda preza por uma alimenta��o saud�vel e colorida: “Busco me alimentar da forma mais natural poss�vel, evitando industrializados e produtos com conservantes. Meu lema � comer ‘comida de verdade’. Procuro fazer minhas refei��es sempre muito coloridas, cheias de frutas, verduras, legumes e prote�nas. Consumo sal, mas em quantidade bem pequena”.
O conjunto de h�bitos saud�veis resultou em diversos benef�cios para ela. “Minha imunidade melhorou potencialmente, assim como a sa�de dos meus cabelos e da minha pele. Sinto mais energia ao longo do dia e tenho mais disposi��o para treinar. Existem in�meros estudos que comprovam a rela��o da m� alimenta��o e do sedentarismo ao desenvolvimento de doen�as. Por isso, acredito que tudo que vem da natureza te nutre e te faz bem”, conclui.
H�BITOS
Apesar de os shots serem aliados no processo de reeduca��o alimentar, eles n�o podem ser os �nicos h�bitos saud�veis de uma pessoa. “O shot n�o � o que vai resolver tudo, ele � um plus, um elemento auxiliar. Se voc� n�o tiver uma rotina de vida saud�vel, como um todo, praticar atividade f�sica, comer bem, beber �gua, o shot em si n�o vai ter nenhum benef�cio”, adverte Mhaisa. Outro cuidado que deve ser tomado � em rela��o � composi��o do shot. “Dependendo de como voc� fizer o shot voc� n�o vai conseguir alcan�ar o que tem de melhor daqueles fitoter�picos”, ressalta.
Ela ainda considera importante que o shot consiga ser absorvido pelo organismo para que tenha efeitos positivos. A c�rcuma � um exemplo de tempero citado por ela que n�o possui uma boa biodisponibilidade, isto �, percentual de aproveitamento pelo organismo: “Por isso � necess�rio associar o consumo da c�rcuma com a pimenta do reino para conseguir propiciar essa biodisponibilidade, que aumenta duas vezes mais quando elas est�o associadas. N�o adianta nada tomar o shot se o corpo n�o consegue absorver”.
Contudo, Mhaisa acredita que � poss�vel fazer uso dos temperos nas refei��es di�rias, sem a necessidade do consumo do shot. Al�m disso, h� pacientes que n�o conseguem tomar os shots de temperos em raz�o do sabor marcante. “Adicionar os temperos naturais nas refei��es vai ser mais saboroso e o paciente n�o vai ter que lidar com dificuldade para beber. Muitos remetem a dificuldade de ter h�bitos saud�veis porque n�o agrada o paladar. O uso vai depender se a pessoa tolera ou n�o.”
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Jos� Carlos Vieira]
Receitas
Shot para imunidade
» 1/2 x�cara de �gua
» 1 colher de ch� de gengibre ralado
» 1 colher de ch� de c�rcuma
» Pitada de pimenta do reino
» 10 gotas de pr�polis
» 1/2 lim�o espremido
Shot para disposi��o
» 1/2 x�cara de �gua
» 1 colher de ch� de canela em p�
» 1 colher de ch� de pimenta
» 1/2 lim�o espremido
Shot anti-inflamat�rio
» 1/2 x�cara de ch� de �gua
» 1/2 lim�o espremido
» 1 colher de ch� de c�rcuma
» Pitada de pimenta
Fonte: Mhaisa Arag�o, nutricionista cl�nica e fitoter�pica