
Alzheimer e Parkinson, embora sejam doen�as neurodegenerativas diferentes, sempre possu�ram um fato em comum: s�o doen�as que a ci�ncia n�o encontrou uma cura. A medicina, entretanto, n�o mede esfor�os para trat�-las.
Pensando em novas op��es de tratamento para doen�as neurodegenerativas, um estudo, liderado por pesquisadoras brasileiras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com cientistas holandeses e norte-americanos, conseguiu identificar a rela��o da prote�na lamin-B1, presente em todo corpo, com o envelhecimento do c�rebro humano.
Durante a pesquisa, foram investigados a senesc�ncia (processo natural de envelhecimento ao n�vel celular ou conjunto de fen�menos associados a este processo) de astr�citos in vitro em c�rebros de camundongos velhos e em tecido cerebral humano post-mortem de idosos. E foi identificada uma perda significativa de lamin-B1, componente importante da l�mina nuclear.
A presen�a dessas prote�nas na regi�o cerebral diminui � medida que as pessoas envelhecem. Esse resultado pode representar um avan�o no entendimento do d�ficit cognitivo do Alzheimer ou Parkinson.
O artigo com os resultados foi publicado na Wiley Online Library, importante editora internacional.
Vanessa Milanese, diretora de comunica��o da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), comenta o estudo e destaca que a not�cia pode trazer esperan�a para melhor entendimento para que no futuro surjam novos tratamentos ou at� mesmo cura dessas doen�as. "Estima-se que em 2050, o n�mero de pessoas acima de 60 anos seja o dobro do de agora. Por conta desses grandes n�meros, espera-se que haja um aumento enorme na incid�ncia de doen�as associadas � idade", observa a neurocirurgi�.
Embora esse estudo n�o tenha sido conduzido pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), essa valida��o da entidade brasileira � importante pois dissemina a informa��o entre a classe neurocir�rgica e reafirma a import�ncia da busca constante de novas op��es de tratamentos para patologias graves.
"Os neurocientistas, e a� se incluem v�rios colegas neurologistas e neurocirurgi�es, est�o constantemente trabalhando para ajudar essas pessoas, criando modos de melhorar o seu tratamento para que estes pacientes continuem a produzir e mantenham as suas atividades familiares e sociais", finaliza a m�dica.
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.