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Estado de Minas NO-MOBILE

Nomofobia: conhe�a v�cio que ser� um dos temas da novela Travessia

O medo de ficar sem celular e os riscos causados pelo v�cio no aparelho ser�o assuntos debatidos no pr�ximo folhetim de Gloria Perez; especialista explica


28/02/2022 18:04 - atualizado 28/02/2022 21:02

Mulher usando aparelho celular
Especialista alerta para consequ�ncias da nomofobia (foto: Pixabay)
Voc� j� ouviu falar em nomofobia ou no-mobile? O nome pouco conhecido se refere a uma fobia que tem crescido em todo o mundo e ser� um dos temas discutidos em Travessia, a pr�xima novela das nove de Gloria Perez, na Globo. Prevista para estrear em mar�o de 2023, a trama vai falar do medo irracional de ficar sem o celular e discutir as rela��es entre o homem e a tecnologia.

 

 


Em seu Twitter, a autora compartilhou uma pesquisa em que cientistas listaram os pa�ses com os maiores �ndices de v�cios em smartphones. O Brasil ocupa o 4º lugar do ranking. J� um estudo divulgado pela plataforma de m�dia, Digital Turbine, mostra que 20% dos brasileiros n�o ficam mais de 30 minutos longe do celular.
 
 

Para o psic�logo e professor do curso de psicologia da Faculdade Pit�goras, Davi Alves, o avan�o tecnol�gico � um dos fatores que contribuem para a depend�ncia. 

“A cada dia surgem aparelhos celulares com as mais altas tecnologias. Refor�ando a necessidade em estar sempre perto de um celular, pois nele se resolve tudo: trabalho, estudos, entretenimento e compras. Com isso, cria-se o h�bito de estar no celular. A todo tempo somos refor�ados a emitir esse comportamento e quando nos percebemos distante dele � como se deix�ssemos de viver ou de estar conectado com o mundo”, explica.

O estudo da plataforma de m�dia tamb�m apontou que 92% dos brasileiros fazem compras pelo celular. Al�m disso, 30% desse percentual passaram a comprar ainda mais pelo aparelho m�vel, ap�s o in�cio da pandemia. 

Davi ressalta que apesar da comodidade oferecida pelos aparelhos, � preciso ficar atento aos sinais que indicam v�cio. 

“Quando a pessoa percebe que n�o est� conseguindo fazer coisas que n�o estejam vinculadas ao uso imediato do celular � preciso aten��o. Por exemplo, a pessoa vai a um anivers�rio e tem a sensa��o de que ali est� chato por ter que conversar ou emitir outros comportamentos que n�o dependem do celular. Estudando, namorando, comendo ou fazendo outra atividade e ao mesmo tempo olhando o celular e verificando mensagens. Ou seja, quando existe um condicionamento da vida ao uso do celular.”

Consequ�ncias do uso excessivo do celular


Levantamento do Google mostra que 73% dos brasileiros n�o saem de casa sem os seus dispositivos. O psic�logo explica que o uso exagerado do aparelho pode trazer consequ�ncias. 

“Elas s�o diversas e na maioria das vezes terr�veis quando lembramos que somos uma esp�cie que vive em comunidade e para que essa comunidade exista de forma s�lida e saud�vel � importante que seus membros se relacionem. Essa rela��o, em parte, pode ser at� realizada via celular, mas o aparelho n�o responde �s necessidades de rela��o que o homem precisa. Com isso, percebemos rela��es fr�geis entre amigos, familiares, entre alunos e professores, entre rela��es amorosas.”

Davi ressalta que essas pessoas est�o preferindo usar o celular do que a intera��o presencial. “Estamos rompendo com um princ�pio, em que o viver em comunidade est� sendo trocado para o viver uma vida mais individualizada e com menos contato poss�vel.”

O profissional da sa�de explica que � preciso analisar as consequ�ncias do uso descontrolado e os preju�zos desse comportamento. 

“De acordo com a magnitude desse comportamento socialmente disfuncional, a ajuda de um psic�logo � indispens�vel. Certamente o processo terap�utico vai ajudar esse sujeito a melhorar esse v�cio em um contexto de reflex�o, em que se possa compreender quais s�o os refor�adores desse comportamento, bem como propor ao sujeito outras possibilidades.”

Davi pondera que o problema n�o � a tecnologia em si, mas a maneira como nos relacionamos com ela, j� que o celular � um item quase essencial para muitas pessoas que usam para trabalhar e estudar. 

O psic�logo defende que o uso do aparelho deve ser feito de forma saud�vel para que ele seja um aux�lio e n�o uma depend�ncia. 

“Quando a fun��o de algo � clara para o sujeito, ele consegue estabelecer uma rela��o baseada em clareza. Se o celular � para trabalhar, � importante definir qual o hor�rio de trabalho. Se for para estudar, limitar o hor�rio de estudo. Se usado para manter rela��es afetivas, definir quanto tempo do seu dia ser� dedicado a isso. Quando temos clareza da fun��o, melhor controle podemos exercer sobre esses comportamentos”, conclui.
 
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie. 


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