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Estado de Minas

Hirsutismo: excesso de pelos no corpo acomete at� 10% das mulheres

Dist�rbio � mais comum em mulheres com descend�ncia mediterr�nea e mais raro nas orientais


17/03/2022 09:34 - atualizado 17/03/2022 09:42

Hirsutismo
(foto: FGR/Divulga��o)

O hirsutismo � um dist�rbio de crescimento excessivo de pelos no corpo feminino. As �reas onde esse crescimento ocorre s�o caracter�sticas de distribui��o masculina, como a regi�o da barba, acima do l�bio superior, ao redor dos mamilos, no t�rax, no abdome inferior, nos gl�teos e na parte interna das coxas. O desequil�brio pode acometer at� 10% das mulheres antes da menopausa, sendo mais comum nas que t�m descend�ncia mediterr�nea e mais raro nas orientais.

Nas mulheres, os horm�nios masculinos (testosterona, androstenediona, dentre outros) s�o formados principalmente nos ov�rios e nas adrenais (ou suprarrenais), como explica a p�s-doutora em endocrinologia e metabologia pela USP e Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Claudia Chang. "Quando h� determinadas disfun��es nestes dois �rg�os pode haver crescimento exagerado de pelos mais grossos, que chamamos de pelos terminais", esclarece.

 

A s�ndrome dos ov�rios polic�sticos (SOP) � a causa mais comum do hirsutismo. Trata-se de um dist�rbio endocrinol�gico que n�o s� acarreta aumento na produ��o dos horm�nios sexuais masculinos, mas tamb�m a forma��o de m�ltiplos cistos no ov�rio, irregularidade menstrual, infertilidade, resist�ncia � insulina, diabetes mellitus e obesidade.

Outra causa do hirsutismo � a s�ndrome de cushing, quando h� presen�a de n�veis elevados do horm�nio cortisol produzido pelas gl�ndulas adrenais (ou suprarrenais), pelo uso de horm�nios sint�ticos ou por enfermidades que envolvem essas gl�ndulas e a hip�fise.

Segundo Claudia Chang, fatores que tamb�m contribuem com o dist�rbio s�o medicamentos para tratamento da endometriose, de doen�as da tireoide, da depress�o, da artrite reumatoide, obesidade e sobrepeso, que favorecem o aumento dos horm�nios androg�nicos, a menopausa, j� que as pr�prias altera��es hormonais podem provocar o crescimento de pelos temporais, especialmente no rosto (costeletas, queixo, bigode). "H� ainda o hirsutismo idiop�tico, caracterizado por hirsutismo isolado, na presen�a de ciclos menstruais regulares e ovulat�rios. Neste caso, uma das suposi��es s�o os fatores gen�ticos e heredit�rios implicados no aparecimento dessa condi��o", acrescenta.

Tratamentos

Quando h� altera��o hormonal, o ideal � que se fa�a o tratamento conjunto (uso de contraceptivos orais/uso de medica��es que amenizam a a��o do horm�nio masculino e a retirada mec�nica).

Dermatologista pela USP, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Fellow em Dermatopatologia pelo Hospital Mount Sinai, em Nova York (EUA), e pelo Hospital Karolinska, em Estocolmo (Su�cia), Renato Pazzini explica que o tratamento pode ser feito com epila��o (extra��o do pelo inteiro, incluindo o bulbo piloso) e/ou o uso de medicamentos que bloqueiam o eixo hormonal dos androg�nios, que s�o os horm�nios sexuais envolvidos no crescimento dos pelos. "Desde que n�o haja contraindica��o, os anticoncepcionais costumam ser a melhor op��o, pois � fundamental que a paciente n�o engravide durante o tratamento", alerta o dermatologista.

Em rela��o aos m�todos de epila��o, � poss�vel optar pelos tempor�rios ou semipermanentes. Como forma tempor�ria, a cera � a mais utilizada, tanto pelo f�cil acesso como pelo baixo custo. J� entre as t�cnicas semipermanentes, os dispositivos de luz pulsada ou laser s�o os mais procurados. O aparelho emite uma onda de luz que se conecta ao pigmento localizado no pelo e penetra em toda a extens�o do fol�culo, incluindo o bulbo (onde nasce o pelo e n�o � removido pela depila��o por cera).

"O laser costuma ser um m�todo doloroso e s�o necess�rias m�ltiplas sess�es que variam de acordo com a cor da pele e a cor e espessura do pelo. Normalmente, ap�s o tratamento, � preciso ainda manuten��es semestrais ou anuais para garantir os resultados", pontua Renato Pazzini. J� a eletr�lise � um m�todo mais antigo. Nesse caso, cada fol�culo de pelo � tratado com cauteriza��o, e esse costuma ser um tratamento mais demorado e menos pr�tico do que o laser.


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