
Saber escutar, perceber, compreender, identificar as necessidades e manifestar empatia, para, ent�o, executar as a��es de cuidados de sa�de de forma articulada, sistematizada e humanizada: esse � o dia a dia de enfermeiros e t�cnicos de enfermagem.
Profissionais que trabalham com doentes cr�nicos, que precisam de uma terapia permanente e frequente, como a di�lise, criam v�nculos umbilicais com os pacientes, tornando-se parte da fam�lia.
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"A enfermagem est� presente no dia a dia dos pacientes, cuidando, proporcionando tratamento de alta qualidade. Fazemos a diferen�a na vida das pessoas, podendo mudar o rumo de sua hist�ria, com muita dedica��o, cuidado e amor. Celebramos nosso dia com muito orgulho", diz a Gerente Nacional de Enfermagem da Fresenius Medical Care, Silvia Manfredi.
Anjos da enfermagem
A t�cnica em enfermagem Maria N�gila Silva, de 29 anos, atua na cl�nica de di�lise Fresenius Savassi, em Belo Horizonte, e revela que escolheu a profiss�o porque desde muito jovem gostava de cuidar das pessoas. Depois de completar o ensino m�dio, ela n�o tinha d�vidas sobre seguir a carreira dos sonhos.
Para a profissional, os momentos que ela passa com os pacientes da cl�nica, s� refor�am seu amor pela enfermagem. "Fiz os primeiros procedimentos para estabilizar uma hipotens�o do paciente e escritor Geraldo Magela. Na sess�o seguinte, ele fez um texto sobre o momento para seu blog e me chamou de anjo. Eu fiquei muito feliz por fazer parte da sua hist�ria", relata.
N�gila diz estar sempre muito atenta, porque o trabalho requer muita dedica��o e responsabilidade. Ela, que aprendeu a cantar parab�ns em libras para um paciente com defici�ncia auditiva, conta que seu desafio di�rio � garantir uma percep��o de acolhimento, respeito e seguran�a. "Ele ficou t�o feliz e, em seu olhar, percebi o quanto ele se sentiu importante."
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Amor ao pr�ximo
O t�cnico de enfermagem Alcidney Theodoro dos Santos, de 62 anos, trabalha na CDR de Nova Igua�u (RJ) h� quase 30 anos e acredita que seu trabalho foi algo escolhido por Deus. "� indescrit�vel porque lidamos com vidas. Penso que fui escolhido para fazer algo por algu�m. Ent�o procuro sempre passar algo de positivo para os pacientes. Olhar nos olhos e trat�-los da melhor forma para poder dizer no final do dia que o meu dever foi cumprido".
Para Alcidney, os maiores desafios s�o observar, manter o paciente est�vel e proteg�-lo para que n�o ocorra nenhuma intercorr�ncia. Seu maior objetivo � fazer com que o paciente possa retornar ao lar com a garantia de que teve um bom tratamento e garantir que a cl�nica os dar� uma melhor qualidade de vida.
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Sobre seus momentos marcantes, ele conta, orgulhoso e ciente de que criou algo especial, de uma paciente que n�o aceitava a doen�a e estava sempre se queixando de alguma coisa. "Ela contaminava o lugar e todos come�avam a passar mal. At� um belo dia coloquei um bolero do Carlos Roberto e deixei de tocar. De repente, essa paciente come�ou a cantar. Daquele dia em diante, ela n�o passou mal, n�o reclamou de nada e nunca mais teve problemas".

A enfermeira Endie Gomes, que trabalha na cl�nica Fresenius Savassi h� 15 anos, tamb�m compactua com essa ideia de que enfermagem � sin�nimo de amor. "Aprendi que quando voc� se dedica com amor ao cuidado, a resposta vem em forma de melhora da sa�de daqueles que s�o nossa raz�o: nossos pacientes", enfatiza.
Ela tamb�m acredita que a profiss�o a escolheu e afirma: "Ser enfermeira n�o � f�cil, pois temos que conciliar o cuidado assistencial com o administrativo, ter jogo de cintura para driblar os obst�culos e os momentos dif�ceis, sempre sendo am�veis e profissionais. Mas fazer um futuro que vale a pena viver para todos os nossos pacientes supera tudo".

O desafio de lidar com crian�as e familiares
Lidar com crian�as pode ser algo complicado. Sendo assim, a enfermeira Thatiana Alves Siqueira, de 37 anos, que atua na cl�nica Samarim, em S�o Paulo, busca encontrar formas criativas de atender os pequenos, a ponto de transformar e amenizar as dores e medos gerados diariamente durante os procedimentos.
"Preciso gerar confian�a porque o tratamento di�rio de di�lise afeta toda a fam�lia. Tenho certeza que o melhor desempenho � se dedicar a cada paciente com muito amor ao pr�ximo, com humildade para ouvir, respeitar a diversidade de cada um e tranquilizar as fam�lias", explica Siqueira.
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De acordo com a profissional, � importante entender o tempo dessas fam�lias e deix�-las confort�veis. "Temos familiares que est�o inseguros, assustados, com medo, criando barreiras de prote��o. Ent�o cada profissional tem que pensar se ele est� fazendo tudo o que pode, se � o que ele faria caso estivesse atendendo um filho seu. O acolhimento muda completamente a vida deles", completa Thatiana.

* Estagi�ria sob supervis�o da editora Ellen Cristie.