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Estado de Minas HOMENAGEM

Dia do Assistente Social: empatia, compaix�o e persist�ncia

'Meu ouvido � o meu cora��o', diz assistente social que se dedica aos pacientes em cl�nicas de di�lise


15/05/2022 13:43 - atualizado 26/05/2022 13:27

Neste domingo (15/5) comemora-se no Brasil o Dia do Assistente Social. Nas cl�nicas de di�lise, esse profissional se destaca por um trabalho que come�a desde o acolhimento, quando o paciente chega � cl�nica at� os encaminhamentos e orienta��es sobre os benef�cios que os pacientes possam ter direito nas diversas �reas como: previd�ncia, assist�ncia social, transportes e medicamentos gratuitos, isen��o de impostos, entre outras.

A assistente social Nilce Nascimento
A assistente social Nilce Nascimento se esfor�a para diagnosticar as dificuldades do paciente at� que haja entendimento completo sobre todas as orienta��es (foto: Arquivo pessoal)

De acordo com Nilce Nascimento, assistente social na Cl�nica de Doen�as Renais, no Rio de Janeiro, nos tr�s primeiros meses o atendimento continuado � direcionado para diagnosticar as dificuldades do paciente at� que haja entendimento completo sobre todas as orienta��es, que incluem: acesso � farm�cia de medica��o de alto custo, a import�ncia da confec��o e cuidados com a f�stula, a necessidade de ades�o ao tratamento, entre outros aspectos. "� muita informa��o para absorver. Ao final do trimestre, esperamos que eles se apropriem das informa��es e orienta��es, se empoderem, pratiquem autocuidado e possam conviver bem com o tratamento e ainda continuem ou voltem ao mercado de trabalho, quando poss�vel", diz.
 

A assistente social Luciana Modro, que atua na Fresenius Nove de Julho, tamb�m em S�o Paulo, explica que gosta muito de conversar, mas que no trabalho, o que mais faz � ouvir. "Cada hist�ria � uma hist�ria e n�s somos o cart�o de visita. Somos a ponte para integr�-lo �s equipes. Sei que o paciente chega fragilizado e precisa se sentir acolhido. Meu ouvido � o meu cora��o. Fa�o uma escuta qualificada para entender as demandas com muito carinho e respeito. Ele pode nunca ter ouvido falar em di�lise. Ajudamos o paciente a ser protagonista do seu tratamento, com autonomia. Ele precisa entender que a di�lise n�o � o fim, � o come�o de uma nova vida. � uma ressignifica��o. E temos que mobilizar a fam�lia, pois todo mundo seguir� na luta desse paciente.

A assistente social Patricia Nalli, de 34 anos, da Fresenius Morumbi complementa. "Nosso trabalho se inicia com uma anamnese e avalia��o socioecon�mica para conhecer melhor o paciente, entender a sua din�mica familiar e dessa forma ter a certeza do perfil para melhor abordagem. N�o existe um padr�o. Cada paciente apresenta sua particularidade, hist�ria de vida, cultura, cren�as, fase de nega��o, entre outras. Gosto muito de acompanhar a evolu��o do paciente, e principalmente, na recupera��o de sua autonomia. Ap�s o in�cio do tratamento, sempre refor�o que hemodi�lise � vida. Eu acompanho quem vai fazer transplantes. E � muito bom quando chega o t�o sonhado dia", relata.

Segundo a assistente, os momentos marcantes na sua trajet�ria dariam um livro. "Desde o retorno ap�s uma longa interna��o, at� ver o paciente emocionado quando algum familiar se oferece como doador de rim, ou quando um paciente recupera a fun��o renal e passa para o tratamento conservador", comenta.

"Uma vez eu estava na sala de di�lise quando o paciente recebeu uma liga��o dizendo que havia um rim para o seu transplante. Foi uma emo��o e uma alegria imensa. Todos acabam se envolvendo", relata.
 

Aprendizado constante 

 
Para ela, empatia � a palavra e talvez o segredo. "Uma frase famosa � 'o paciente � o amor algu�m', e nessa perspectiva tudo fica muito mais humanizado. N�s escolhemos estar ali. O paciente n�o tem essa op��o. Somos "insistentes sociais". Nem tudo s�o flores, mas tudo se torna aprendizado constante quando estamos dispostos e desprendidos de paradigmas. Minha dica aos colegas de profiss�o � fazer tudo com amor, �tica, cora��o aberto, com qualidade no acolhimento e acompanhamento, mantendo uma rela��o saud�vel com o paciente."

Entre as atividades implementadas que fazem muito sucesso entre os pacientes, est�o: bingo, rodas de conversa, sorteios de brindes, testes cognitivos, desenhos, ca�a-palavras. "H� uma infinidade de atividades de lazer que podem trazer mais entrosamento, relaxamento.  S�o muitas horas numa m�quina, e eles precisam de entretenimento e socializa��o."


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