
O diagn�stico do Alzheimer � feito por uma combina��o de testes, incluindo aspectos fisiol�gicos e cognitivos. Trabalho desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Radiologia Mallinckrodt, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, sinaliza que o exame de resson�ncia magn�tica do c�rebro deve entrar na lista de avalia��es. Segundo a equipe, a abordagem tem melhor desempenho do que testes cl�nicos comuns para diagnosticar a doen�a neurodegenerativa precocemente.
Os investigadores chegaram � conclus�o ao acompanhar 61 pessoas sem problema cognitivo ou com um comprometimento leve. Os volunt�rios faziam parte de um grupo de estudos multic�ntrico focado na progress�o do Alzheimer, e quase metade deles desenvolveu a doen�a. A an�lise de exames de resson�ncia magn�tica com imagens por tensor de difus�o (DTI, pela sigla em ingl�s) feitos ao longo do estudo mostrou que, nos pacientes acometidos pela doen�a, houve altera��es na subst�ncia branca do c�rebro, respons�vel, entre outras fun��es, pela nutri��o e sustenta��o de neur�nios.
O DTI fornece diferentes m�tricas de integridade cerebral, incluindo anisotropia fracionada (AF), uma medida de qu�o bem as mol�culas de �gua se movem ao longo dos tratos da subst�ncia branca. Um valor de AF mais alto indica que a �gua est� se movendo de maneira mais ordenada no �rg�o, enquanto um valor menor significa que os setores provavelmente est�o danificados.
Os participantes acometidos pelo Alzheimer apresentaram menor AF em compara��o �queles que n�o desenvolveram a doen�a, sugerindo danos na subst�ncia branca do c�rebro. “Com o DTI, voc� observa o movimento das mol�culas de �gua ao longo dos tratos da subst�ncia branca, os cabos telef�nicos do c�rebro. Quando esses folhetos n�o est�o bem conectados, podem surgir problemas cognitivos”, ilustra Cyrus A. Raji, professor-assistente de radiologia do instituto americano.
PREVENTIVO Segundo o principal autor do estudo, o DTI tem �timo desempenho em compara��o com outras medidas cl�nicas. “Usando os valores de AF e de outras m�tricas globais associadas � integridade da subst�ncia branca, conseguimos alcan�ar 89% de precis�o na previs�o de quem vai desenvolver o mal de Alzheimer. O Miniexame do Estado Mental e o APOE4 (que identifica uma variante gen�tica associada a um maior risco da doen�a) t�m taxas de precis�o de 70% a 71%”, compara Raji.
Em uma segunda etapa, a equipe conduziu uma an�lise mais detalhada dos tratos da subst�ncia branca em 40 participantes do estudo. Entre esses volunt�rios, a t�cnica alcan�ou 95% de precis�o. Embora seja necess�rio mais trabalho antes que a abordagem esteja pronta para o uso cl�nico de rotina, o l�der do estudo acredita que h� sinais significativos de que o DTI pode ser usado para acusar sinais precoces da doen�a, ajudando a retardar o curso dela e at� mesmo o seu in�cio.
“A pesquisa mostra que o risco de doen�a de Alzheimer pode ser reduzido abordando fatores de risco modific�veis, como obesidade e diabetes. Com a detec��o precoce, podemos promulgar interven��es no estilo de vida e recrutar volunt�rios para testes de drogas mais cedo”, ilustra. Os resultados da pesquisa ser�o apresentados esta semana, durante a reuni�o anual da Sociedade Radiol�gica da Am�rica do Norte.