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Terapia gen�tica recupera nervos danificados


17/02/2019 05:09

Complica��es ocorridas durante o nascimento ou em consequ�ncia de acidentes s�o algumas das situa��es que podem provocar danos nos nervos. Para corrigir problemas dessa natureza, a �nica op��o dispon�vel atualmente � a cirurgia, mas ela nem sempre rende os resultados esperados. Em busca de um tratamento mais eficaz para esse problema, pesquisadores holandeses resolveram unir a interven��o cir�rgica com a terapia gen�tica. A estrat�gia foi testada em ratos e rendeu as melhoras almejadas pelos cientistas. Os resultados foram publicados na revista especializada Brain.
A ideia de usar a gen�tica como recurso extra para tratar problemas nervosos era um desejo antigo de um dos autores do estudo. “Em 1998, tive a ideia de que a terapia gen�tica seria uma maneira de promover a regenera��o do nervo perif�rico lesionado”, explicou ao Estado de Minas Joost Verhaagen, principal autor da pesquisa e pesquisador do Instituto Holand�s de Neuroci�ncia (NIN) e do Centro M�dico da Universidade de Leiden (LUMC).


Verhaagen explica que grande parte dos pacientes com problemas nos nervos perdem a fun��o do bra�o, por exemplo, e s�o incapazes de realizar atividades di�rias, como segurar uma x�cara de caf�. “Depois da cirurgia, as fibras nervosas t�m que atravessar muitos cent�metros antes de atingir os m�sculos. Por isso, as c�lulas nervosas das quais novas fibras precisam para se regenerar s�o perdidas em grande n�mero. A regenera��o da fibra nervosa n�o atinge os m�sculos. A recupera��o da fun��o do bra�o � decepcionante e incompleta”, ressalta Ruben Eggers, um dos autores do trabalho e tamb�m pesquisador do NIN.
No estudo, os cientistas resolveram combinar a repara��o neurocir�rgica com a terapia gen�tica em experimentos realizados em ratos com danos nervosos. Os cientistas utilizaram uma subst�ncia chamada fator neutr�fico de crescimento, que impulsiona o desenvolvimento dos nervos. Ela foi aplicada dentro de um v�rus inativado, pois, segundo os cientistas, apenas dessa forma a subst�ncia teria como entrar no DNA dos animais.

TROCA FURTIVA Em conjunto com a aplica��o do fator neutr�fico de crescimento, os pesquisadores tamb�m deram aos roedores, misturado � comida, um antibi�tico. O medicamento permitiu que os cientistas tivessem mais controle em rela��o ao DNA, numa t�cnica chamada de troca furtiva, que permite a ativa��o alternada e espec�fica de genes. “A troca do gene � um passo importante para o desenvolvimento da terapia gen�tica para danos nos nervos. O uso de um interruptor invis�vel melhora a terapia gen�tica, tornando-a ainda mais segura. Como fomos capazes de desligar a terapia gen�tica quando o fator de crescimento n�o era mais necess�rio, a regenera��o de novas fibras nervosas em dire��o aos m�sculos melhorou consideravelmente”, frisou Ruben Eggers.


Os resultados foram positivos, muitas das c�lulas nervosas que estavam morrendo puderam ser resgatadas e o crescimento das fibras nervosas na dire��o do m�sculo p�de ser estimulado.


Segundo Ivan Coelho Ferreira, neurocirurgi�o do Hospital Santa L�cia, em Bras�lia, e membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), o estudo mostra dados importantes para tratamento. O cientista explica que a terapia g�nica usada pelos cientistas pode complementar o tratamento atual. “Um caso comum em que ocorre esse tipo de les�o � em acidentes de moto. Neles, uma les�o no ombro ocorre com frequ�ncia, e isso dificulta a movimenta��o. Mesmo com a cirurgia, � dif�cil retornar �s fun��es originais das ra�zes dos nervos. A cirurgia resolve, mas n�o totalmente”, detalha o especialista.
“Essa interfer�ncia gen�tica testada pelos pesquisadores estimulou os ax�nios, c�lulas relacionadas a esse crescimento nos nervos, e, mais importante ainda, isso foi feito por meio dessa t�cnica de ligar e desligar o DNA, usando esse est�mulo apenas quando necess�rio. Isso evita que ocorram excessos e poss�veis danos, pois desequil�brios poderiam causar danos graves”, frisa Ferreira.


PR�XIMOS PASSOS  Os autores do estudo explicaram que a terapia gen�tica testada ainda n�o est� pronta para uso em pacientes. Eles ressaltam que, embora a capacidade de desativar um gene terap�utico seja um grande passo � frente, os pesquisadores ainda encontraram pequenas quantidades do gene ativo quando o “interruptor” do DNA foi desligado. Portanto, mais pesquisas s�o necess�rias para otimizar essa terapia. “Devemos primeiro testar se a terapia gen�tica � segura, por exemplo, em uma les�o nervosa em um modelo animal de grande porte. Nosso pr�ximo passo � combinar a terapia g�nica do fator neutr�fico em um grupo de cobaias mais complexas”, frisa Verhaagen.


Ferreira tamb�m acredita que os resultados observados precisam de maior aprofundamento para que novos tratamentos com base no estudo se tornem realidade. “Os cientistas j� observaram ganhos extremamente consider�veis nesses experimentos com ratos e determinaram quatro semanas como o tempo ideal para essa recupera��o nesses animais. Por�m, � necess�rio ter medidas com base em animais de maior porte, como macacos, al�m de testar a seguran�a. S� assim teremos uma no��o se isso funcionaria em humanos e qual o tempo necess�rio de interven��o para ter essa recupera��o”, observa o m�dico brasileiro.


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