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Estado de Minas CONSTATA��O

Pais fumantes, problemas para filhos

Contato com a fuma�a do cigarro na inf�ncia aumenta o risco de surgimento de fibrila��o atrial na vida adulta, de acordo com estudo americano com dados de 5,1 mil pessoas


postado em 20/10/2019 04:00

O contato com a fumaça também está ligado ao tabagismo na vida adulta(foto: Handout/Reuters)
O contato com a fuma�a tamb�m est� ligado ao tabagismo na vida adulta (foto: Handout/Reuters)

 
 Filhos de pais que fumam t�m risco significativamente maior de desenvolver fibrila��o atrial quando adultos, de acordo com estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology. Os resultados destacam uma nova associa��o entre a exposi��o passiva ao fumo e a chance aumentada de sofrer esse dist�rbio do ritmo card�aco.
 
As estimativas internacionais apontam que a fibrila��o atrial (AFib), o dist�rbio do ritmo card�aco mais comum, afeta 2% da popula��o ocidental. O tabagismo continua a ser um dos principais fatores de risco modific�veis para doen�as cardiovasculares, incluindo a Afib. Acredita-se que 7% de todos os casos sejam atribu�dos ao cigarro.
 
Usando dados do Framingham Heart Study original e do Framingham Heart Offspring Studies, dois estudos epidemiol�gicos de longo prazo que acompanharam a sa�de cardiol�gica de norte-americanos, os pesquisadores analisaram um total de 5.124 pessoas, todas descendentes dos participantes originais dos levantamentos e que tinham menos de 18 anos entre 1971 e 2014. Os pais foram avaliados por um m�dico a cada dois a quatro anos, e as crian�as a cada quatro a oito anos.
 
O tabagismo foi definido, em ambos os estudos, como participantes que fumavam mais de um cigarro diariamente durante o ano anterior ao estudo. O status de fumante foi calculado em termos de ma�os por dia, onde um ma�o de cigarros representava 20 cigarros, e meio ma�o, 10. A exposi��o ao fumo passivo foi definida como a presen�a de um dos pais fumando um ou mais ma�os por dia.
 
POR MA�OS
 
O diagn�stico de Afib foi conclu�do por meio de uma avalia��o dos resultados de prontu�rios, eletrocardiogramas e monitores de Holter. Havia informa��es dispon�veis sobre o status de fumante dos pais para um total de 2.816 (55%) das crian�as estudadas. A exposi��o ao fumo passivo foi vivenciada por 82% delas, e o status de fumante dos pais foi de 10 cigarros por dia.
 
Entre a coorte de descendentes (os filhos dos participantes fumantes), 14,3% desenvolveram AFib durante um per�odo de acompanhamento de 40,5 anos. Para cada ma�o por dia a mais que os pais fumavam, as crian�as tiveram um aumento de 18% na incid�ncia da doen�a cardiovascular.
 
“Nossas observa��es fornecem novas informa��es pertinentes � cessa��o do tabagismo, destacando os danos que podem estar associados n�o apenas a outras pessoas, mas a membros pr�ximos e mais vulner�veis da fam�lia”, disse Gregory Groh, professor da Divis�o de Cardiologia da Universidade da Calif�rnia, em San Francisco, e um dos principais autores do estudo. “Com a crescente preval�ncia de AFib, � imprescind�vel abordar fatores de risco modific�veis, como o tabagismo, para reduzir a carga global da condi��o.”

PROPENS�O A FUMAR
 
Os pesquisadores tamb�m descobriram que 17% dos filhos de pais tabagistas eram mais propensos a fumar, sugerindo outra maneira de o h�bito paterno e/ou materno predispor as crian�as ao AFib a longo prazo. Pesquisas anteriores mostraram que um dos pais fumantes aumenta a probabilidade de uma crian�a fumar mais tarde na vida. A cessa��o do tabagismo pelos familiares pode levar a uma menor incid�ncia do h�bito nos filhos.
 
“Os resultados desse estudo indicam que a exposi��o ao fumo passivo na inf�ncia � um fator de risco para o desenvolvimento de AFib”, disse Alanna M. Chamberlain, epidemiologista do Departamento de Pesquisa em Ci�ncias da Sa�de da Cl�nica Mayo, em um coment�rio editorial que o acompanha. “Esse estudo foi realizado com uma metodologia rigorosa para determinar diagn�sticos de AFib na prole de fumantes, como avalia��es repetidas com ECGs (eletrocardiogramas) e vigil�ncia de rotina para resultados cardiovasculares”, destacou.
 
Os pesquisadores, contudo, destacam que o estudo tamb�m tem limita��es, incluindo a falta de dados dispon�veis para o status de fumante dos pais em quase 45% dos participantes da prole, bem como varia��es na exposi��o em rela��o a filhos de pais separados, divorciados ou solteiros. A composi��o demogr�fica do Framingham Heart Study � uma coorte predominantemente branca que vive em uma �rea geogr�fica espec�fica, o que tamb�m restringe os resultados. No entanto, os pesquisadores enfatizaram a import�ncia de esfor�os cont�nuos para a cessa��o do tabagismo e a preven��o do in�cio desse h�bito.
 


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