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Estado de Minas MITOLOGIA

T�mulo de R�mulo � revelado na It�lia

Arque�logos apresentam o que pode ser o sarc�fago do rei fundador da cidade de Roma. Descoberta foi feita por meio de escava��es no F�rum Romano e remonta ao s�culo VI a.C.


postado em 22/02/2020 04:00

Tumba antiga que pertenceria a Rômulo, encontrada sob o Fórum, no coração da capital italiana, foi apresentada ontem ao mundo, depois de meses de investigação arqueológica. Sarcófago de pedra (no detalhe) é ladeado por um altar circular(foto: Fotos: FILIPPO MONTEFORTE/AFP)
Tumba antiga que pertenceria a R�mulo, encontrada sob o F�rum, no cora��o da capital italiana, foi apresentada ontem ao mundo, depois de meses de investiga��o arqueol�gica. Sarc�fago de pedra (no detalhe) � ladeado por um altar circular (foto: Fotos: FILIPPO MONTEFORTE/AFP)


A descoberta � considerada “excepcional” pelos arque�logos. O que poderia ser o t�mulo de R�mulo, o rei fundador de Roma, foi apresentado ao p�blico pela primeira vez ontem, recuperando as origens da Cidade Eterna, h� 3 mil anos.

O s�tio arqueol�gico era conhecido pelos especialistas e, em particular, pelo italiano Giacomo Boni (1859-1925), que desde o s�culo 19 havia levantado a hip�tese de que, no F�rum Romano, ao redor do Com�cio – espa�o previsto para reuni�es p�blicas na Antiguidade –, poderia haver um “heroon”, monumento erguido em mem�ria de um personagem ilustre, ou heroico, que poderia ter sido o fundador da cidade.

Escava��es recentes, realizadas pelo Parque Arqueol�gico do Coliseu, confirmaram essa hip�tese ao trazer � luz “um sarc�fago de tufo (j� conhecido por Boni) com cerca de 1,40 metro de comprimento, associado a um elemento circular, provavelmente um altar”. De acordo com o Parque, esses dois elementos remontam ao s�culo 6 a.C.

“Em suas obras, Giacomo Boni n�o interpretou esse lugar, apenas o descreveu dizendo que tinha visto uma caixa ou uma bacia (que corresponde ao sarc�fago) e um cilindro de pedra”, declarou a diretora do Parque, Alfonsina Russo, apresentando o s�tio � imprensa pela primeira vez.

“Essa informa��o foi esquecida por um s�culo, assim como a localiza��o exata do local, e foi uma grande descoberta encontr�-la como Boni a havia descrito”, acrescentou.

Os respons�veis do Parque Arqueol�gico esclareceram que � imposs�vel “afirmar cientificamente” que se trata, de fato, do t�mulo de R�mulo. “� apenas uma sugest�o baseada em fontes antigas que evocam a presen�a da tumba de R�mulo”, explicou a respons�vel pelas escava��es, Patrizia Fortini. “Sem d�vida, � um monumento importante. A forma da caixa faz pensar em um memorial, um lugar de mem�ria, mas n�o tem como dizer o que era realmente”, acrescentou a arque�loga.

A funda��o lend�ria de Roma foi estabelecida em 21 de abril do ano 753 a.C. por R�mulo. Ele matou o irm�o Remo por ter atravessado a demarca��o que desenhara para marcar o recinto da nova cidade. Popularizada por autores antigos como Tito L�vio (59 a.C. - 17 d.C.), Ov�dio (43 a.C. - 17 d.C.), e Plutarco (46 d.C. - 125 d.C.), a exist�ncia dos dois g�meos amamentados por uma loba – figura que se tornou s�mbolo de Roma – sempre dividiu historiadores.

Em vez de uma verdade hist�rica, certos autores, como o alem�o Theodore Mommsen (1817-1903), consideraram essa gemina��o como o s�mbolo do duplo consulado romano, enquanto o italiano Ettore Pais (1856-1939) viu a oposi��o entre patr�cios e plebeus.
 
 
 
Mito e realidade 

Um epis�dio dessa lenda foi revelado pela arqueologia no final dos anos 1980 por uma equipe de cientistas liderada pelo arque�logo italiano Andrea Carandini. Em uma �rea pouco explorada do F�rum, descobriu-se uma marca��o longa e profunda contornada de pedras grandes. Para Carandini, seria o “pomoerium”, o “sulco sagrado” tra�ado por R�mulo.

A morte de R�mulo tamb�m oscila entre mito e realidade. A vers�o mais comum � que ele foi morto por senadores irados que, depois de desmembr�-lo, teriam espalhado peda�os de seu corpo por diferentes partes da cidade. Uma teoria sustentada pela aus�ncia de cad�ver e, portanto, de um t�mulo.

Segundo outra tradi��o, defendida pelo autor antigo Varron (no s�culo 1 a.C.), a tumba de R�mulo estaria em um local no Com�cio, onde o primeiro dos sete reis de Roma teria sido morto.

“O fato de Romulus ter, ou n�o, existido n�o � essencial. O que importa � que esse personagem � considerado o ponto de partida escolhido pelos antigos para marcar o nascimento pol�tico da cidade”, comenta o arque�logo Paolo Carafa.

“Os arque�logos do Parque do Coliseu se prop�em a reconhecer esses dois objetos – o sarc�fago e o cilindro de pedra – como o t�mulo de R�mulo, mas eu diria que, com base nessa descoberta, um debate cient�fico deve ser aberto”, afirma o especialista em antiguidade romana na Universidade La Sapienza, em Roma.


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...Peru recupera manuscrito perdido h� 140 anos
O Peru resgatou um valioso manuscrito, encontrado no Brasil, com as mem�rias de antigos governantes incas, que tinha desaparecido durante a ocupa��o de Lima pelas tropas chilenas na Guerra do Pac�fico (1879-1884). O manuscrito Mem�rias da monarquia peruana ou esbo�o da hist�ria dos incas foi escrito na d�cada de 1830 por Justo Apu Sahuaraura Inca (1775-1853), descendente por linha materna do imperador inca Huayna C�pac (1493-1525) e do pr�ncipe Crist�bal Paullo Inca (1518-1549). “O valor desse documento do ano de 1838 � incalcul�vel. Uma joia documental extremamente rara”, disse Gerardo Trillo, diretor de Prote��o de Cole��es da Biblioteca Nacional, de onde o manuscrito foi extra�do pelo Ex�rcito chileno, durante a Guerra do Pac�fico – em que Peru e Bol�via lutaram contra o Chile.  “Ele desapareceu da biblioteca e chegou ao Chile, mas foi parar nas m�os de colecionadores”, explicou Trillo. Em novembro de 2019, a fam�lia brasileira Mindlin, que o detinha desde 1970, aceitou devolv�-lo � Biblioteca Nacional do Peru. Agora, ele est� digitalizado e pode ser consultado na internet.


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