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Estado de Minas ANDAR COM A PR�PRIA FOR�A

Projeto de exoesqueleto ajuda na reabilita��o de parapl�gicos

Equipamento foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Uberl�ndia e promove sustenta��o, estabilidade e seguran�a para pacientes


postado em 01/03/2020 21:50 / atualizado em 01/03/2020 21:54

Condi��o f�sica, cong�nita ou adquirida, a paraplegia se caracteriza pela aus�ncia total ou parcial dos movimentos das pernas. Al�m das adversidades inerentes � doen�a, o indiv�duo que apresenta o problema enfrenta outras quest�es que passam mesmo pela interfer�ncia na qualidade de vida e na autoestima. De olho no enfrentamento da patologia, grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Uberl�ndia (UFU), apoiado pela Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), apresenta um novo modelo de exoesqueleto voltado para a reabilita��o de parapl�gicos. O estudo � coordenado por Rog�rio Sales Gon�alves, professor da Faculdade de Engenharia Mec�nica da UFU.

O equipamento, esclarece o professor, consiste em uma estrutura mec�nica formada por quatro mecanismos articulados denominados tamb�m de pernas – assim, sempre se tem duas pernas em contato com o piso, garantindo a estabilidade do usu�rio. “O exoesqueleto promove sustenta��o, estabilidade e seguran�a. A movimenta��o das pernas � realizada pelo movimento dos bra�os dos usu�rios, sem a necessidade de motores e de baterias.”

A utiliza��o de uma ferramenta que permite a locomo��o dos parapl�gicos minimiza diversos problemas, segundo o especialista. A falta de movimenta��o dos m�sculos pode acarretar feridas profundas na pele, as chamadas escaras, diminui��o da capacidade aer�bica, m� circula��o sangu�nea, osteoporose, transtornos renais, infec��o urin�ria, doen�as card�acas, entre outras.

“Esses problemas poderiam ser amenizados se os parapl�gicos pudessem ficar em p� e andar. O dispositivo tamb�m permite um melhor condicionamento f�sico, respirat�rio e fortalecimento dos bra�os necess�rios para o acionamento/movimenta��o das pernas, al�m de melhorar a circula��o sangu�nea”, explica Rog�rio Gon�alves. “O fato de o exoesqueleto possibilitar aos usu�rios, por exemplo, conversarem em p�, na mesma altura com outras pessoas, pode auxiliar no aspecto psicol�gico. Varia��es dessa estrutura podem ser utilizadas tamb�m para o tratamento de pessoas que sofrem de alguma doen�a neurol�gica”, acrescenta.

O desenvolvimento do dispositivo come�ou em 2013, a partir de uma disserta��o desenvolvida na UFU, de autoria do aluno Glicerinho Soares J�nior, sob orienta��o de Rog�rio Gon�alves, com a ideia de conceber um exoesqueleto n�o motorizado. Uma s�ntese sobre o aparelho mirou a reprodu��o do movimento das pernas, de modo a resistir ao peso do usu�rio. “Na sequ�ncia, foram realizadas simula��es gr�ficas em computador e constru�do um prot�tipo”, conta.

A principal inova��o do exoesqueleto mineiro, pontua o pesquisador, � justamente a capacidade de colocar um parapl�gico para andar com sua pr�pria for�a, o que cria uma estrutura de baixo custo para a locomo��o e exerc�cios de todo o corpo. “O n�o uso de motores e baterias diminui a complexidade, manuten��o e custos do equipamento”, salienta.

J� foram realizados testes em um manequim com as dimens�es semelhantes ao homem e, para testes em seres humanos, � necess�ria aprova��o do comit� de �tica da institui��o de ensino. Segundo o coordenador do estudo, esse pedido ser� feito em etapas pr�ximas, ap�s melhorias necess�rias. “O mecanismo permite o deslocamento somente em linha reta. Estamos implementando melhorias para a aplica��o em curvas”, ressalta.

QUALIDADE DE VIDA 

Rog�rio Gon�alves diz que a motiva��o para o projeto � oferecer �s pessoas parapl�gicas a chance de voltar a andar. “� algo que tem diversos benef�cios, com foco na qualidade de vida. Um equipamento simples, mas que faz toda a diferen�a. Queremos ajudar o pr�ximo e atender quem precisa, auxiliar essas pessoas em um futuro pr�ximo.”

A iniciativa tamb�m vislumbra a concep��o de vers�es simplificadas da estrutura para simular a marcha humana, o que poder� ser utilizado por pacientes que sofreram AVC, contemplando, por exemplo, o tratamento da espasticidade (quando ocorre um aumento do t�nus muscular, envolvendo hipertonia e hiper-reflexia, no momento da contra��o muscular, causado por uma condi��o neurol�gica anormal). O trabalho j� gerou uma patente, administrada pela Fapemig e pela UFU. “Estamos trabalhando para que a tecnologia esteja dispon�vel no mercado a baixo custo, de forma que possa atender todos, inclusive as crian�as”, finaliza.

� algo que tem diversos benef�cios, com foco na qualidade de vida. Um equipamento simples, mas que faz toda a diferen�a. Queremos ajudar o pr�ximo e atender quem precisa, auxiliar essas pessoas em um futuro pr�ximo”


Rog�rio Sales Gon�alves, professor da Faculdade de Engenharia Mec�nica da UFU e coordenador do estudo


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