
De acordo com paleont�logos, o achado divulgado nessa quinta-feira (15/4), confirma que a regi�o foi densamente habitada por grandes r�pteis em um passado remoto.
De acordo com a concession�ria Eixo SP, que administra a rodovia, as obras foram paralisadas assim que as primeiras evid�ncias dos f�sseis apareceram.
Durante 15 dias, o local foi isolado para os trabalhos de prospec��o feitos pelo paleont�logo Fabiano Vidoi Iori e pelo bi�logo Leonardo Paschoa, pesquisadores do Museu de Paleontologia Pedro Candola, localizado em Uchoa, a 300 quil�metros do local do achado.
Foram recolhidas dezenas de fragmentos f�sseis, como ossos dos gigantes titanossauros – dinossauros pesco�udos herb�voros que podiam alcan�ar at� 20 metros – e dentes de abelissaur�deos, dinos predadores b�pedes que mediam at� nove metros.
Conforme Iori, a profus�o de fragmentos catalogados inclui dentes de crocodilos, escamas de peixes, restos de cascos e esqueletos de c�gados, indicando que uma vasta fauna viveu na regi�o entre 80 e 90 milh�es de anos atr�s.
"Os achados sugerem que, no Per�odo Cret�ceo, a regi�o era formada por rios e lagos, onde esses animais conviviam. Ainda temos que estudar mais a fundo, mas temos um conjunto legal de f�sseis: uma v�rtebra semelhante a outras de titanossauro que j� encontramos, dentes de dinossauros carn�voros, fragmentos de cascos de tartaruga e um peda�o de mand�bula de um crocodilo", descreveu.
O conjunto de pe�as, segundo ele, pode trazer novidades sobre os estudos da paleontologia na regi�o.
"Temos pe�as bem importantes, em especial os fragmentos de cranianos, que v�o permitir investigar mais a fundo se as esp�cies descobertas s�o in�ditas ou j� foram catalogadas na regi�o", disse.
Museu de Uchoa
Os f�sseis s�o estudados no Museu de paleontologia Pedro Candolo, na cidade de Uchoa, e ser�o expostos na reabertura do espa�o, atualmente fechado em cumprimento �s medidas de combate � pandemia.
Conforme o supervisor de Meio Ambiente da Eixo SP, Gabriel Bispo da Silva, a descoberta exigiu mobiliza��o r�pida para o salvamento do material.
"Foi um trabalho que envolveu trabalhadores, maquin�rio, al�m de modificar o cronograma da obra. � un�nime entre as �reas consultadas que preservar este recorte do patrim�nio da humanidade era prioridade naquele momento", disse.