
No entanto, esse dado n�o quer dizer que deva ser um fator de despreocupa��o. Exemplo disso, foi a precoce morte do prefeito de S�o Paulo, Bruno Covas, v�tima da mesma doen�a que teve o av�, M�rio Covas.
"� preciso saber do hist�rico familiar e ficar atento aos sintomas e sinais dados pelo corpo", explica Andr� Murad, m�dico e criador de projeto pioneiro na �rea da gen�tica aplicada � oncologia. "A oncogen�tica � um servi�o indicado em casos como esse para proporcionar mais seguran�a e agilidade em um tratamento", completa o especialista, que � oncogeneticista do Centro de C�ncer de Bras�lia (Cettro).
Dentre as principais s�ndromes descritas pela oncogen�tica, � poss�vel citar o c�ncer de mama e ov�rio, bem como s�ndrome de Li-Fraumeni, s�ndrome de Lynch, entre outras.
De acordo com ele, nos casos do diagn�stico de s�ndromes heredit�rias de predisposi��o ao c�ncer “� poss�vel lan�ar m�o de medidas preventivas com medicamentos como aspirina, por exemplo”. Outras interven��es est�o ligadas ao rastreamento precoce e peri�dico e com cirurgias redutoras de risco (mastectomias, ooforectomias, tireoidectomias e colectomias).
Murad ainda ressalta o fato de essa estimativa de 10% estar em tend�ncia de aumento. A justificativa � que os testes gen�ticos para pesquisa de muta��es heredit�rias de predisposi��o a c�ncer est�o se tornando mais utilizados hoje em dia. “Os custos desses procedimentos foram, significativamente, reduzidos nos �ltimos anos, e, agora, est�o mais acess�veis”, completa.
Investiga��o familiar
Para quem acha que precisa aprofundar nas tend�ncias familiares para a doen�a, existe o aconselhamento gen�tico. A t�cnica consiste em uma ou mais consultas com um especialista, o qual faz uma verdadeira investiga��o sobre o hist�rico m�dico pessoal e familiar envolvendo as �ltimas tr�s gera��es.
Por�m, � importante ter consci�ncia de que muitos fatores podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver c�ncer, al�m da gen�tica. Entre eles, � poss�vel citar g�nero, idade e exposi��o a horm�nios.
Oncogen�tica
Os oncogeneticistas se baseiam em ferramentas espec�ficas e dados estat�sticos para fundamentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver determinados tipos de c�ncer. Um componente importante na avalia��o do risco estima a chance de uma muta��o gen�tica ser a respons�vel por provocar o c�ncer em uma fam�lia.
Os benef�cios derivados do rastreamento e das op��es de gerenciamento do risco dependem do risco individual de cada pessoa, por isso � importante conversar com um geneticista ou oncogeneticista para ter uma avalia��o exata.
� importante frisar que mesmo se o c�ncer n�o � encontrado em uma fam�lia, um membro dessa fam�lia ainda pode ter um risco para algum tipo de c�ncer durante a vida.