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Estado de Minas SA�DE

Aplicativo pode ajudar na detec��o da COVID-19 somente pelo som da tosse

Aplicativo em algoritmo de intelig�ncia artificial (IA) tem precis�o entre 80% a 85% e deu in�cio a testes cl�nicos no Brasil, em Joinville, Santa Catarina


11/07/2021 17:26

(foto: Débora Barreto/Fiocruz)
(foto: D�bora Barreto/Fiocruz)
A organiza��o internacional sem fins lucrativos Virufy desenvolveu um aplicativo em algoritmo de intelig�ncia artificial (IA) para a detec��o da COVID-19, cuja precis�o atinge entre 80% a 85%, e deu in�cio a testes cl�nicos no Brasil, no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, em Santa Catarina. A organiza��o j� est� em negocia��es com outros hospitais das regi�es Sudeste, Norte e Nordeste para amplia��o de testes cl�nicos, incluindo v�rios hospitais universit�rios e redes privadas de sa�de.

A gerente da Virufy, Soraya Cavalcanti, disse � Ag�ncia Brasil que o objetivo � expandir o m�ximo de parcerias poss�veis. "Quanto mais regi�es, melhor, porque permite ao algoritmo identificar as diversas varia��es em sons da tosse e das pessoas das diversas regi�es. O nosso objetivo � expandir as parcerias com hospitais para que essa pesquisa cl�nica possa auxiliar no aperfei�oamento do aplicativo em IA para gerar resultados mais precisos", afirmou.

Desde o in�cio da pandemia, o fundador da organiza��o e engenheiro de software (programa de computador) do Vale do Sil�cio, Amil Khanzada, percebeu, junto com pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que havia um padr�o no som da tosse de pessoas infectadas pelo novo coronav�rus. Eles se dedicaram, ent�o, a desenvolver novas tecnologias para detec��o da doen�a e chegaram a esse aplicativo para smartphone.

Probabilidade

Os pesquisadores da organiza��o conclu�ram que, por meio desse algoritmo de machine learning (aprendizado de m�quina, um m�todo de an�lise de dados que automatiza a constru��o de modelos anal�ticos), esse padr�o poderia ser destacado de tal forma que, alimentando o algoritmo com v�rios tipos de tosse, ele poderia detectar a probabilidade de a pessoa possuir COVID-19 ou n�o, a partir do registro de sua tosse, explicou Soraya. "Como a empresa n�o tem fins lucrativos, a ideia � disponibilizar esse aplicativo de forma gratuita, para facilitar na detec��o (da doen�a) por meio somente do som da tosse", explicou.

J� foram realizados testes com milhares de tosses de pessoas da Am�rica Latina, Europa e �sia para distinguir entre sons aqueles que o SARS-CoV-2 - v�rus causador da COVID-19 - provoca na tosse, para apontar entre positivo e negativo, com cerca de 80% a 85% de precis�o

Soraya esclareceu que esses s�o n�meros atuais, de acordo com a quantidade de tosses doadas para que o algoritmo trabalhe. "Quanto mais tosses forem doadas, mais a gente assina a probabilidade de acerto desse algoritmo. A tend�ncia � que, com a expans�o dessa testagem cl�nica, esse n�mero suba e, a�, a assertividade dele fique cada vez maior".

Estudo cl�nico

A meta � expandir os testes no Brasil em parcerias cl�nicas para fechar em dois ou tr�s meses o estudo cl�nico de aprova��o do algoritmo, para poder trabalhar para o uso do aplicativo pela popula��o. Essa � a expectativa para o Brasil. 

"A gente est� na fase de coleta de tosses para afinar o algoritmo", refor�ou Soraya. "Quando ele estiver em uma porcentagem mais afinada, conseguiremos lan�ar o aplicativo para ser utilizado de forma gratuita e auxiliar no pr�-diagn�stico. A gente o considera como uma ferramenta de aux�lio ao diagn�stico da covid-19. A ideia do aplicativo � auxiliar a entender a probabilidade do cont�gio", explicou. 

Se o resultado indicar uma probabilidade alta, isso j� leva o indiv�duo a entrar em isolamento e procurar uma unidade de sa�de. Se a probabilidade for baixa, a indica��o � que ele continue monitorando os sintomas e fa�a a testagem outras vezes.

A equipe da Virufy � composta por mais de 50 pesquisadores estrangeiros de 25 universidades e 20 pa�ses, entre os quais Inglaterra, Jap�o, Estados Unidos, Argentina, Brasil, Col�mbia, M�xico e Peru, e por especialistas m�dicos, t�cnicos e jur�dicos de institui��es como Stanford, Google e Princeton.

Duas partes

No Brasil, o projeto est� dividido em duas partes. Uma � a coleta de tosses de pessoas que apresentem sintomas semelhantes aos da COVID-19 atrav�s do site. Segundo o coordenador respons�vel pelos testes cl�nicos, Diego Carvalho, especialista em fisiologia, o v�rus traz altera��es no pulm�o, garganta e nas vias respirat�rias superiores que alteram a tosse e a fala. Essas s�o altera��es sutis que o ouvido humano n�o capta. Somente mecanismos de intelig�ncia artificial conseguem perceber. As grava��es servir�o para treinar o algoritmo para padr�es brasileiros.

Com o algoritmo treinado, a segunda parte do projeto consiste em aplic�-lo numa pesquisa com pacientes reais que apresentarem COVIDpositiva e negativa. "Quando um paciente for ao Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, para fazer o [exame de] PCR, ser� convidado a participar da pesquisa e tossir num celular. Coletaremos esses dados de exames PCR e tosse e cruzaremos os dados", relatou o m�dico.

A expectativa � conseguir dois mil pacientes em um m�s para compor a pesquisa. A ideia � chegar a um �ndice de precis�o acima de 85%, parecido com os testes de ant�genos encontrados em farm�cias para detectar COVID-19. 

"� uma ferramenta importante de detec��o precoce, mais barata para aplicar em larga escala e a inten��o da Virufy � fornecer de gra�a para a popula��o", sustentou Diego Carvalho. Embora o aplicativo n�o substitua os testes de diagn�stico de n�vel hospitalar e deva ser usado junto com os sintomas e verifica��es de temperatura, a detec��o precoce e imediata pode incentivar a quarentena volunt�ria daqueles que ainda n�o foram vacinados, principalmente em pa�ses em que a vacina��o caminha lentamente.

O gerente de Extens�o da Comunidade da Virufy para o Brasil, Matheus Galiza, destacou que leva apenas dois minutos para uma pessoa que tenha sintomas semelhantes aos da COVID-19 ou que tenha recentemente testado positivo para o v�rus, doar sua tosse, por meio de um smartphone ou computador. Recomendou que qualquer brasileiro que tenha sintomas semelhantes doe uma tosse por meio de um smartphone ou computador. "Ao fazer isso, voc� estar� ajudando diretamente a acabar com a pandemia", finalizou.


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