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Estado de Minas MISS�O ESPACIAL

Teste da Nasa mostra que a Terra pode se proteger de amea�as espaciais

Aeronave choca-se contra um asteroide a 11 milh�es de quil�metros de dist�ncia da Terra em teste para proteger o planeta de amea�as espaciais reais


27/09/2022 09:29 - atualizado 27/09/2022 09:42

Uma nave do tamanho de um carro de passeio pode ter dado o primeiro passo decisivo para "salvar a Terra" — com quase 12,8 mil quil�metros de di�metro — de amea�as espaciais. Segunda-feira (26/9), �s 20h14 (hor�rio de Bras�lia), a pequena espa�onave se chocou contra um asteroide de 160m, o equivalente a quatro Cristos Redentor, com o objetivo de mudar a rota dele. O impacto, a uma velocidade superior aos 20.000km/h, foi transmitido ao vivo pela Nasa e � considerado uma etapa decisiva da miss�o de "defesa planet�ria" lan�ada, em novembro, pela ag�ncia americana. 

 

Trata-se de um teste — o corpo rochoso atingido a 11 milh�es de quil�metros de dist�ncia n�o representava um risco aos humanos. Al�m disso, os cientistas da miss�o DART s� saber�o se a colis�o in�dita surtiu o efeito esperado nos pr�ximos dias. Ainda assim, eles comemoraram euf�ricos a aproxima��o do asteroide — registrada por uma c�mera acoplada na espa�onave kamikaze — e o "impacto de sucesso".

 

"Estamos embarcando em uma nova era da humanidade", comemorou Lori Glaze, diretora da Divis�o de Ci�ncia Planet�ria. Antes da colis�o, Tom Statler, cientista-chefe da miss�o, tamb�m enfatizou o car�ter inovador de DART. "Estamos mudando o movimento de um corpo celeste natural no espa�o. A humanidade nunca tinha feito isso antes. � tirado dos livros de fic��o cient�fica e dos epis�dios de Jornada nas Estrelas, de quando eu era crian�a. E agora � real."

 

 

Para atingir um alvo t�o pequeno, a nave se dirigiu como um m�ssil teleguiado umo a Dimorphos, com 160m de di�metro, e Didymos, com 780m. O asteroide menor, a um quil�metro de dist�ncia do maior, foi atingido. Ele orbita Didymos em 11 horas e 55 minutos. A expectativa � de que, com o choque de ontem, esse tempo seja reduzido em 10 minutos e a rota da dupla, desviada.

 

Essa mudan�a poder� ser medida com telesc�pios na Terra, observando a varia��o do brilho quando o asteroide menor passar na frente do maior. "Ficaria surpreso se tiv�ssemos evid�ncia clara em menos de uns poucos dias, e me surpreenderia se levasse mais de tr�s semanas", disse Tom Statler.

Imagem de transmissão da missão espacial da Nasa
(foto: cr�dito: AFP)
 

Tela cheia

A equipe, por�m, j� foi abastecida de informa��es colhidas pela c�mera DRACO. O instrumento integrado na nave registrou os momentos derradeiros, as �ltimas quatro horas, e enviou as imagens � Terra com um atraso de 45 segundos. Conforme o planejamento, os primeiros registros foram de Didymos e, depois, de Dimorphos. Neles, inicialmente, o pequeno asteroide apareceu maior do que um pixel, at� encher todo o campo visual e ocorrer a explos�o.

 

Como o previsto, tr�s minutos depois, um sat�lite do tamanho de uma caixa de sapatos, chamado LICIACube, e lan�ado pela DART h� alguns dias, passou aproximadamente a 55km do asteroide para capturar imagens da colis�o in�dita. Esses registros ser�o enviados � Terra nas pr�ximas semanas e nos pr�ximos meses. O evento tamb�m foi observado pelos telesc�pios espaciais Hubble e James Webb, o que ajudar� nas etapas seguintes do projeto.

 

Espera-se que esse primeiro teste ajude a equipe a compreender a rea��o do asteroide e a calcular pontos estrat�gicos de uma futura miss�o. Uma das respostas-chave � o tamanho da nave a ser utilizada e quando faz�-lo. Se um asteroide pequeno estivesse, de fato, amea�ando se chocar com a Terra, seria necess�rio lan�ar uma miss�o com um ou dois anos de anteced�ncia. Para objetos de centenas de quil�metros de di�metro, esse prazo seria de d�cadas. Al�m disso, um objeto ainda maior pode requerer uma miss�o envolvendo v�rias naves espaciais. 


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