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Estado de Minas

Culto a Kurt Cobain persiste


postado em 08/04/2019 05:09

D�cadas depois da voz de Kurt Cobain ser ouvida pela primeira vez nas ondas do r�dio, o l�der do Nirvana continua encantando pessoas que n�o eram nascidas quando ele morreu. Vinte e cinco anos ap�s o suic�dio do s�mbolo da contracultura da d�cada de 1990, seu ex-empres�rio Danny Goldberg afirma que finalmente est� pronto para refletir publicamente sobre o legado do artista.
No livro Serving the servant: Remembering Kurt Cobain, lan�ado na sexta-feira (5) para marcar o anivers�rio da morte, aos 27 anos, do cantor nascido em Seattle – Goldberg recorda um Cobain que estava � frente de sua �poca e como sua genialidade e humanidade brilharam atrav�s de sua personalidade melanc�lica e sombria. “Sua imagem na imprensa ficou um pouco distorcida e se concentrou de maneira desproporcional em sua morte, n�o tanto em sua vida e sua arte”, opina Goldberg. “Foi um cantor incrivelmente comovente, sua voz transmitia uma vulnerabilidade e uma intimidade raras”, completa.
Goldberg considera que Cobain “sintonizou com algo que ajudava as pessoas a sentir que eram menos ‘estranhas’, menos sozinhas”. Justamente por isso sua obra continua sendo relevante, inclusive para adolescentes que vivem em um mundo diferente da angustiante costa noroeste do Pac�fico onde nasceu Cobain. “Integra um grupo de artistas com uma arte que transcende seu tempo”, explica o empres�rio.
O depressivo, mas singular artista que cresceu em uma regi�o a duas horas da cidade de Seattle se tornou um “deus” do rock subitamente quando Nevermind, o segundo dos tr�s �lbuns de est�dio do Nirvana, catapultou a banda de rock alternativo a uma fama estratosf�rica e iniciou o culto a Kurt.
Nos tr�s anos e meio que trabalhou com Cobain, Goldberg foi testemunha do salto do Nirvana � fama, da selvagem,  mas carinhosa rela��o do artista com a cantora Courtney Love, assim como das tentativas de interven��o para que abandonasse o v�cio em hero�na. “N�o tenho ideia do que provocou as �ltimas semanas de desespero de Kurt”, escreve Goldberg no livro. “Talvez tenha sido uma intensa cristaliza��o das depress�es que o atormentavam por muito tempo”. “� melhor queimar do que desaparecer”, escreveu Cobain em uma carta encontrada ao lado de seu corpo, uma cita��o a uma m�sica de Neil Young.

G�NIO Mas o ex-empres�rio do Nirvana, que Cobain considerava um segundo pai, enfatiza que por tr�s do consumo de drogas e da depress�o havia “um g�nio musical”. Tamb�m era um “bobo” rom�ntico, lembra Goldberg. O cabelo loiro e desgrenhado de Cobain, os olhos claros e o famoso casaco marrom esfarrapado davam um ar pregui�oso ao artista, mas Goldberg assegura que isto escondia um “intelecto altamente sofisticado”.
O empres�rio ainda d� cr�dito a Cobain pela defesa das mulheres e por ajudar a “redefinir a masculinidade” no mundo da m�sica. “Podia ser muito poderosos e convincente e, ao mesmo tempo, sens�vel e carinhoso. Isto quebrava a ortodoxia do rock da �poca”, opina Goldberg, que recorda um show na Argentina no qual Cobain ficou enfurecido com as vaias � banda de abertura Calamity Jane, formada apenas por mulheres. A vingan�a do l�der do Nirvana foi n�o tocar o hit Smells like teen spirit. “O p�blico n�o merecia”, disse o cantor � �poca. “Ele estava comprometido com um ideal feminino e o respeito por todos, uma esp�cie de ethos antimachista”, recorda Goldberg, que tamb�m destaca o compromisso de Cobain com a defesa dos direitos dos homossexuais. (AFP)


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