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Estado de Minas

Filme mostra serial killer americano pela perspectiva de sua namorada

Depois de lan�ar s�rie na Netflix, diretor Joe Berlinger leva aos Ted Bundy: A irresist�vel face do mal, outra narrativa sobre o fasc�nio exercido pelo criminoso


postado em 28/07/2019 04:24

O ídolo juvenil Zac Efron assumiu o papel do assassino
O �dolo juvenil Zac Efron assumiu o papel do assassino "irresist�vel" no longa de Joe Berlinger, em cartaz nos cinemas (foto: PARIS FILMES/DIVULGA��O)

Nunca houve um serial killer como Ted Bundy (1946-1989). Na verdade, quando Theodore Robert Bundy cometeu seus assassinatos – 30 mulheres identificadas em diferentes estados dos EUA, entre 1974 e 1978, n�mero  que, estima-se, pode chegar a uma centena –, o termo assassino serial nem sequer existia. Agia com requintes de crueldade – houve v�timas decapitadas, a maioria delas foi estuprada e seviciada. O nome de Bundy, volta e meia, vem � tona em filmes e livros. Al�m de cruel, era bonito, inteligente, articulado e carism�tico.

Neste ano, a figura do assassino retornou com for�a no centro de dois projetos, ambos capitaneados pelo diretor Joe Berlinger: a s�rie documental da Netflix Conversando com um serial killer: Ted Bundy, que estreou em janeiro, e o longa-metragem Ted Bundy: a irresist�vel face do mal, em cartaz desde a �ltima  quinta-feira em Belo Horizonte.

Quando a s�rie de quatro epis�dios chegou � Netflix, a resposta do p�blico nas redes sociais foi imediata. Tanto que a plataforma de streaming fez um ir�nico post dizendo que “gostaria de educadamente lembrar que existem literalmente milhares de homens gatos em nosso cat�logo, e quase todos n�o s�o assassinos em s�rie condenados”.

Com o filme, algo semelhante poder� acontecer. Ao ficcionalizar a hist�ria, Berlinger colocou nada menos do que o ex-�dolo da Disney Channel Zac Efron no papel-t�tulo. Ted Bundy: a irresist�vel face do mal foi constru�do a partir do livro The phantom prince: my life with Ted Bundy (O pr�ncipe fantasma: minha vida com Ted Bundy). Publicada em 1981 (e nunca mais reeditada), a obra foi assinada por Elizabeth Kendall, pseud�nimo de Elizabeth Kloepfer. Namorada do assassino, a m�e solteira viveu um conto de fadas com Bundy.

CASAMENTO Ela planejava, inclusive, se casar, at� que seu mundo veio abaixo quando Bundy foi preso pela primeira vez – ele fugiu duas vezes da cadeia, protagonizou um julgamento espetacular gra�as � presen�a das c�meras de TV e s� confessou seus crimes �s v�speras de ser eletrocutado. Tomando o ponto de vista da namorada, a narrativa intercala a vida de Liz Kendall (Lily Collins, outra queridinha do p�blico jovem) com e sem Bundy e a tentativa do assassino de negar seus atos.

O filme empacota uma hist�ria terr�vel para as massas, tirando um tanto do impacto que os crimes causaram. Se a primeira metade da narrativa � centrada no casal, a segunda coloca Bundy preso e no julgamento.

Al�m do casal de protagonistas, Berlinger se esmerou na escolha do elenco de apoio. John Malkovich aparece como o juiz Edward D. Cowart; Jim Parson como o promotor Larry Simpson (sem nenhuma dramaticidade, diga-se, j� que o ator n�o consegue se desvincular da imagem do Sheldon Cooper de The big bang theory); e Haley Joel Osment (o garoto que via pessoas mortas em O sexto sentido) � o namorado de Liz. Os mais atentos ainda v�o notar a presen�a de James Hetfield, vocalista do Metallica, como o primeiro policial a prender Bundy.

O tom suavizado da narrativa faz com que Ted Bundy: a irresist�vel face do mal torne palat�veis crimes hediondos. Na parte final, como que para mostrar ao p�blico que o que aconteceu ali foi real, Berlinger coloca cenas reais do julgamento. � pouco, ainda mais para um diretor que conhece t�o a fundo seu personagem.

Caso foi 'espet�culo' televisivo
No farto – e aflitivo – material apresentado na s�rie Conversando com um serial killer: Ted Bundy, o p�blico descobre a inf�ncia comum do rapaz sonhador, sua entrada na pol�tica, a paix�o pelas mulheres, os primeiros crimes e o longo julgamento encerrado na condena��o � morte.

Repleta de depoimentos de advogados e jornalistas envolvidos no caso, a produ��o da Netflix n�o deixa de comentar como esse terror foi trazido �s telas. Nos anos 1970, a tecnologia abriu caminho para uma cobertura noticiosa intensa, com as primeiras transmiss�es ao vivo de um caso nacional. Al�m da imprensa local, o julgamento de Bundy movimentou as reda��es de outros estados e pa�ses. A audi�ncia respondeu positivamente, como quem se delicia com o horror trazido nas telas. Em entrevistas, jovens garotas sorriam t�midas quando questionadas se um homem t�o bonito seria capaz de cometer tais crimes. No interior do tribunal, Bundy aproveitava as c�meras e criticava seus advogados, al�m de chocar com suas atitudes inesperadas. Em uma cena, levanta-se para interrogar um investigador, e pede detalhes – minuciosos, ele insiste – da cena do crime.

Na v�spera da execu��o, uma plateia se reuniu em frente � pris�o. Era uma ter�a-feira, mas com gostinho de sexta, diziam. Quando a primeira testemunha foi vista acenando, todos comemoraram a ascens�o e queda do anjo da morte. (Ag�ncia Estado)







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