
Os �ltimos dois filmes de Diane Keaton – Do jeito que elas querem e As rainhas da torcida – falam de mulheres maduras. Em cartaz em BH, esse �ltimo conta a hist�ria de Martha, que fica doente, decide abandonar tudo e se muda para um lar para idosos, onde pretende morrer. Nessa jornada, ela cria uma equipe de l�deres de torcida, o que d� uma guinada radical a seus �ltimos dias.
Keaton, de 73 anos, n�o se incomoda em falar da idade. Diz que a vida � mais f�cil � medida que se envelhece. "Voc� n�o tem nada a perder, essa � a verdade", diverte-se. Por�m, responde com um “n�o sei” quando o rep�rter quer saber se passaria os �ltimos dias em um lar para idosos. “Se isso ocorrer, n�o seria uma l�der de torcida como Martha. Nunca dancei, e ser l�der de torcida � basicamente dan�ar. Tenho muita dificuldade para aprender", admite.
Por�m, institui��es para idosos n�o s�o algo estranho a ela. “Nos meus 30 anos, fui volunt�ria em um lar judaico. Conecto-me muito com os mais velhos", afirma. A atriz est� concluindo um livro sobre o irm�o, que apresenta um quadro de dem�ncia e mora numa casa de cuidados.
A palavra aposentadoria n�o passa pela cabe�a de Diane. "Nem penso nisso", diz, taxativa. “Se ningu�m quiser me contratar, tenho passatempos que consomem o meu tempo", revela, citando a fotografia e a reforma de casas. “Vou me dedicar a eles como trabalho. N�o tenho a inten��o de parar", avisa.
Dianne Keaton, que teve romances com Warren Beatty, Al Pacino e Woody Allen, nunca se casou. E nem pretende. M�e de dois filhos adotados, ela se considera a �nica mulher de sua idade que trabalha no cinema e jamais teve marido. “Talvez seja um bicho raro. A maioria das pessoas nesse business se casa e, em algum momento, se divorcia”, comenta. "Talvez eu tenha perdido algo, mas ningu�m pode ter tudo, certo? Infeliz eu n�o sou."
ASS�DIO Com quase meio s�culo de carreira, Diane Keaton diz nunca ter se sentido assediada sexualmente. Em janeiro de 2018, ela defendeu em um tu�te o ex-namorado Woody Allen, acusado de abusar da filha adotiva Dylan. A atua��o em Noivo neur�tico, noiva nervosa, filme dele, rendeu-lhe o Oscar de melhor atriz em 1978.
"Woody Allen � meu amigo e eu ainda acredito nele", afirmou ela na �poca. Agora, Diane prefere evitar o tema. Indagada se trabalharia de novo com o cineasta, ela fica em sil�ncio e espera a pr�xima pergunta. (AFP)