Ela disse, ele disse, que estreia nesta quinta-feira (3) nos cinemas, conta a hist�ria de Rosa (Duda Matte) e Leo (Marcus Bessa) em seu primeiro ano numa nova escola. Baseado no livro hom�nimo de Thalita Rebou�as, que tem mais de 100 mil exemplares vendidos, o filme dirigido por Claudia Castro traz Maisa Silva no papel da antagonista e marca a estreia de Fernanda Gentil e Bianca Andrade no cinema.
A hist�ria acentua as distin��es e correspond�ncias na forma como meninos e meninas lidam com a vida. A narrativa se constr�i no decorrer do ano letivo, cujo in�cio pode ser assustador. Rosa � dedicada aos estudos e, logo que chega � turma, encontra Leo, craque do futebol. Neste momento inicial j� est� estabelecido o encanto entre os protagonistas que, na sequ�ncia do filme, vivem voltas e reviravoltas.
Al�m de se relacionar com outros amigos e passar por problemas familiares, os dois aos poucos descobrem que t�m muito em comum. Come�am a compreender que crescer pode ser complicado, mas vale a pena."Retrato uma escola como ela �. A mensagem � sobre empatia, que precisamos praticar", afirma Thalita Rebou�as, autora de Fala s�rio, m�e! e Tudo por um pop star, que tamb�m tiveram adapta��es cinematogr�ficas.
Escrevendo para o p�blico infantojuvenil h� mais de 20 anos, ela afirma ficar "muito feliz em ser ouvida at� hoje. � um p�blico fiel que se renova a cada ano". O filme � estruturado sob o ponto de vista dos personagens principais, que t�m 15 anos e cursam o 9º ano do ensino fundamental. Temas como amizade, bullying, crushes e as arapucas das redes sociais integram a trama, que aborda ainda panelinhas, discuss�es, fofocas e frustra��es, mas tamb�m o amor, a divers�o e as descobertas positivas do universo adolescente. "S�o ang�stias da adolesc�ncia e mostramos como eles lidam com isso", diz Thalita. Est�o representados modelos recorrentes no mundo jovem, como o grupo dos valent�es, o nerd, a menina popular, as melhores amigas.
RIVAL
J�lia (Maisa Silva) � a garota mais prestigiada do col�gio e, de pronto, ganha a cisma de Rosa – cri-cri, J�lia far� de tudo para atrapalhar a rela��o de Rosa e Leo. Metida e afeita a ser o centro das aten��es, ela n�o � nem um pouco inteligente. Com o tempo, por�m, a rivalidade vai ficando de lado. Maisa � estrela de produ��es bem-sucedidas, ganhou seu pr�prio talk show no SBT/Alterosa (Programa da Maisa) e agora interpreta a primeira vil� de sua carreira.
Em seu primeiro trabalho como atriz, a apresentadora Fernanda Gentil vive Paloma, m�e de Rosa. Ela tenta acompanhar o mundo da filha, ser sua parceira, mas tamb�m cobra e paga micos. Conhecida na internet como Boca Rosa, a youtuber Bianca Andrade encarna F�tima, professora de portugu�s, "a mais fofa da escola".
No elenco est�o ainda �ngelo Paes Leme como M�cio, pai de Leo; Maria Clara Gueiros, a diretora linha-dura Madalena, e os jovens Matheus Lustosa, JP Rufino, Giulia Ayumi, Cec�lia Warpe, Pedro David, Rodrigo Tavares e Daniel Pim."As pessoas que mais facilmente lidam com o mundo atual, de tanta velocidade, s�o os jovens. � um p�blico maravilhoso. S�o r�pidos, fazem tudo ao mesmo tempo. Assisti a muitos filmes jovens para chegar a uma linguagem que fosse bem a sua cara, para falar com proximidade. Aprendi muito com eles”, afirma a diretora do filme.
O elenco, incluindo todos os personagens secund�rios, � numeroso – aproximadamente 70 pessoas.Os ensaios ocorreram um m�s antes do in�cio das filmagens, com a inten��o de desenvolver um clima de intimidade e sintonia. Claudia Castro optou por fazer os atores olharem diretamente para a c�mera quando expressam algum pensamento �ntimo. "Estudamos muito at� chegar a essa leitura, uma maneira que foi bem absorvida, gostosa de contar", diz a diretora.
Claudia observa que o filme trata da "primeira paix�o, as primeiras experi�ncias, as inseguran�as, preocupa��es com a apar�ncia. Quem passou por essa idade entende bem. S�o coisas que todo ser humano vive, independentemente de sua situa��o. A hist�ria tem muito a ver com o olhar que cada um lan�a sobre os outros".
Al�m da evolu��o do relacionamento entre Rosa e Leo, a diretora diz que a hist�ria procurou mostrar “a uni�o entre os amigos, que se juntam para criar voz, uma for�a maior, e transformar o que � antiquado". Alguns aspectos do livro original foram adaptados, principalmente para incorporar aspectos do desenvolvimento da tecnologia, do vocabul�rio da internet e das redes sociais. Um telefonema muda para uma chamada de v�deo, os textos de um di�rio se formam como postagens no Instagram.
"Fizemos do livro algo moderno para dialogar com essa galera", diz Claudia. Thalita Rebou�as diz que planeja novas produ��es e trabalha atualmente num projeto sobre trai��o entre amigas.