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Estado de Minas CINEMA

Os principais advers�rios de 'A vida invis�vel' no Oscar

Academia de Hollywood encerrou inscri��es para a categoria Melhor Filme Internacional. Sul-coreano 'Parasita' � dado como grande favorito, mas produtor do representante brasileiro est� confiante no potencial do longa de Karim Ainouz


postado em 06/10/2019 04:00 / atualizado em 07/10/2019 16:15

RT Features/divulgação
A vida invis�vel, de Karim A�nouz, venceu a mostra Um Certo Olhar em Cannes e derrotou Bacurau na escolha do representante do Brasil no Oscar por um voto (foto: RT Features/divulga��o )
Este ano, o cinema brasileiro viveu momentos gloriosos no cen�rio internacional. Especialmente na Fran�a, onde conquistou o Pr�mio do J�ri no Festival de Cannes, com Bacurau, de Kleber Mendon�a Filho e Juliano Dornelles, e venceu a mostra Um Certo Olhar, com A vida invis�vel, de  Karim A�nouz. Por outro lado, completaram-se duas d�cadas da �ltima vez em que um longa nacional (Central do Brasil, de Walter Salles) disputou o Oscar de melhor filme em l�ngua estrangeira, categoria que neste ano passou a se chamar melhor filme internacional.

Apesar do sucesso obtido no exterior por Bacurau, o escolhido para tentar recolocar o Brasil na premia��o hollywoodiana foi A vida invis�vel. Com o encerramento do prazo de inscri��es � disputa na Academia de Artes e Ci�ncias Cinematogr�ficas de Hollywood, na �ltima ter�a-feira (1), � hora de medir a dificuldade da corrida por uma vaga.
 

Noventa e tr�s pa�ses inscreveram seus filmes. A primeira peneira selecionar� 10 t�tulos, dos quais sair�o os cinco finalistas, a serem anunciados no dia 13 de janeiro. Uma presen�a � dada como certa na lista final: o sul-coreano Parasita, vencedor da Palma de Ouro. Em 2017, o sueco The square, e no ano seguinte, o japon�s Shoplifters tamb�m venceram em Cannes e foram indicados ao Oscar. Pela rea��o da cr�tica internacional, no entanto, o favoritismo de Parasita se compara ao de Roma, de Alfonso Cuar�n, no ano passado, que j� era dado como vencedor antes mesmo de os demais concorrentes serem anunciados.

A com�dia de humor negro do sul-coreano Bong Joon-ho venceu a Palma de Ouro por uma decis�o un�nime do j�ri, algo bastante incomum. Uma vez confirmada a escolha de Parasita, a briga de A vida invis�vel por uma das quatro vagas restantes se dar� com concorrentes de diferentes continentes. Vindo do Oriente M�dio, de onde sa�ram indicados a v�rias edi��es do Oscar, o palestino It must be heaven, de Elia Suleiman, tamb�m exibe uma conquista importante em Cannes: levou o pr�mio concedido pela Federa��o Internacional de Cr�ticos de Cinema (Fipresci).

CJ Entertainment/divulgação
Parasita, de Bong Joon-ho, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, � apontado como o grande favorito � estatueta neste ano (foto: CJ Entertainment/divulga��o)


ALMOD�VAR 

A Europa apresenta bons candidatos em potencial, como o espanhol Dor e gl�ria, drama quase biogr�fico de Pedro Almod�var estrelado por Antonio Banderas, e o russo Beanpole, de Kantemir Balagov, que levou o trof�u de melhor diretor na mostra Um Certo Olhar. O representante franc�s � Os miser�veis, de Ladj Ly, que dividiu com Bacurau o Pr�mio do J�ri. Apesar do t�tulo familiar, hom�nimo do romance de Victor Hugo, o drama, que originalmente era um curta, aborda conflitos contempor�neos da periferia parisiense envolvendo pol�cia, imigrantes e manifestantes. Teve boa repercuss�o.

Ainda tomando Cannes como term�metro, outro forte concorrente vem da �frica: o senegal�s Atlantics, da cineasta Mati Diop, vencedor do Grand Prix em Cannes. O longa sobre o romance sobrenatural protagonizado por uma menina de 17 anos chamada Ada (Mame Bineta Sane) teve direitos adquiridos pela Netflix. Estar� dispon�vel no servi�o de streaming em novembro, quando tamb�m deve chegar �s salas de cinema brasileiras.

Por�m, filmes que n�o passaram pela badala��o da Riviera Francesa podem conquistar o j�ri da Academia de Hollywood. Um deles � o colombiano Monos, de Alejandro Landes, premiado em outros festivais internacionais, incluindo Sundance (EUA). Tocando na ferida aberta da atua��o das Farc no pa�s, a trama traz oito adolescentes integrantes de uma organiza��o armada que vivem no alto de uma montanha e mant�m uma norte-americana como ref�m.

Al�m da Argentina, que levou a estatueta com A hist�ria oficial (1985) e O segredo de seus olhos (2010), a Col�mbia, com O abra�o da serpente (2015), e o Chile, com Uma mulher fant�stica (2017), foram os pa�ses sul-americanos que disputaram a categoria nas duas d�cadas em que o Brasil ficou fora da briga.

A produ��o chilena levou o pr�mio h� dois anos, mas agora o pa�s corre por fora, com Aranha, de Andr�s Wood. Os argentinos inscreveram A odisseia dos tolos, com�dia dram�tica dirigida por Sebasti�n Borensztein e estrelada pelo astro Ricardo Dar�n e seu filho Chino, fen�meno de p�blico na Argentina.

Jessica Quinalha/divulgação
Dor e gl�ria, de Pedro Almod�var, o candidato espanhol, � dado como certo entre os cinco indicados (foto: Jessica Quinalha/divulga��o )


TEIXEIRA 

Embora n�o tenha o apelo de Parasita, A vida invis�vel est� bem cotado. Al�m das credenciais conquistadas em Cannes, o filme conta com uma presen�a que pode ser importante nos bastidores: o produtor Rodrigo Teixeira. O brasileiro j� viu um de seus trabalhos ganhar o Oscar. Em 2018, Me chame pelo seu nome, dirigido por Luca Guadagnino e produzido pela RT Features, levou o pr�mio de melhor roteiro adaptado.

Ligado a produ��es brasileiras e internacionais, o carioca acredita na possibilidade de o drama baseado no livro A vida invis�vel de Eur�dice Gusm�o, da pernambucana Martha Batalha, trazer o Oscar para o Brasil. “O trabalho � bem feito, temos uma chance boa. Os norte-americanos com quem conversei entenderam a import�ncia disso e v�o fazer de tudo para que o filme chegue l�. Mas n�o temos como prever o resultado”, afirmou Rodrigo, ao participar da mostra Cine BH, na capital mineira, no m�s passado.

Teixeira � um dos produtores de Ad astra, fic��o cient�fica estrelada por Brad Pitt em cartaz em BH, cotada para concorrer em algumas categorias. O carioca, ali�s, n�o � o �nico Rodrigo com a possibilidade de representar o Brasil no Oscar. Seu xar�, o Santoro, interpreta o protagonista de O tradutor, a aposta cubana ao pr�mio de melhor filme internacional. O candidato italiano, O traidor, de Marco Bellocchio, tamb�m tem entre os protagonistas um artista do Brasil – a atriz Maria Fernanda C�ndido.

Apesar dos 20 anos fora da disputa de melhor filme estrangeiro, o pa�s brigou pelo Oscar. Tanto por meio da presen�a de um realizador brasileiro em uma produ��o norte-americana, como ocorreu com Carlos Saldanha, diretor de O touro Ferdinando, indicado a melhor anima��o em 2018, como com filmes genuinamente nacionais. O menino e o mundo, de Al� Abreu, disputou o pr�mio de melhor anima��o em 2016. Dois anos antes, Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, havia sido indicado nas categorias melhor dire��o, montagem, roteiro adaptado e fotografia.

Jasper Wolf/divulgação
Com uma hist�ria relacionada � atua��o das Farc, o longa-metragem colombiano Monos tem boas chances de ser selecionado para a a competi��o (foto: Jasper Wolf/divulga��o)


FERNANDA 

Curiosamente, A vida invis�vel tem um ponto em comum com Central do Brasil, o �ltimo brasileiro indicado a melhor filme internacional. Fernanda Montenegro integra os dois elencos – em 1999, ela disputou o Oscar de melhor atriz e perdeu para Gwyneth Paltrow. No longa que chegar� aos cinemas do pa�s em 31 de outubro, Fernanda interpreta a idosa Eur�dice Gusm�o. Carol Duarte faz o papel da personagem quando jovem.

Na comiss�o formada pela Academia Brasileira de Cinema para definir o representante do Brasil no Oscar, o longa de Karim A�nouz levou a melhor sobre Bacurau numa disputa apertada (cinco votos a quatro). De acordo com a cineasta Anna Muylaert, presidente da comiss�o, a escolha de A vida invis�vel se justifica pelo fato de o filme ser mais vi�vel mercadologicamente.

Tr�s anos antes, Aquarius, segundo longa de Kleber Mendon�a Filho, foi preterido por Pequeno segredo, de David Sch�rmann, numa decis�o pol�mica e cercada de acusa��es de retalia��o contra Mendon�a Filho, que havia protestado contra o impeachment de Dilma Rousseff no tapete vermelho de Cannes. Na �poca, a escolha do candidato � vaga no Oscar cabia � Secretaria do Audiovisual, subordinada ao extinto Minist�rio da Cultura. Desde ent�o, a responsabilidade da defini��o passou para a Academia Brasileira de Cinema. 


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