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Estado de Minas

Trio une musicalidade brasileira � americana

CD Novos caminhos re�ne 11 faixas in�ditas e regrava��es num instrumental que exalta samba e chorinho e tamb�m se rende ao jazz


postado em 07/12/2019 06:00 / atualizado em 07/12/2019 10:13

O clarinetista Harvey Wainapel, a flautista Léa Freire e o pianista Amilton Godoy interpretam gêneros como choro e samba(foto: Dog Fogg/Divulgação )
O clarinetista Harvey Wainapel, a flautista L�a Freire e o pianista Amilton Godoy interpretam g�neros como choro e samba (foto: Dog Fogg/Divulga��o )
Depois de marcar �poca em palcos brasileiros e estrangeiros com o Zimbo Trio, acompanhando os maiores artistas do pa�s, o pianista Amilton Godoy se junta agora � flautista paulista L�a Freire e ao saxofonista e clarinetista norte-americano Harvey Wainapel para formar o San-S�o Trio. O resultado est� no �lbum Novos caminhos, lan�amento que sai pelo selo Maritaca Discos. Para aqueles que gostam de repert�rio instrumental, os tr�s m�sicos e as can��es autorais de Godoy e Freire garantem resultado de primeira linha.
S�o 11 faixas, divididas em in�ditas e regrava��es, com Godoy contribuindo com cinco composi��es e Freire com seis. As m�sicas cobrem um espectro variado de g�neros brasileiros tradicionais e modernos, como choro e samba, entre outros. Godoy, de 78 anos, conta que a grava��o ocorreu no Brasil e nos Estados Unidos (Calif�rnia), respectivamente, na Gargol�ndia e no Whip Records (Berkeley), tanto no formato digital como em CD.

Os instrumentistas produziram uma sonoridade com diferentes sotaques das m�sicas brasileira e americana, enriquecidas pela improvisa��o do jazz. “O nome San-S�o Trio faz alus�o �s cidades de San Francisco (EUA), onde vive Harvey, e S�o Paulo, onde moramos eu e L�a. O envolvimento de n�s tr�s come�ou h� alguns anos e se consolidou em 2017, quando circulamos pelos Estados Unidos em companhia do m�sico norte-americano, apresentando o disco A mil tons”.

Ele ressalta que Novos Caminhos tamb�m foi apresentado ao p�blico dos EUA em agosto, como pr�via para o lan�amento no mercado brasileiro. Godoy conta que uma das faixas in�ditas, composi��o de Freire, � dedicada a Wainapel. “Seu nome causa estranhamento de imediato, mas h� explica��o. O Samba do �rvore lembra o apelido �rvore, que o m�sico norte-americano ganhou de Hermeto Pascoal quando este percebeu a dificuldade de alguns brasileiros em pronunciar corretamente seu nome”.

Godoy conta que esse disco foi uma decorr�ncia natural de um encontro que ele teve h� alguns anos com as composi��es de Freire. “Fiquei encantado com a maneira como ela escrevia e gravei um disco s� com composi��es dela. O �lbum se chamava Amilton Godoy e a m�sica de L�a Freire. uma coisa muito bem escrita, pois ela escreve muito bem para piano. L�a ainda tinha o grupo Vento e Madeira, j� tendo uma experi�ncia de composi��o muito acentuada e eu j� gostava disso. No dia da apresenta��o, falei que gostaria que ela participasse e fizesse m�sicas comigo, alguma coisa de duo.”

O pianista lembra que a flautista foi simp�tica � ideia e o chamou para entrar no palco e tocar com ela algumas can��es. “Tocamos e ficamos muito felizes com o resultado musical em duo. Ela sempre gostou das composi��es que eu fazia no Zimbo Trio e a� me convidou para fazer um disco de duo com minhas m�sicas. Topei e fizemos o A mil tons. � um disco de composi��es praticamente in�ditas e ela j� conhecia o Wainapel pelo amor que ele tinha pela m�sica brasileira. Ele sempre se interessou pela nossa m�sica. Ela o conhecia porque ele tinha gravado uma m�sica dela chamada Mamulengo, que regravamos agora”.

V�nculo duradouro com a brasilidade

Wainapel viaja todo ano ao Brasil h� duas d�cadas. “Ele tem muitos amigos aqui, grava com m�sicos daqui, toca m�sica brasileira com uma facilidade muito grande, com muito balan�o e suingue. A�, a L�a o convidou para fazer umas apresenta��es conosco. Reescrevi as m�sicas que tinha feito com a L�a, mas agora para trio. Fomos para os Estados Unidos numa excurs�o e ele esteve como convidado, nos ajudou tamb�m a organizar a turn� e gostamos muito do resultado. Decidimos ent�o gravar este disco”, conta Godoy. 

O San-S�o esteve recentemente na Calif�rnia, onde foi promover o CD. “Os norte-americanos gostaram muito do resultado, pois j� hav�amos tocado l� quando fizemos o lan�amento. Na verdade, o que interessa para eles � a forma como se toca, n�o com o qu� se vai tocar. Os cr�ticos e m�sicos de l� disseram que a nossa m�sica era camer�stica, uma express�o verdadeira da nossa m�sica. Eles t�m um crit�rio pr�prio de avalia��o, gostam daquilo que toca o cora��o deles.”

E com esse trabalho Godoy acabou se revelando produtivo compositor. “Este disco tem cinco m�sicas minhas, inclusive a que d� nome ao CD, como Novos caminhos, in�dita. Tem duas m�sicas – Tudo bem e Teste de som, que gravei com o Zimbo. Uma outra, O batr�quio, que o Heraldo do Monte gravou como convidado do Zimbo.”

Godoy diz que nesta turn� o trio est� tocando o disco inteiro. “Apresentamos o chorinho Sem d� nem piedade, composto pela L�a. O Mamulengo tamb�m � dela e tem muito suingue. Enfim, vamos tocar as 11 can��es do �lbum, que ficou muito bonito”, antecipa o pianista.

AMILTON GODOY, L�A FREIRE E HARVEY WAINAPEL
Lan�amento do disco Novos caminhos. S�bado (7), �s 18h, no Conservat�rio da UFMG – Avenida Afonso Pena, 1.534, Centro, (31) 3409-8300. Entrada franca.


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