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Quarentena faz de Vera Fischer a musa cin�fila das redes sociais

Em entrevista ao Estado de Minas, ela fala sobre ter sido dispensada da TV Globo e analisa a atual situa��o da cultura no Brasil: 'Vai de mal a pior'


05/07/2020 04:00 - atualizado 05/07/2020 10:01

Confinada em seu apartamento, no Rio, Vera Fischer tem usado o tempo em casa para produzir o conteúdo que vai para suas redes sociais, além de fazer faxina, cuidar do jardim e cozinhar.
Confinada em seu apartamento, no Rio, Vera Fischer tem usado o tempo em casa para produzir o conte�do que vai para suas redes sociais, al�m de fazer faxina, cuidar do jardim e cozinhar. (foto: Thalles Garbin Leandro/Divulga��o)

Ao longo de uma carreira que atravessa quase cinco d�cadas, Vera Fischer interpretou uma s�rie de pap�is ic�nicos. Na TV, foi Luiza em Brilhante (1981); Jocasta em Mandala (1987); Helena em La�os de fam�lia (2000); e Yvette em O clone (2001).

No cinema, atuou em Bonitinha mas ordin�ria (1981), de Braz Chediak, e em Amor estranho amor (1982), de Walter Hugo Khouri. O curr�culo ainda inclui, al�m de v�rios outros pap�is na TV, 12 pe�as de teatro, s�ries e miniss�ries. Agora, do alto de seus 68 anos, Vera resolveu encarar um novo papel: o de influenciadora digital.

Diariamente, a atriz alimenta suas redes sociais com dicas de filmes e s�ries que t�m feito sucesso entre os seguidores (no Instagram, ela acumula mais de 800 mil; no Twitter, cerca de 30 mil).

Junto a fotos em que aparece superproduzida, com direito a maquiagem e salto alto, Vera comenta os t�tulos pin�ados de uma extensa cole��o de DVDs que ocupa um c�modo inteiro de seu apartamento localizado no Leblon, no Rio de Janeiro, onde ela cumpre a quarentena ao lado do filho mais novo, Gabriel, de 27 anos, e da nora, Let�cia Catal�.

''N�o me considero uma especialista no assunto. Estou mais para uma f� fervorosa'', afirma ela, em entrevista ao Estado de Minas. ''Em casa, tenho uma verdadeira videoteca e sempre postei sobre isso no Instagram. Agora na pandemia isso ficou mais evidente. As pessoas acompanham mais, e eu preciso ter um cuidado muito grande. N�o se trata s� de falar sobre determinado filme ou s�rie. Eu primeiro tenho a preocupa��o de rever para dar uma opini�o com propriedade.''

A cole��o come�ou nos anos 1980. Naquela �poca, Vera viajava bastante para fora do pa�s e aproveitava para trazer fitas VHS na mala. Desde ent�o, acumular as m�dias f�sicas se tornou um hobby, mesmo quando, mais tarde, as videolocadoras se popularizaram. S�cia de in�meras delas no Rio, quando as lojas fecharam a atriz aproveitou os sald�es para engordar o acervo pessoal.

''Tenho filmes de todos os g�neros poss�veis, at� os de terror. Tamb�m adquiri s�ries completas'', conta, destacando que possui, em DVD, todas as temporadas de Game of thrones (2011-2019), Friends (1994-2004), Desperate housewives (2004-2012), Lost (2004-2010), Revenge (2011-2015) e outras p�rolas da TV norte-americana.
 

''Al�m de comprar, tamb�m ganho muitos de presente de quem sabe que gosto. E eu recebo com o maior prazer'', diverte-se. A atriz garante que � a autora dos textos que acompanham os posts e seleciona, a dedo, as produ��es que ser�o indicadas. ''Quem tira as fotos � o meu filho. A� eu mando tudo para as duas meninas que gerenciam minhas redes sociais e elas sobem para mim nos hor�rios mais apropriados para bombar'', revela.

A liberdade de escolha permite que Vera fa�a curadorias tem�ticas. Nos �ltimos dias 26, 27 e 28, por exemplo, ela indicou filmes cujo t�tulo come�a com a express�o ''Era uma vez...''. Ambos dirigidos por Sergio Leone, Era uma vez no oeste (1969) e Era uma vez na Am�rica (1984) ganharam a companhia de Era uma vez em... Hollywood (2019), de Quentin Tarantino.

No Instagram, os posts atingem por volta de 10 mil likes e mil coment�rios - n�meros bastante abaixo das grandes influenciadoras, mas satisfat�rios para quem produz conte�do de nicho. ''Do pouco que acompanho, vejo que influencio, sim, as pessoas que me seguem. Elas veem o que eu posto, procuram em casa e �s vezes rola uma identifica��o.''

Apesar disso, ela se considera ''p�ssima'' com tecnologia. O primeiro celular adquiriu somente em fevereiro passado, por press�o dos filhos. ''As pessoas que trabalham comigo sempre tiveram, e eu nunca senti a necessidade real de t�-lo. Tamb�m n�o sou do tipo de pessoa que fica pendurada no aparelho, n�o tenho paci�ncia para isso. Entro no Instagram, vejo as novidades de quem eu sigo, respondo o que � meu e pronto: saio.”


STREAMING

A cin�fila Vera Fischer n�o � preciosista a ponto de renegar o conte�do dispon�vel nas plataformas de streaming. Ela confessa que � assinante de todas, sem exce��o e, atualmente, est� assistindo The crown e Anne with an e, ambas da Netflix.

Completamente confinada desde o in�cio de mar�o, quando a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) decretou a pandemia do novo coronav�rus, ela tem se dividido entre produzir o conte�do que vai para as redes sociais, fazer faxina, cuidar do jardim e cozinhar. Nos �ltimos dias, dedicou-se a planejar uma s�rie de lives que pretende iniciar na pr�xima semana, nas quais promover� a leitura de pe�as teatrais com amigos, via Instagram.

''N�s, da �rea do teatro e da TV, estamos muito parados. Para o pessoal da m�sica � mais f�cil, eles promovem essas transmiss�es ao vivo com m�sica, e as pessoas t�m aderido bastante. Confesso que n�o sou muito f�. Acho que os assuntos se esgotam. Para a minha live, estou pensando em algo mais r�pido, de meia hora, no m�ximo'', conta.

Antes da pandemia, Vera Fischer planejava estrear a pe�a Quando eu for m�e, quero amar desse jeito, com texto de Eduardo Bakr e dire��o de Tadeu Aguiar, no dia 9 de abril. A atriz tamb�m se preparava para rodar o filme Quase algu�m, de Daniel Ghivelder.
 


Sem ter o contrato renovado com a TV Globo pela primeira vez em 44 anos, ela n�o descarta migrar para outra emissora, se o convite surgir.

''Fui contratada em 1976 e, de l� para c�, o dinheiro que ganhei l� foi usado para pagar meus empregados e minha vida. A nova regra da casa � essa: dispensar e n�o adianta discutir. S� s�o mantidos profissionais que, no momento, est�o no ar. O resto est� em compasso de espera'', afirma.

Ela trata a demiss�o sem rodeios. ''Foi uma not�cia ruim para mim, � claro. Agora preciso me adaptar a essa nova realidade, mas, ao mesmo tempo, h� uma liberdade maior em n�o ter contrato. Abre um oceano de possibilidades.''

Outro assunto que lhe gera preocupa��o � a situa��o pol�tica do Brasil. ''J� faz bastante tempo que as coisas est�o ruins. Com o governo atual, vai de mal a pior'', analisa. ''N�o tenho um partido definido, mas n�o votei no Bolsonaro. Ele n�o est� nem a� para a cultura, a educa��o, a sa�de, a ci�ncia. � como se tiv�ssemos que cancelar esse per�odo todo.''

Questionada sobre a breve passagem de Regina Duarte pela Secretaria da Cultura do governo federal, ela confessa que, no in�cio, depositou sua esperan�a na colega de profiss�o.

''Nunca trabalhei diretamente com ela, mas fiquei esperan�osa, porque ela tinha uma carreira muito s�lida. Pensei que a presen�a dela fosse abrir os horizontes desse presidente, mas infelizmente deu errado. Inclusive, todas as pessoas que ele nomeou para a cultura n�o deram certo e agora estamos vivendo essa realidade surreal. Estamos � deriva em assuntos important�ssimos para o funcionamento da sociedade.''


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