
Nascido em Ilh�us, na Bahia, em 1924, mudou-se com a fam�lia dez anos depois para Salvador, onde foi aluno do fil�logo Herbert Parentes Fortes, um dos principais intelectuais e l�deres da A��o Integralista Brasileira (AIB).
Aos 20 anos, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, formando-se em Direito. L�, escreveu para o jornal "A Marcha", ligado ao Partido de Representa��o Popular, e entrou em contato com o mentor do integralismo, Pl�nio Salgado (1895-1975), que sedimentaria suas convic��es pol�ticas conservadoras.
Aos 20 anos, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, formando-se em Direito. L�, escreveu para o jornal "A Marcha", ligado ao Partido de Representa��o Popular, e entrou em contato com o mentor do integralismo, Pl�nio Salgado (1895-1975), que sedimentaria suas convic��es pol�ticas conservadoras.
Atuou como jornalista em diversos �rg�os de imprensa, como o jornal "Folha Carioca". Em 1956, fundou as Edi��es GRD, que traziam suas iniciais, com a publica��o de Filosofia da Linguagem, de Herbert Parentes Fortes.
Sua ousadia, vis�o e compromisso altru�sta com a promo��o da cultura brasileira fizeram com que ele lan�asse os primeiros livros de autores que, ent�o desconhecidos, logo se firmariam como grandes nomes da literatura brasileira, como Rubem Fonseca, N�lida Pi�on e o poeta Gerardo Melo Mour�o, entre outros, que logo se tornaram conhecidos como membros da Gera��o GRD.
Sua ousadia, vis�o e compromisso altru�sta com a promo��o da cultura brasileira fizeram com que ele lan�asse os primeiros livros de autores que, ent�o desconhecidos, logo se firmariam como grandes nomes da literatura brasileira, como Rubem Fonseca, N�lida Pi�on e o poeta Gerardo Melo Mour�o, entre outros, que logo se tornaram conhecidos como membros da Gera��o GRD.
O lan�amento de "Os Prisioneiros", em 1963, de Fonseca, ali�s, rendeu uma boa hist�ria, pois ele trabalhava como diretor na Light, empresa de gera��o e distribui��o de energia el�trica. Uma de suas secret�rias, Fernanda, � revelia do chefe, entregou a Gumercindo alguns contos que Fonseca guardava na gaveta. Impressionado com a qualidade, o editor imprimiu algumas provas do livro e as levou para Fonseca.
"Olha, um anjo misterioso me deu os originais de seu livro", disse Gumercindo, o que irritou Fonseca, a ponto de soltar um monte de improp�rios. Uma semana depois, mais calmo, concordou com a edi��o do livro, mas exigiu que a capa fosse feita pelo filho Zeca, de 6 anos. Depois de "Os Prisioneiros", seguiu-se "A Coleira do C�o", cujo sucesso foi tamanho e motivou Fonseca a se transferir para uma editora maior.
No campo liter�rio, Gumercindo entrou em contato com a fic��o cient�fica pela primeira vez por meio do "Suplemento Juvenil", que circulou no pa�s entre 1934 e 1945, e pelo qual descobriu personagens cl�ssicos dos quadrinhos, como Flash Gordon, Buck Rogers e Brick Bradford.
Motivado pela leitura, o ainda jovem Gumercindo teve uma esp�cie de revela��o quando, aos 20 anos, ia montado em um burro de Salvador para a usina de a��car de seu pai, no Rec�ncavo Baiano.
"Levantei a cabe�a, tomei um bruto susto, a impress�o que me deu foi que aquilo ia despencar repentinamente. Era o c�u salpicado de estrelas, de uma beleza, nunca me saiu da mem�ria", contou ele em entrevista ao 'Ali�s', em 2017. A experi�ncia o fez abrir caminho para a fic��o cient�fica no Brasil.
"Levantei a cabe�a, tomei um bruto susto, a impress�o que me deu foi que aquilo ia despencar repentinamente. Era o c�u salpicado de estrelas, de uma beleza, nunca me saiu da mem�ria", contou ele em entrevista ao 'Ali�s', em 2017. A experi�ncia o fez abrir caminho para a fic��o cient�fica no Brasil.
Ele foi primeiro a criar uma cole��o dedicada a publicar sistematicamente as obras do g�nero de 1958 em diante, quando lan�ou "Al�m do Planeta Silencioso", de C.S. Lewis. Foi o ponto de partida para que sua editora revelasse ao pa�s autores do nicho como Ray Bradbury, H.P. Lovecraft, Dinah Silveira de Queiroz (que lan�ou, em 1960, os contos de Eles Herdar�o a Terra) e Robert Heinlein.
Em 1961, publicou a primeira Antologia Brasileira de Fic��o Cient�fica, com trabalhos de Din�, al�m de Ant�nio Olinto, Rachel de Queiroz e Fausto Cunha, dentre outros. Sua import�ncia para a divulga��o do g�nero no Brasil � reconhecida em um verbete da SFE (Science Fiction Encyclopedia), de Londres, que o considera "o mais importante na hist�ria da fic��o cient�fica brasileira", tendo sido "em larga medida respons�vel pela Primeira Onda da Fic��o Cient�fica Brasileira (1958-1972)" que, sem ele, "poderia talvez nem ter ocorrido".
Com o golpe militar de 1964, Gumercindo mudou o foco de suas publica��es de fic��o cient�fica, concentrando-se na tradu��o de publica��es europeias. Entre os autores nacionais, o olhar era para os cr�ticos do regime, com destaque para "N�o Ver�s Pa�s Nenhum" (1981), de Ign�cio de Loyola Brand�o.
Em 1972, j� vivendo em S�o Paulo, Gumercindo trabalhou na Conv�vio - Sociedade Brasileira de Cultura por cerca de cinco anos. Nesse per�odo, coordenou a edi��o da revista Convivium e a cole��o Biblioteca do Pensamento Brasileiro, ambas publicadas pela Editora Conv�vio.
Em 2002, publicou o livro "Ora, Direis… Ouvir "Orelhas" Que Falam de Livros, Homens e Ideias", reuni�o das "orelhas" das obras publicadas e escritas pelo autor, que declara, na pr�pria orelha desse livro, que as escreveu com pleno conhecimento do significado e sua poss�vel proje��o. "Se repercutiram, bem ou mal, quis ter a sensa��o de que estava fazendo o que me competia investido que me achava num papel fundamental para a evolu��o de meu pa�s", anotou.
