Festa noramusique vira festival on-line e re�ne artistas de v�rios pa�ses
Entre as atra��es est�o o americano Steve Shelley, baterista do Sonic Youth, e o DJ sueco Agge, que animou festa do Pr�mio Nobel com m�sica brasileira
Folk e soul de Steve Shelley, baterista da banda Sonic Youth, ganhar�o destaque no festival (foto: YouTube/reprodu��o)
A diversidade � a marca registrada do festival noramusique, que chegar� � segunda edi��o neste s�bado (13/3), evento on-line transmitido pela plataforma Zoom. Semba, soukouss, son montuno cubano, rock g�tico, indie, new wave, hip-hop old school, jazz, soul e funk est�o entre os estilos que ser�o apresentados por artistas de diversos pa�ses.
Entre as atra��es est�o os DJs Danilo e Larry Antha (Brasil), Banju (Fran�a) e Agge (Su�cia), al�m de Steve Shelley, baterista da banda americana de rock alternativo Sonic Youth. Trata-se da adapta��o da festa noramusique Residence para o formato virtual, t�o em voga durante a pandemia.
“Tive a ideia de fazer uma festa em janeiro de 2020. A� rolou o p�-frio, porque depois que fiz a primeira, j� 'estourou' m�scara na cara. Pensei: n�o vou parar com isso, resolvi fazer on-line”, conta Renato Vilarouca, idealizador do evento, em parceria com Thaiz Wyns.
Thaiz explica que, inicialmente, a produ��o mapeia o trabalho dos artistas para selecionar os participantes. “Primeiro, a gente pensa no estilo da pessoa, no que ela pode trazer para o p�blico. O Steve (Shelley), por exemplo, gosta muito de folk e de soul. Era uma pessoa com estilo diferente dos outros”, comenta.
Um dos destaques do festival, o sueco DJ Agge ressalta a import�ncia do evento nestes tempos de quarentena.
“� um bom gesto fazer festas on-line, manter a intera��o cultural. � um espa�o espiritual para ter inspira��o, manter a esperan�a, manter o vigor. Sempre haver� passagens na vida que n�o s�o agrad�veis, mas tudo vai passar. � bom manter a positividade e continuar a ser criativo”, comenta Agge. O sueco n�o toca em baladas e casas noturnas h� mais de um ano, por causa da pandemia.
Na d�cada de 1980, o DJ desenvolveu a paix�o por g�neros que deram origem ao hip-hop, como jazz e funk. Mais tarde, conheceu a m�sica brasileira por meio de Em�lio Santiago e ficou encantado.
“Fui ao Brasil a primeira vez em 1996, fiquei por dois meses. N�o frequentava praia, fui para as lojas de disco. Estava com minha namorada, que ficava chateada com isso. Dizia para ela: ‘Olha, estou aqui e voc� pode ir para a praia’”, relembra, divertido.
Falando portugu�s perfeitamente, Agge j� fez v�rias viagens ao Brasil. � a segunda participa��o dele no projeto noramusique. O DJ diz ter levado a bossa-nova para a Su�cia, �frica do Sul e at� mesmo para a p�s-festa do Pr�mio Nobel, em seu pa�s natal.
“Era muito engra�ado ver todos aqueles professores e pesquisadores, barbudos e completamente b�bados, dan�ando m�sicas brasileiras”, conta Agge, aos risos.
Embora o set programado para o noramusique seja diversificado e conte com repert�rio brasileiro, soul e funk, a proposta de Agge � mostrar um pouco da m�sica sueca ao Brasil.
DJ Agge quer mostrar a m�sica sueca aos brasileiros (foto: Acervo pessoal)