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Estado de Minas LITERATURA

Perda do melhor amigo inspira nova trama de best-seller de suspense su��o

J�el Dicker escreveu "O enigma do quarto 622", suspense ambientado num hotel, durante viagem motivada pelo luto pela morte de seu editor e melhor amigo


11/04/2021 06:00 - atualizado 11/04/2021 10:20

O suíço Jöel Dicker escreveu
O su��o J�el Dicker escreveu "O enigma do quarto 622", suspense ambientado num hotel, enquanto lidava com o luto pela morte de seu editor e melhor amigo (foto: Joel Saget/AFP)

N�o h� como n�o pensar em uma matrioska na medida em que a leitura de “O enigma do quarto 622” (Intr�nseca) evolui. Novo romance policial do su��o J�el Dicker, autor do best-seller “A verdade sobre o caso Harry Quebert” (2012), ele � apresentado em camadas. A cada nova sequ�ncia, o autor vai direto para uma passagem diferente, que parece n�o ter refer�ncia direta com a anterior, deixando o leitor, por vezes, no v�cuo.

Lan�ado em maio de 2020 na Fran�a, “O enigma do quarto 622” foi um sucesso de vendas naquele pa�s, que fez de Dicker, repentinamente, um fen�meno da literatura, aos 20 e poucos anos. Somente na Fran�a, o novo livro – quinto desde sua estreia, com “A verdade sobre nossos pais” (2010) – vendeu mais de meio milh�o de exemplares no ano passado.

O livro nasceu de uma perda, a morte de seu editor, Bernard de Fallois (1926-2018), fundador da �ditions de Fallois. A obra � dedicada a ele e h� passagens em que o escritor fala de sua rela��o com o homem d�cadas mais velho, que Dicker considerava ser seu melhor amigo. Seus livros sempre trazem um escritor como protagonista em meio a um crime. Mas, desta vez, em vez de um alter ego, Dicker colocou a si pr�prio na hist�ria. 
PASSADO Em luto pela morte de Fallois, ele se hospeda, no in�cio de 2018, em um hotel de luxo nos Alpes su��os. N�o demora a descobrir que o quarto que ocupava, o de n�mero 622, tinha um passado nebuloso. Muitos anos antes, houve um assassinato ali. 

O escritor � levado a investigar o que ocorreu por uma h�spede, que logo se torna sua amiga e assistente. Na maior parte da narrativa, n�o sabemos nem sequer quem foi assassinado, muito menos o assassino. 

A partir deste mote, indo e vindo no tempo e misturando tanto sua narrativa como autor e investigador quanto acompanhando a trama que levou ao assassinato, o romance se desenvolve. O cen�rio, j� que Dicker est� retratando uma hist�ria su��a, s�o os conhecidos (e discret�ssimos) bancos privados do pa�s europeu.

Em Genebra, conhecemos a fam�lia Ebezner, propriet�ria de um tradicional banco que passa de pai para filho ao longo das gera��es. S� que as coisas est�o para mudar, e a presid�ncia da institui��o, vaga desde a morte do Ebezner que a ocupava, vira motivo de disputa. 

H� o herdeiro natural, Macaire, um bon vivant meio limitado, mas de bom cora��o, que s� quer o posto por vaidade. Ele � casado com a descendente de russos Anastasia, filha de uma alpinista sem nenhum escr�pulo.

O grande rival de Macaire � Lev Levovitch, o atual g�nio das finan�as do banco, que no passado era carregador de malas do hotel onde ocorreu o crime. Uma verdadeira fogueira das vaidades � montada, com personagens pitorescos, como um russo de forte influ�ncia no banco, um ator fracassado e parentes que s� querem passar a perna uns nos outros.

S�o v�rias bonecas russas escondidas na trama, o que � interessante por um lado, j� que leva a uma leitura mais �vida, mas exasperante por outro, pois o recurso torna-se um tanto repetitivo. Fato � que, como narrativa policial, funciona. Dicker � pobre na escrita, com personagens ing�nuos e di�logos cheios de lugares comuns, mas engenhoso na forma de apresentar suas hist�rias.

“O ENIGMA DO QUARTO 622”

.De J�el Dicker
.Intr�nseca (528 p�gs.)
.R$ 64,90 (livro) e R$ 44,90 (e-book)




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