(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MOSTRA

Document�rio sobre a presen�a do negro no cinema de terror abre Cinefantasy

Festival come�a nesta sexta-feira (16/4), em formato digital, na plataforma Belas Artes � La Carte


16/04/2021 04:00 - atualizado 16/04/2021 07:45

O documentário 'Horror noire: A história do horror negro' terá exibição gratuita (limitada a 1.000 espectadores), na abertura do Cinefantasy, hoje(foto: CInefantasy/Divulgação)
O document�rio 'Horror noire: A hist�ria do horror negro' ter� exibi��o gratuita (limitada a 1.000 espectadores), na abertura do Cinefantasy, hoje (foto: CInefantasy/Divulga��o)

Embora ligado � fantasia e ao sobrenatural, o cinema fant�stico estabelece suas conex�es com temas urgentes do mundo real. V�rias delas est�o presentes na edi��o do Cinefantasy que come�a nesta sexta-feira (16/4), em formato digital, na plataforma Belas Artes � La Carte . 

Ao todo, ser�o exibidos 150 filmes de 70 pa�ses, divididos em 15 mostras tem�ticas, que incluem curtas, longas e document�rios, dispon�veis at� o pr�ximo dia 29. A abertura, �s 18h de hoje, tem como atra��o “Horror noire: A hist�ria do horror negro”. O document�rio norte-americano investiga a presen�a (ou a aus�ncia) de artistas negros nos filmes de terror, ao longa da hist�ria do cinema. 

Dirigido por Xavier Burgin, o longa lan�ado em 2019 � baseado no livro de mesmo nome escrito por Robin R. Means Coleman. A filmagem aborda a constru��o de estere�tipos preconceituosos e a inexistente diversidade racial no cinema de g�nero norte-americano, na primeira metade do s�culo 20. 

Por outro lado, destaca a blaxploitation dos anos 1970, de filmes como “Blacula, o vampiro negro”, de William Crain, at� chegar na consagra��o de Jordan Peele, vencedor do Oscar de melhor roteiro original em 2018 com “Corra!”. 

ACESSO 

Al�m de Peele, o filme inclui depoimentos dos atores e atrizes Keith David, Tony Todd e Rachel True, da autora Tananarive Due, entre outros. A exibi��o do document�rio de abertura ser� gratuita, mas limitada a mil acessos. Para assistir aos demais filmes do festival, � preciso assinar o servi�o Belas Artes � La Carte (R$ 9,90 por m�s). 

A programa��o ainda inclui debates e outras atra��es relacionadas aos temas mostrados nos filmes. Diretor e curador do festival, Eduardo Santana destaca que pautas sociais s�o uma preocupa��o da curadoria h� algumas edi��es, com a cria��o das mostras tem�ticas “Fant�stica diversidade”, dedicada a filmes com tem�tica LGBT, e “Mulheres fant�sticas”, formada por filmes dirigidos por mulheres. 

“O cinema fant�stico sempre teve essa preocupa��o, desde o (diretor norte-americano) George Romero (1940-2017), com a “A noite dos mortos-vivos” (1968), sempre com alguma cr�tica ao sistema. Com a pandemia, isso fica mais forte. A fic��o vem para a realidade. A pandemia nos faz pensar em filmes fant�sticos porque o que vemos agora, com exce��o de momentos hist�ricos, como a Gripe Espanhola, s� v�amos nos filmes”, argumenta Eduardo Santana. 

O curador destaca na programa��o a exibi��o dos document�rios “Narrativas do p�s”, de Graubi Garcia e Jairo Neto, que questiona como as hist�rias ser�o contadas ap�s a convuls�o pol�tica e social que o Brasil atravessa, e o espanhol “O alvorecer de Kaiju Eiga”, de Jonathan Bell�s, sobre a cria��o dos Kaiju Eiga: os “filmes de monstros gigantes”, como o Godzilla, e qual a rela��o deles com a amea�a da bomba at�mica no Jap�o. 

Ele cita tamb�m o brasileiro “A senhora que morreu no trailer”, de Alberto Camarero e Alberto de Oliveira, sobre a vida da artista brasileira Suzy King, encontrada morta no trailer em que vivia, na Calif�rnia, em agosto de 1985, e “Morgana”, dos australianos Isabel Peppard e Josie Hess, a respeito de uma dona de casa que, aos 50 anos, se reinventou como uma estrela de filmes sadomasoquistas. Segundo Santana, s�o exemplos de filmes de origens distintas que se conectam tematicamente. 

Na mostra principal, dedicada aos longa-metragens n�o documentais, est� o drama psicol�gico holand�s “Porcelana” de Jenneke Boeijink, que mostra a ru�na de uma fam�lia aparentemente perfeita.

Outro destaque � o suspense h�ngaro “Ravina”, de Bal�zs Krasznahorkai, sobre um obstetra prestes a se tornar pai que retorna � sua cidade natal para encarar um filho que ele abandonou 17 anos antes. 

H� ainda o premiado “Amigo”, do espanhol �scar M�rtin, sobre a estranha ruptura na amizade de dois homens depois que um deles se acidenta, e o canadense "Sayo", de Jeremy Rubie, que mostra uma viagem entre dois mundos de uma jovem em busca de sua irm� que morreu. Os quatro filmes s�o in�ditos no mercado brasileiro.

Ainda na mostra principal, quatro filmes s�o nacionais. “Rosa tirana”, de Rog�rio Sagui, gravado no sert�o da Bahia; “Voltei!”, de Ary Rosa e Glenda Nic�cio, filmado no rec�ncavo baiano, sobre duas irm�s que ficam escutando not�cias no r�dio e se surpreendem com a volta da irm� mais velha; “Como vivem os bravos”, de Daniell Abrew, faroeste nordestino ambientado em Palm�cia (CE); e a distopia “Rodson ou (Onde o sol n�o tem d�)”, de Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra, que imagina um futuro em que � proibido ler e consumir cultura, no qual vive Rodson, um garoto com instinto art�stico que sai em busca da alucina��o perfeita sob o sol de 2000°C.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)