
No futuro, a 93ª edi��o da cerim�nia de premia��o da Academia de Artes e Ci�ncias Cinematogr�ficas de Hollywood poder� ser lembrada como o “Oscar da pandemia” ou tamb�m, e isto vai depender da distribui��o de trof�us na noite deste domingo (25/4), como o “Oscar da mudan�a”.
Com “Mank”, de David Fincher, capitaneando as nomea��es em 10 categorias, depois das pol�micas edi��es de 2015 e 2016, em que apenas int�rpretes brancos entraram na sele��o, v�rios indicados fogem do perfil dominante.
Pela primeira vez em um mesmo ano, h� duas mulheres disputando o Oscar de melhor dire��o: Chlo� Zhao (por “Nomadland”) e Emerald Fennell (por “Bela vingan�a”). Os respectivos longas tamb�m concorrem ao principal pr�mio da noite.
S�o oito candidatos a melhor filme: al�m dos tr�s j� citados, est�o na lista “Meu pai”, “Judas e o messias negro”, "Minari – Em busca da felicidade", “O som do sil�ncio” e “Os 7 de Chicago”.

Chadwick Boseman, tido como favorito � estatueta de melhor ator por “A voz suprema do blues”, � o s�timo int�rprete indicado a um Oscar p�stumo. Est�o na disputa na mesma categoria Steven Yeun, por “Minari – Em busca da felicidade”, o primeiro asi�tico-americano a concorrer a melhor ator, e Riz Ahmed, por “O som do sil�ncio”, o primeiro mu�ulmano.
Entre as atrizes principais, h� duas negras, Viola Davis ("A voz suprema do blues") e Andra Day ("Estados Unidos vs. Billie Holiday"). Nas categorias de coadjuvantes, a dupla de “Judas e o messias negro”, Daniel Kaluuya e Lakeith Stanfield, est� na disputa.
Outro filme que tem como pano de fundo a luta pelos direitos civis nos EUA, “Uma noite em Miami”, garantiu uma indica��o de coadjuvante a Leslie Odom Jr., que interpreta o cantor Sam Cooke.
PERFIL
Sob press�o, a Academia reconheceu em 2016 que seus ent�o 6 mil membros eram 93% brancos e 76% homens, com idade m�dia de 63 anos. A institui��o anunciou que pretendia dobrar o n�mero de mulheres e integrantes de origens diversas at� 2020.
A aposta se concretizou no ano passado, quando os profissionais que votam no Oscar passaram a registrar 33% de mulheres e 19% de membros de "minorias sub-representadas" (1.787 no total).
Al�m disto, o Oscar deste ano contar� com um longa sobre um baterista com perda auditiva que concorre ao pr�mio de melhor filme (“O som do sil�ncio”), um document�rio que explora um acampamento hippie para jovens com defici�ncia (“Cris Camp: A revolu��o da inclus�o”) e o primeiro filme protagonizado por um ator surdo e cego (Robert Tarango, do curta “Feeling through”).
A premia��o deste domingo vai refletir outra mudan�a, esta com rela��o direta � pr�pria forma de consumo de filmes. Com a pandemia, parte da produ��o audiovisual foi escoada para o streaming, que lan�ou v�rios filmes previstos anteriormente para os cinemas.
A Academia mudou, para esta edi��o, as regras do Oscar, permitindo que produ��es que chegaram diretamente nas plataformas pudessem concorrer. Sendo assim, a Netflix foi a campe� de indica��es entre os est�dios. Recebeu 35 nomea��es, seu maior n�mero at� ent�o. S�o dela “Mank”, “O 7 de Chicago”, “A voz suprema do blues”.
A presen�a maci�a do streaming fez com que um p�blico maior tivesse acesso aos indicados. Mas nem todos, por assim dizer. Dos oito indicados a melhor filme, dois s� chegar�o ao Brasil (e exclusivamente nas salas de cinema) depois da cerim�nia.
Favorito ao principal pr�mio da noite, “Nomadland” est� previsto para estrear na pr�xima quinta-feira (29/4). “Bela vingan�a” j� mudou de data algumas vezes – agora tem previs�o para 13 de maio. Como Belo Horizonte permanece com seus cinemas fechados, outra produ��o das oito de melhor filme que n�o pode ser vista na capital mineira � “Minari – Em busca da felicidade”, que estreou no pa�s na �ltima quinta-feira (22/4). (Com ag�ncias de not�cias)