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Estado de Minas AUDIOVISUAL

Pandemia transforma as pe�as 'E a nave vai' e 'Angustia-me' em filmes

Produ��o do Teatro Inomin�vel aborda o medo de amar. Espet�culo dirigido por Alexandre Mello discute a falsa felicidade vendida pelas redes sociais


26/05/2021 04:00 - atualizado 26/05/2021 07:03

Gunnar Borges, Andrêas Gatto e Marcio Machado em
Gunnar Borges, Andr�as Gatto e Marcio Machado em "E a nave vai", que estreia hoje (foto: Felipe Quintelas/divulga��o )

Duas pe�as cariocas, cuja apresenta��o presencial � imposs�vel devido � pandemia, viraram filmes com transmiss�o on-line. “E a nave vai”, a primeira realiza��o audiovisual do grupo Teatro Inomin�vel, estreia nesta quarta-feira (26/5) � noite. “Angustia-me”, dirigido por Alexandre Mello, faz temporada virtual at� 30 de junho.

Depois de vivenciar uma paix�o amorosa em 2019, Diogo Liberano criou a dramaturgia de “E a nave vai”, discutindo os afetos e como o ser humano n�o controla os sentimentos que desperta no outro. O curta tem 40 minutos.

“Decidimos encarar esse desafio porque � o que gostamos de fazer na companhia. A gente n�o gosta de fazer o que sabe, mas de se lan�ar numa situa��o nova”, afirma Diogo Liberano, de 33 anos.

MEDO 
 “E a nave vai” fala de paix�o, por meio da rela��o entre dois homens que enfrentam o medo do passado e do futuro. O manduro Gat�o (M�rcio Machado), que vive um momento delicado ap�s o suic�dio do ex-namorado, conhece Mocinho (Gunnar Borges), de 30 anos.

“Um homem de luto e outro dispon�vel � rela��o amorosa. Obviamente, eles n�o conseguem se afinar, encontrar um lugar comum. O mais jovem tem medo do futuro, teme que aquela rela��o possa n�o acontecer. E Gat�o tem medo do passado porque est� traumatizado pelo que viveu recentemente”, adianta o diretor.

Um terceiro personagem acompanha a trama: o carro de Gat�o, carinhosamente apelidado de Nave (interpretado por Andr�as Gatto), que se encanta por Mocinho pelo fato de ele trazer vitalidade para seu dono.

Liberano diz que a “m�quina falante” traz novo panorama para os protagonistas. “Busquei compor um personagem com alguma onisci�ncia, especulando sobre o que aqueles homens est�o vivendo e sentindo”, afirma, comparando Nave ao “terceiro olhar”. “Dramaturgicamente, tenho a possibilidade de abrir quest�es sobre a rela��o deles e o afeto”, ressalta.

Na adapta��o audiovisual, que seguiu os protocolos de seguran�a, Diogo valorizou o jogo dos atores em cena, mesclando elementos do teatro e do cinema. “Foi a negocia��o entre um punhado de coisas novas, desafiadoras e apaixonantes com aquilo que a gente j� traz na bagagem enquanto artistas e companhia de teatro. Foi bastante renovador”, revela.

Em cartaz desde 30 de abril, “Angustia-me”, de Alexandre Mello, traz situa��es tragic�micas vividas por seis personagens – funcion�rios de um shopping, atores porn� e maquiadora de defuntos.

O elenco re�ne F�bio Ventura, Leandro Baumgratz, Maria Ad�lia, Noemia Oliveira (atriz do grupo Porta dos Fundos), Raquel Rocha e Rog�rio Garcia.

Alexandre Mello conta que o projeto surgiu a partir da conversa com uma crian�a. “Ele estava sentindo algo que n�o sabia explicar e a gente come�ou a investigar. No final, conclu�mos que o menino estava angustiado”, diz o diretor.

Ao perceber como a ang�stia come�a cedo na vida das pessoas, a equipe elaborou a dramaturgia. O texto de Julia Spadaccini (premiada autora da s�rie “Segunda chamada”, da TV Globo) e Marcia Brasil buscou refer�ncias na literatura, artes pl�sticas, m�sica, filosofia e psican�lise.

Leandro Baungratz e Raquel Rocha questionam a felicidade de fachada em
Leandro Baungratz e Raquel Rocha questionam a felicidade de fachada em "Angustia-me" (foto: Alyrio Traczenko/divulga��o )

VIS�O 
O filme tem 90 minutos. “Na boca dos personagens est� a vis�o mais global da humanidade refletindo sobre sua pr�pria ang�stia, que est� plasmada tamb�m na cenografia, figurinos”, comenta Alexandre.

A partir de tr�s encontros inusitados, personagens riem de suas pr�prias loucuras ao perceber a enorme cobran�a da sociedade sobre quem desempenha certos pap�is. “A gente topa a cobran�a porque assumimos isso como um valor nosso, em vez de algo imposto por uma sociedade meio decadente, sem sentido”, comenta o diretor.

Ao mergulhar em suas pr�prias ang�stias, os personagens adotam postura cr�tica � promessa de felicidade vendida pela sociedade, principalmente por meio das redes sociais, revela Alexandre Mello.

* Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria


“E A NAVE VAI”
Estreia nesta quarta-feira (26/5), �s 19h. Sess�es at� s�bado (29/5), quando haver� bate-papo com atores da Cia. Teatro Inomin�vel ap�s a apresenta��o. Gratuito. Transmiss�o no canal do Teatro Inomin�vel no YouTube.

“ANGUSTIA-ME”
Em cartaz at� 30 de junho. O espet�culo est� dispon�vel gratuitamente no YouTube. Ingressos devem ser retirados no site Sympla.




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