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Estado de Minas CINEMA

Brasil perde Maurice Capovilla, diretor de 'Subterr�neos do futebol'

Cineasta paulista tinha 85 anos e sofria de Alzheimer. Ele dirigiu adapta��es de romances de Ign�cio de Loyola Brand�o e Jo�o Ant�nio para as telas


30/05/2021 16:17 - atualizado 30/05/2021 16:22

Em 2015, Maurice Capoville foi um dos destaques da Mostra de Cinema de Tiradentes (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Em 2015, Maurice Capoville foi um dos destaques da Mostra de Cinema de Tiradentes (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
Maurice Capovilla, de 85 anos, morreu em casa, nese s�bado (29/05), no Rio de Janeiro. Ele passou seus �ltimos anos acamado, v�tima do mal de Alzheimer. Cap�, como todo mundo carinhosamente o chamava no meio cinematogr�fico, foi diretor de talento. Entre seus v�rios filmes, destacam-se o document�rio “Subterr�neos do futebol” (1965) e as fic��es “Bebel, garota propaganda” (1967), “O profeta da fome” (1970) e “O jogo da vida” (1977).
 
Com extensa carreira como produtor, ator e professor, o paulista Capovilla trabalhou no projeto original do Instituto Drag�o do Mar, em Fortaleza, n�cleo cinematogr�fico criado pelo governo do Cear�.
 
Fez filmes muito bons. O longa “Bebel, garota propaganda” � adaptado do romance de Ign�cio de Loyola Brand�o, e “O jogo da vida”, de “Malagueta, Perus e Bacana�o”, de Jo�o Ant�nio.
 
Talvez seu trabalho mais marcante e original seja o incisivo, estranho e corrosivo “Profeta da fome”, estrelado por Jos� Mojica Marins, o Z� do Caix�o. O personagem vive de se exibir como faquir e acaba, involuntariamente, criando uma seita, na qual seria o guru e salvador. Mas o esp�rito iconoclasta da figura t�o bem interpretada por Mojica impede a seita de prosperar.
 
“Subterr�neos do futebol”, com seu corte sociol�gico, talvez ainda seja a melhor radiografia do nosso esporte mais popular. Esporte ao qual Cap� sempre esteve muito ligado – passou perto de se tornar atleta profissional na juventude, quando saiu de sua Valinhos natal para treinar no Fluminense. 
Figura ador�vel, Cap� era cheio de vida e incans�vel dan�arino. Animava as noites alegres dos festivais de cinema quando eles ocorriam de maneira presencial e eram pontos de encontro de amigos, al�m de espa�o de debates.
 
Maurice Capovilla deixou ainda o longa de fic��o “Harmada” (2005), baseado no romance hom�nimo de Jo�o Gilberto Noll e protagonizado por Paulo C�sar Pereio.
 
Tamb�m dirigiu um document�rio em homenagem ao compositor Lupic�nio Rodrigues, “Nervos de a�o”, t�tulo de uma das can��es de Lupi, magistral cultor da dor-de-cotovelo. Grande admirador de Lupic�nio, Capovilla, no entanto, tinha a alegria como divisa maior e voca��o natural.


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