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Estado de Minas ARTES C�NICAS

Grupo Galp�o apresenta hoje vers�o on-line da pe�a 'Segunda chamada'

Bullying, pol�tica estudantil, conflito com os pais e gravidez precoce s�o temas do espet�culo sobre a adolesc�ncia, dirigido por Chico Pel�cio


12/06/2021 04:00 - atualizado 12/06/2021 09:16

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Em "Segunda chamada", adultos convocados como mes�rios relembram momentos marcantes da juventude (foto: �lcio Para�so/divulga��o)

“Segunda chamada”, montagem do Galp�o Cine Horto com dire��o de Chico Pel�cio,´e  a atra��o deste s�bado (12/06) do Festival Cultura & Cidadania. A trama aborda temas relacionados � viv�ncia dos adolescentes na escola, como bullying, educa��o sexual, redes sociais e movimento estudantil.

“Os jovens deveriam ser uma preocupa��o em todos os sentidos. Em menos de 10 anos, eles ocupar�o cargos como profissionais liberais, funcion�rios p�blicos e pol�ticos. A quest�o pol�tica, a conscientiza��o sobre a participa��o, o olhar coletivo e da empatia que a gente hoje est� reivindicando tanto come�am l� na juventude”, diz Pel�cio.

O espet�culo vai ao ar �s 16h, transmitido gratuitamente pelo canal do festival no YouTube. Viabilizado pela Lei Aldir Blanc, o evento � promovido pelo Vitral Bureau Cultural.

MES�RIO 
A pe�a estreou em 2017, no projeto sociocultural Conex�o Galp�o. Tudo come�a quando Jacinto, de 30 anos, � convocado para ser mes�rio em sua antiga escola. Na se��o eleitoral, ele reencontra duas ex-colegas, Babi e Dud�o. Flashbacks relembram a adolesc�ncia dos tr�s.

O texto n�o se limita a abordar cidadania e elei��es, mas quest�es �ntimas de Jacinto, como bullying e conflitos adolescentes. “S�o os adultos revivendo e ressignificando todas as viv�ncias da escola que tiveram em comum”, descreve o ator Max Heber, de 33 anos, que interpreta o protagonista.

“A pe�a foi muito interessante para mim, pois resgata meu passado no ensino m�dio. Foi at� um pouco terap�utico, pude revisitar quest�es que a gente vive na adolesc�ncia”, afirma Max.

Ao apresentar o passado por meio de pontos de vista dos jovens e dos adultos, a pe�a dialoga com duas gera��es. Chico Pel�cio afirma que “Segunda chamada” n�o romantiza a adolesc�ncia ao abordar bullying, gravidez precoce e conflitos com os pais. “Ela mostra um lado dif�cil, porque o adolescente sofre muito. Mas a gente fala isso com bom humor, um astral bacana. � uma pe�a gostosa de ver.”

Os jovens de “Segunda chamada” s�o os atores da hist�ria de seu tempo. “A pe�a n�o � partid�ria, obviamente, mas coloca o envolvimento pol�tico, movimentos e gr�mios estudantis como protagonistas de mudan�as naquele contexto da adolesc�ncia”, diz Heber. Personagens relembram conquistas pol�ticas dos gr�mios de que participavam. Segundo o ator, o texto “mostra como a escola � tamb�m lugar de cidadania, de fazer pol�tica, de mobiliza��o e de ter voz”.

Heber convoca o p�blico a refletir sobre a democracia. “Que a gente nunca pare de pensar nas escolhas de nossos governantes, que muitas das vezes nos jogam no buraco. A gente precisa pensar e repensar as nossas escolhas com responsabilidade, sejamos adolescentes ou n�o, porque somos todos eleitores”, afirma.

A pe�a deveria reestrear com novo elenco em mar�o de 2020, no Galp�o Cine Horto. No entanto, a pandemia impediu a temporada presencial. Na adapta��o audiovisual, Chico Pel�cio busca preservar a experi�ncia de cada um diante do palco.

“A gente quer que o p�blico possa se sentir na plateia. N�o como telespectador debru�ado no celular ou na tela de computador, mas como algu�m sentado na poltrona de um teatro. Ent�o, ela (a grava��o) guarda o distanciamento t�pico do teatro”, conta o diretor.

ROTEIRO 
A vers�o on-line foi gravada no palco do Galp�o, em BH, sem a presen�a de p�blico. Diferentes �ngulos e cortes buscam dar dinamismo � encena��o, sem grandes altera��es do roteiro original.

“Foi uma adapta��o feita no susto, no improviso. Gravamos no ano passado sem dinheiro, com pouca tecnologia. Acho que a gente conseguiu um bom resultado, espero que o p�blico goste”, afirma Pel�cio.

“Ficamos imaginando o p�blico, pensando que aquilo estava lotado, sem focar na c�mera. A gente fazia olhando para as cadeiras vazias”, relembra Heber. “Espero que as pessoas se imaginem no teatro e tenham a experi�ncia da presen�a, mesmo na aus�ncia.”

Os pr�ximos espet�culos do Festival Cultura & Cidadania ser�o “A mar� t� cheia”, de Alessandra Vissentin, no pr�ximo dia 19, e “In tubo”, da Cia. De Inventos, em 26 de junho.


“SEGUNDA CHAMADA”
.Neste s�bado (12/06), �s 16h, em youtube.com/culturaecidadaniacircula. Classifica��o: 14 anos. Gratuito e acess�vel em Libras

*Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria


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