Fi Barreto se inspira no bisav�, Alberto Deodato, para criar suas can��es

Samba , futebol , cinema  e, principalmente, Nordeste . Esses s�o os temas das can��es de Fi Barreto, jovem mineiro com heran�a sergipana que vai lan�ar “ S�o Francisco ”, seu �lbum de estreia, durante a pandemia. O artista e a produtora Jam Box decidiram divulgar as can��es separadamente com o prop�sito de chamar a aten��o sobre cada uma delas. Nesta quinta-feira (24/06), � vez de o “ O �ltimo xote ”, segunda das seis faixas do �lbum, chegar �s plataformas digitais.

O disco � uma carta de amor de Fi � obra de seu bisav� , Alberto Deodato Maia Barreto (1896-1978), sergipano que se mudou para Belo Horizonte na d�cada de 1920, trilhando o caminho oposto ao do rio que d� nome ao �lbum. At� hoje, a poesia e os livros de Alberto Deodato tomam conta da casa dos Barreto. Fi cresceu rodeado pela biblioteca do bisav�, que foi deputado, contista, romancista e cronista do Estado de Minas durante muitos anos.

CONTOS 

A faixa-t�tulo do �lbum, que ainda ser� lan�ada, � a adapta��o de Fi de um dos contos de Deodato. “Eu me inspiro muito no trabalho dele. Pego refer�ncias de lugares, temas e letras nos livros e vou atualizando para a minha realidade”, diz o compositor.

“A ideia do �lbum � trazer o conceito das coisas regionais daqui (Minas) e subir pra Sergipe. Nesse processo, voc� vai passeando por outros lugares, fazendo a conex�o que o rio faz geograficamente”, explica Barreto.

A can��o “O �ltimo xote” j� estava gravada quando, por sugest�o do produtor M�rcio J�nio, Fi decidiu compor nova vers�o em parceria com o mineiro Cruvinel, que canta o refr�o. “Acabou sendo meu primeiro feat, minha primeira m�sica com a contribui��o de outro artista. O nosso som bateu demais. Cruvinel est� crescendo muito, � uma pegada nova da MPB com a qual me identifico muito”, diz.

As refer�ncias � poesia do bisav� e ao Nordeste come�am no t�tulo da m�sica, que remete � dan�a nordestina, e seguem com men��es a Gilberto Gil e Caetano Veloso, al�m do cl�ssico “O auto da compadecida”, de Ariano Suassuna. Isso tudo aliado a uma paix�o de Fi: futebol.

“Te gosto como o mineiro gosta de baiano/ Te amo como Gilberto ama Caetano/ (...) Dou can��o/ Jogo beijo/ E mando flores/ Mo�a, pra mim c� � final de Libertadores/ Uma obra-prima /Um ‘auto da compadecida”, diz a m�sica.

“A letra � muito influenciada pelo que eu vivo. Tem samba, futebol, Belo Horizonte. A poesia nasce muito do meu cotidiano”, conta Fi. A primeira parte do refr�o surgiu de uma viagem dele � Bahia, em 2020. “Fiquei 'brisando' nessa parada da identifica��o que a gente tem com o baiano”, diz.

“S�o Francisco” vai reunir v�rios g�neros musicais, reflexo das viv�ncias do cantor e compositor. “Toquei teclado quando era novo, mas depois peguei o cavaco e n�o larguei mais. O samba � paix�o da minha vida”, diz.

Ali�s, a primeira banda dele foi a Vai Sambaska, criada nos tempos de escola com os irm�os Gabriel e Giovanni Mendes, Raphael Can�ado, Danilo Lana e Juninho.

RAP 

F� do hip-hop, Fi logo introduziu rap no seu samba. “Sempre gostei de escrever minhas rimas, minhas poesias e me expressar. O rap � o ritmo que mais permite fazer isso. Tamb�m sempre curti MPB, rock nacional, Charlie Brown, Rappa, Planet (Hemp) e D2. Constru� meu som no meio disso tudo”, conta.

O primeiro single do novo �lbum, “Tereza de Teresina”, est� desde abril nas plataformas digitais. Al�m do disco de estreia, o repert�rio de Fi conta ainda com os singles “Quem � ela”, “Lais de guia”, “Janeiro”, “Noite de poesia” e “O retirante (Texas)”.

*Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria

“O �LTIMO XOTE”

.Single de Fi Barreto e Cruvinel

.Jam Box

.Lan�amento nesta quinta-feira (24/06), nas plataformas digitais