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Estado de Minas STREAMING

Na nova vers�o de He-Man, � Teela quem brilha

Personagem da guerreira conduz a trama e assume a miss�o de salvar o seu mundo em 'Mestres do universo', dispon�vel na Netflix


24/07/2021 04:00 - atualizado 24/07/2021 07:35

'Mestres do universo: Salvando Eternia' está disponível na Netflix. Produtor executivo diz que modelo do streaming permite alteração na narrativa, com arco construído ao longo dos episódios(foto: Netflix/Divulgação)
'Mestres do universo: Salvando Eternia' est� dispon�vel na Netflix. Produtor executivo diz que modelo do streaming permite altera��o na narrativa, com arco constru�do ao longo dos epis�dios (foto: Netflix/Divulga��o)
Celebrizado no imagin�rio da cultura pop dos anos 1980 pelo grito "Pelos poderes de Grayskull, eu tenho a for�a!", no vozeir�o do dublador Garcia Jr., o personagem He-Man est� de volta, agora repaginado numa s�rie animada in�dita da Netflix, imunizada contra todo e qualquer sexismo do passado.

Dispon�vel na plataforma desde a �ltima sexta-feira (23/07), � uma estreia que conta com Mark Hamill, o eterno Luke Skywalker, interpretando o vil�o Esqueleto, na vers�o original. E essa volta do desenho baseado numa linha de brinquedos da Mattel – bonecos transformados em anima��o num projeto do produtor Lou Scheimer (1928-2013), exibido originalmente de 1983 a 1985, nos EUA – traz a grife nerd de um cineasta autoral na dire��o: o americano Kevin Smith. 

Respons�vel por marcos do cinema indie como “Procura-se Amy” (1997), o realizador de 50 anos – hoje envolvido no desenvolvimento da terceira parte de “O balconista” (1994) – � o diretor respons�vel pelo retorno de He-Man em “Mestres do universo: Salvando Eternia”.

Mas a trama d� mais protagonismo � guerreira Teela, que, nos EUA, ganhou a voz de Sarah Michelle Gellar, do seriado “Buffy: A ca�a-vampiros”. � ela quem vai empreender uma jornada atr�s da Espada do Poder, ap�s o sumi�o do campe�o de Eternia, nessa reabertura do Castelo de Grayskull para as plataformas digitais, tendo um bamba da anima��o, Robert David (de Max Steel), como produtor executivo.

''Esta nova s�rie � uma carta de amor aos anos 1980, honrando e preservando o passado, de modo a rever o conceito central dos Mestres do Universo: o brado 'Eu tenho a for�a' � um ind�cio de que o poder est� em n�s mesmos. He-Man � uma met�fora de virtudes que existem em n�s todos. Assim como acontecia na d�cada de 1980, a s�rie fala sobre enfrentarmos nossos medos e abra�ar o que somos, como acontece com Teela''

Robert David, produtor executivo


VALORIZA��O

"N�o se trata de redesenhar Teela, pois seu brio guerreiro j� estava l�. Era s� uma quest�o de valorizar e honrar toda a bravura que ela sempre demonstrou, deixando a personagem seguir seu destino", afirma David em entrevista via Zoom, explicando que a s�rie da d�cada de 1980 j� apostava em mulheres empoderadas. "Basta voc�s se lembrarem da Feiticeira. Ningu�m era mais poderosa que ela. Era ela quem tinha o caminho da magia."

M�gica � a palavra essencial aos roteiros dirigidos por Smith, pois o que move os epis�dios � uma cruzada em prol do que havia de metaf�sico em Eternia. Logo nos minutos iniciais, uma peleja entre Esqueleto e He-Man (l� fora, a voz � de Chris Wood, o Mon-El de “Supergirl”; aqui a dublagem � de Glauco Marques) termina numa esp�cie de desapari��o de ambos, o que p�e em xeque a vig�ncia de tudo o que existe de m�stico em Eternia, criando um processo mecanicista que amea�a afogar aquela realidade em uma era de tecnologia avessa a tudo o que � metaf�sico – inclusive valores afetivos.

Em meio a essa amea�a, Teela – que se afastou do reino e de seu pai, o misto de inventor e soldado Mentor, para trilhar uma esp�cie de caminho de samurai – � convocada para salvar seu mundo. A seu lado, h� dois velhos conhecidos do p�blico: o tigre Pacato (alter ego do Gato Guerreiro) e o mago Gorpo (Orko nos Estados Unidos), famoso entre os f�s brasileiros pela voz de M�rio Jorge (um dos maiores dubladores do pa�s) e pela musiquinha “O bem vence o mal, espanta o temporal”.

CARTA DE AMOR

"Esta nova s�rie � uma carta de amor aos anos 1980, honrando e preservando o passado, de modo a rever o conceito central dos Mestres do Universo: o brado ‘Eu tenho a for�a’ � um ind�cio de que o poder est� em n�s mesmos. He-Man � uma met�fora de virtudes que existem em n�s todos. Assim como acontecia na d�cada de 1980, a s�rie fala sobre enfrentarmos nossos medos e abra�ar o que somos, como acontece com Teela", diz David, que escreveu a s�rie animada “As tartarugas mutantes ninja”, de 2008, tamb�m baseada em um hit Ploc. 

"O que temos como maior novidade agora, em rela��o �s s�ries de desenhos do passado, � o fato de os streamings permitirem (com a op��o de se maratonar os produtos) que as narrativas sejam serializadas, ou seja, cont�nuas, como uma saga, e n�o mais procedurais, ou seja, com enredos que come�avam e acabavam num mesmo epis�dio. Isso permite que o espectador possa seguir um arco durante toda uma temporada, sendo que cada epis�dio � um trecho dessa saga. Antes, o m�ximo que consegu�amos era dividir um epis�dio em partes 1 e 2."

Eternamente associado a um projeto de filme do Superman, com Nicolas Cage, nunca filmado, Kevin Smith deu a “Mestres do universo: Salvando Eternia” um status de superprodu��o, a julgar por seu elenco de vozes. No Twitter, o diretor de “Dogma” (1999) e “Pagando bem, que mal tem?” (2008) disse que a s�rie da Netflix � uma "sequ�ncia espiritual" para os desenhos de outrora

Al�m de Sarah Michelle Gellar, Chris Wood e Hamill, ele escalou Lena Headey (a Cersei de “Game of thrones”) como Maligna; a eterna “Patricinha de Beverly Hills” Alicia Silverstone, como Rainha Marlena; Dennis Haysbert (o presidente Palmer de “24 horas”) para ser o rei Grayskull; e seu atores fetiches, Justin Long (de “Tusk: A transforma��o”) e Jason Mewes (o Jay de “O imp�rio do besteirol contra-ataca”), como Roboto e Stinkor.

"Quando Lena chegou para dar voz a Maligna, ela brincou: ‘N�o acredito que estarei ao lado de Luke Skywalker!’. Ficamos todos felizes quando Hamill chegou para emprestar a sua voz ao Esqueleto. E, com Lena e ele, um grupo de grandes atrizes e atores entraram no projeto", diz David, ressaltando o toque de diretor autor que Kevin Smith deu � s�rie. 

"Ele � algu�m que ama as narrativas de g�nero e sabe o valor que essas sagas de aventura podem ter. Os filmes de Kevin s�o cal�ados em embates sentimentais. E a gente percebe essa linha em “Mestres do universo: Salvando Eternia” em mon�logos cheios de emo��o."


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