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Estado de Minas M�SICA

Fenac revela competidores da edi��o 2021 e convida p�blico a votar

Foram classificadas 56 m�sicas, em um total de 1.310 inscritas. Em formato h�brido, festival ser� realizado em setembro, em Passos


06/08/2021 04:00 - atualizado 05/08/2021 20:46

A cantora e compositora Thaylis Carneiro, que já participou de edições anteriores do Fenac, se classificou novamente neste ano(foto: Fenac / divulgação)
A cantora e compositora Thaylis Carneiro, que j� participou de edi��es anteriores do Fenac, se classificou novamente neste ano (foto: Fenac / divulga��o)

O Festival Nacional da Can��o (Fenac), que em 2021 chega � sua 51ª edi��o, acaba de anunciar as 56 m�sicas classificadas, a partir de um total de 1.310 inscritas. Este ano, o festival apresenta uma grande novidade: o p�blico ser� um dos jurados. 

As m�sicas classificadas para o Fenac j� est�o dispon�veis no site do festival e o p�blico pode dar o seu voto para a can��o que mais gostar. Este ano, o evento ser� realizado pela primeira vez na cidade de Passos, no Sudoeste mineiro, nos dias 3,4,5 e 6 de setembro, no parque de exposi��es local. O formato ser� h�brido, com atra��es presenciais e on-line. 

A escolha popular vai se juntar �s mais votadas pelo j�ri, composto por oito especialistas da �rea. Al�m do trof�u Lamartine Babo para o vencedor do concurso, ser�o distribu�dos R$ 70 mil em pr�mios. O primeiro colocado ganha R$ 20 mil, o segundo R$ 15 mil, e a premia��o em dinheiro contempla at� o 10º lugar, que recebe R$ 2 mil.

Os valores que s�o pagos e o alcance que o Fenac passou a ter a partir do momento em que come�ou a adotar o modelo on-line, em 2019, s�o um grande atrativo para os m�sicos e justificam o grande n�mero de inscri��es – muitas, inclusive, vindas do exterior. 

‘ESTRANGEIROS’ 

“Para esta 51ª edi��o, vieram trabalhos de cinco pa�ses diferentes, sendo que um de Portugal e outro de um compositor brasileiro que est� radicado nos EUA est�o entre os classificados”, aponta Gleizer Naves, criador do Fenac, acrescentando que as m�sicas inscritas t�m, obrigatoriamente, que ser cantadas em portugu�s. “Em 2019, tivemos, por exemplo, uma m�sica da Ucr�nia, que foi classificada em terceiro lugar, mas era uma m�sica vertida para o portugu�s”, comenta.

Gleizer explica que foi justamente com o intuito de ampliar o alcance do festival e permitir que mais pessoas pudessem participar que, j� em 2019, antes da chegada da pandemia, portanto, o modelo remoto come�ou a ser adotado – o que foi providencial para que a edi��o de 2020, j� sob o impacto do coronav�rus, pudesse ser realizada, sem maiores atropelos, de maneira totalmente on-line. 

“Quando optamos por esse formato, o festival cresceu muito, porque tem muita gente de talento, n�o s� no Brasil, mas tamb�m no exterior, que n�o vem por uma impossibilidade econ�mica”, diz, aludindo ao fato de o Fenac ser invariavelmente realizado em cidades do Sul e Sudoeste de Minas Gerais.

"Temos a� j� um ano e meio de pandemia, e grande parte dos grupos, de diferentes formas de express�o, se desintegraram. Na hora em que voc� liga dizendo que est� come�ando de novo um trabalho e convida para participar, tem gente que chora de emo��o, por perceber que as oportunidades est�o voltando, que as coisas come�am a funcionar novamente"

Gleizer Naves, criador do Fenac


ALCANCE 

“Bandas do Rio Grande do Sul, do Norte e do Nordeste do Brasil n�o conseguem sair de suas cidades para vir se apresentar aqui. O investimento no on-line em 2019 teve a ver com a coisa do alcance. A gente percebia que a dificuldade econ�mica dos m�sicos era uma barreira. Foi um sucesso, tivemos mais ou menos 150 m�sicas do exterior e muitas bandas do Brasil, de outros Estados. Com isso, o n�vel musical melhorou muito”, diz.

A op��o neste ano foi pelo formato h�brido, com os concorrentes se apresentando de maneira remota, os apresentadores chamando as m�sicas em disputa por tel�es instalados no parque de exposi��es de Passos, e as atra��es convidadas – grupos de dan�a, de artes circenses, de m�sica erudita e instrumental – mostrando seus trabalhos de forma presencial, em uma tenda montada no local, tudo transmitido ao vivo pelo YouTube. 

“Vamos aproveitar que est� havendo uma maior abertura, de acordo com as normas sanit�rias, e vamos fazer de forma presencial tamb�m, numa �nica cidade, porque normalmente o festival acontece em sete munic�pios da regi�o Sul do Estado”, aponta Gleizer. Ele destaca que o acesso ao parque de exposi��es ser� para um p�blico restrito, com todas as medidas de seguran�a exigidas pela Secretaria de Estado de Sa�de.

Sobre as atra��es convidadas, que intercalam as apresenta��es dos concorrentes, diz que � uma forma de tornar o evento mais din�mico e n�o enfastiar o p�blico. “Acho bonito no festival quando voc� n�o deixa o p�blico ficar cansado s� ouvindo m�sica autoral o tempo todo, ent�o voc� vai entremeando a mostra competitiva com circo, com m�sica erudita. Isso d� uma leveza. O Grupo Corpo j� participou do Fenac, com parte do elenco, em 2019. Para criar um espet�culo mais fluido, a gente faz essa miscel�nea de apresenta��es diferentes. Quando era presencial, uma coisa que cansava muito o p�blico era uma banda subir no palco e come�ar a afinar o instrumento. Agora, quando um artista termina de se apresentar, uma atra��o num outro palco j� come�a”, explica.

Neste momento em que a cultura, de modo geral, se encontra t�o depauperada, tanto pelo descaso do poder p�blico em �mbito federal quanto pela pandemia, ele v� no Fenac um importante suporte para os m�sicos e artistas de outras �reas. 

“Temos a� j� um ano e meio de pandemia, e grande parte dos grupos, de diferentes formas de express�o, se desintegraram. Na hora em que voc� liga dizendo que est� come�ando de novo um trabalho e convida para participar, tem gente que chora de emo��o, por perceber que as oportunidades est�o voltando, que as coisas come�am a funcionar novamente.”

Ele conta que uma das pessoas para quem ligou disse: ‘Olha, eu vou ter que procurar onde meu pessoal est�, porque cada um foi fazer uma atividade diferente, um foi ser gar�om, o outro est� fazendo entrega, o outro est� trabalhando como Uber’. Com o festival, a pessoa v� a possibilidade de reativar a carreira art�stica, seja a turma da m�sica, da dan�a, das artes c�nicas, das artes circenses. Isso me deixa muito emocionado”. 





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