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Estado de Minas CULTURA

Eduardo Moreira, do Galp�o: 'Paulo Jos� foi um mestre para todos n�s'

Ator e diretor fez pe�as de teatro e filmes em Minas, mesmo depois de ter movimentos afetados pelo Parkinson


11/08/2021 23:45

Paulo José durante ensaio de
Paulo Jos� durante ensaio de "O inspetor geral", pe�a do Grupo Galp�o, em Belo Horizonte (foto: Guto Muniz/divulga��o )
Em 10 de julho deste ano, o Grupo Galp�o estreava sua pe�a radiof�nica “Quer ver escuta”, disponibilizada no Spotify, Apple e Google Podcasts. Na voz de Paulo Jos�, ouve-se o poema “Apesar de tudo, o imposs�vel”, de Alberto Pucheu.
 
“Paulo foi um mestre para todos n�s. Cheguei a desistir em algum momento de pedir para ele ler, mas ele leu, com todo esfor�o, fazendo mesmo o imposs�vel por causa dos mais de 20 anos de Parkinson”, relembra Eduardo Moreira, ator e diretor do Galp�o.
 
“Foi emocionante eu indo atr�s dele, para preservar voz dele. Provavelmente, este � o �ltimo registro de voz de um trabalho de Paulo Jos�”, diz Eduardo. “Era um amigo, uma pessoa muito importante na nossa hist�ria. Toc�vamos piano juntos”, revela o ator.
 
A parceria de Paulo Jos� com o Galp�o ficou na hist�ria do teatro brasileiro, com dois espet�culos de sucesso: “O inspetor geral”, de G�gol, em 2003, e “Um homem � um homem”, de Brecht, em 2005. “Paulo nunca alterou a voz com um ator. Trabalhava com prazer, com alegria”, relembra Eduardo. “Ele escrevia cartas para n�s, cr�nicas, com reflex�es sobre os ensaios.”
 
O ator destaca tamb�m a generosidade do mestre. “Quando estreamos 'Um homem � um homem' em Curitiba, tive uma s�ria les�o, mas, na pe�a, andava com perna de pau. Uma semana depois, ir�amos estrear em S�o Paulo. Passei da perna de pau para a cadeira de rodas. Paulo amava o teatro, sempre resolvia, era pura luz.”
 
Com Flávio Migliaccio, ator formou a dupla Shazam e Xerife (foto: Globo/reprodução )
Com Fl�vio Migliaccio, ator formou a dupla Shazam e Xerife (foto: Globo/reprodu��o )
 
 
Luz reconhecida no palco e nas ruas. “Quando estreamos 'Outros' no Rio, fui com ele ao Lamas (restaurante). Quando ele entrou, foi aplaudido de p�. Foi muito bonito”, relembra Moreira.
 
Em Minas, Paulo Jos� trabalhou tamb�m com o cineasta Helv�cio Ratton. Narrou o filme “Menino Maluquinho” (1995) e fez o papel de Arlindo em “Pequenas hist�rias” (2007).
 
“Era contagiante ver o esfor�o dele para gravar, pois o Parkinson j� estava avan�ado. Terminava uma cena, parava, descansava e brincava com a produtora para falar 'a��o' para poder recome�ar a gravar”, conta o cineasta.
 
Ratton diz que n�o s� o roteiro de “Pequenas hist�rias” encheu os olhos de Paulo Jos�. “Ele me disse: 'Helv�cio, gostei do roteiro, mas tem outro motivo para fazer este filme. Arlindo � o nome do meu pai'. Ele tinha amor ao cinema. E o humor dele sempre foi marcante. N�o se cansava de dizer: 'N�s fazemos o melhor cinema brasileiro do mundo'.”
 
Em Minas, Paulo José contracena com Helena Ignez em %u201CO padre e a moça%u201D, seu primeiro filme (foto: Reprodução )
Em Minas, Paulo Jos� contracena com Helena Ignez em %u201CO padre e a mo�a%u201D, seu primeiro filme (foto: Reprodu��o )
 


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