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Estado de Minas M�SICA

Novo baterista do Tianast�cia, Dudu Azevedo j� comp�e com a banda

Carioca pretende conciliar a agenda de shows do grupo mineiro com eventuais trabalhos como ator. �lbum de anivers�rio dos 25 anos est� sendo gravado no Rio


26/08/2021 04:00 - atualizado 26/08/2021 07:34

O baterista Dudu Azevedo 'é um 'reloginho', pois não sai do tempo de jeito nenhum', segundo o guitarrista do Tianastácia Antônio Júlio, que o convidou para a banda
O baterista Dudu Azevedo "� um 'reloginho', pois n�o sai do tempo de jeito nenhum", segundo o guitarrista do Tianast�cia Ant�nio J�lio, que o convidou para a banda (foto: Reprodu��o)

No ano em que comemora seus 25 anos, a banda Tianast�cia est� cheia de novidades. Em est�dio para gravar seu 13º disco, com produ��o de Liminha, Beto, Ant�nio J�lio e Pod� t�m agora a companhia do m�sico e ator carioca Dudu Azevedo, que assumiu a bateria. No �ltimo dia 20, Dudu estreou com o Tia numa apresenta��o em S�o Gon�alo do Rio Abaixo, dentro da programa��o do  17º Festival de Inverno da cidade mineira. 

O novo integrante, que participou da banda carioca Redtrip, criada em 2004, se interessou pela m�sica aos 12 anos, tocando viol�o, mas logo trocou o instrumento pela bateria. Paralelamente, aos 14 anos, iniciou a carreira de ator, no elenco do seriado “Confiss�es de adolescente”, levado ao ar pela TV Cultura de S�o Paulo, em 1990, com dire��o de Daniel Filho. 

A partir da�, foram v�rias novelas, miniss�ries e filmes. Seu primeiro trabalho no cinema foi “Cazuza – O tempo n�o para” (2004), produzido por Daniel Filho e dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho, no qual interpretou Guto Goffi, baterista do Bar�o Vermelho.

Dudu diz que tocar com o Tianast�cia � a realiza��o de um antigo sonho. “Na realidade, tenho uma hist�ria longa com a m�sica. Meus irm�os tinham v�rios instrumentos em casa e comecei a tocar no viol�o das minhas irm�s. Sempre ouvi muito som com meu irm�o, que me catequizou no rock and roll. Ele me botava para ouvir AC/DC, Pink Floyd, Rush e minhas irm�s me trouxeram os Novos Baianos, Caetano e Gilberto Gil.”

Dudu conta que depois que come�ou a tocar viol�o e bateria, por volta dos 12 anos, passou a ter “v�rias bandas e a ensaiar o que seria, digamos assim, uma vida de m�sico profissional”. Mas a carreira de ator, que seguia em paralelo, come�ou a ganhar mais destaque. 

CINEMA

 Depois de participar da cinebiografia de Cazuza, Dudu protagonizou “Podecrer!” (2007), de Arthur Fones. “Era sobre um garoto que tinha uma banda de rock. Como ator, a m�sica sempre me ajudou, como uma ferramenta de trabalho”, afirma. “Mas ela sempre foi um sonho, um objeto de desejo para mim. Sempre desejei tocar em grandes festivais e viajar pelo mundo tocando. O trabalho de ator acabou tomando o meu tempo, mas nunca abandonei a m�sica. Sempre vivi para ela, por�m nunca sobrevivi dela.”

No tempo em que viveu como m�sico diletante, segundo Dudu, “todo o tempo extra que tinha fora do trabalho era dedicado � m�sica, seja para tocar com amigos ou formar bandas”. Com a Redtrip ele chegou a gravar dois discos. “Gilberto Gil cedeu uma m�sica para o nosso segundo �lbum e chegou a fazer uma participa��o nele”, lembra. 

“Foi uma banda com a qual toquei bastante. Al�m dela, nunca tinha tido um grupo que me soasse como o Tianast�cia vem soando. A banda tem 25 anos de hist�ria e um lugar sacramentado no cen�rio nacional do rock. Sou f� do grupo. Em 2001, estava l� no Rock in Rio pulando e cantando com a banda.”

Dudu conheceu primeiramente o guitarrista Ant�nio J�lio Nast�cia, que comp�s uma das m�sicas da trilha do longa “Muita calma nessa hora” (2010), de Felipe Joffily, no qual ele atuou. “A gente acabou ficando amigos. Depois, ele tocou com a minha banda Redtrip e ficamos mais em contato. No ano passado, ele me chamou para fazer uma esp�cie de webclipe da m�sica ‘Guerra e paz’. Fiz um v�deo dessa m�sica e, a partir dali, estreitamos ainda mais a nossa amizade. Tamb�m passei a falar mais com o Pod�, trocando informa��es e conversas sobre m�sica.”

URUGUAI 

Em janeiro deste ano, Dudu estava gravando um filme no Uruguai, quando recebeu um telefonema dos integrantes do Tia. “Eles me ligaram perguntando se eu estava no Rio de Janeiro. Respondi que estava filmando no Uruguai e ent�o disseram que estavam indo para o Rio para se reunir com Liminha e queriam encontrar comigo para uma conversa”, conta.

“Terminada a cena, liguei para eles, que me fizeram o convite para entrar para a banda. Aquilo mudou o tom do meu dia. Pensei: os caras est�o me chamando para entrar para a banda, n�o � nem para fazer uma participa��o, gravar uma faixa ou mesmo participar do disco como m�sico convidado. Voltei ao Brasil e nos encontramos para ensaiar e tocar as m�sicas e sentir como seria a energia musical do grupo. Hospedei a galera na minha casa e l� ficamos ensaiando, foi uma experi�ncia muito boa.”

O encontro resultou em certa disciplina para a banda. “Assumimos uma rotina de ensaios e come�amos tamb�m a compor.” O novo �lbum trar� 13 can��es, sendo cinco in�ditas, compostas pelos integrantes originais do Tia, em parceria com Dudu e Liminha, que j� produziu os maiores nomes do pop e do rock nacional. 

Segundo o baterista, o disco marca uma inflex�o no som da banda. “As novas can��es e tamb�m as vers�es mostram a banda indo para outro caminho, que tem aquele rock bruto, que est� no DNA e no hist�rico do grupo, mas de outra forma. Esse rock bruto, essa f�ria, esse car�ter musical que a banda tem ainda existem, mas � como se tivessem virado uma ferramenta e n�o um tra�o preponderante do som da banda.”

Dudu comenta que as novas can��es “soam muito bem, falando de timbre, letra, refr�o, mas tamb�m t�m uma assinatura e caracter�sticas pr�prias”. Ele diz estar “louco para subir as m�sicas para o Spotify”. Quanto a conciliar as profiss�es de ator e m�sico, ele explica que fez um acordo de cavalheiros com os companheiros do Tia. 

“Eu tinha um contrato com a Record, mas n�o o renovei. Na minha condi��o atual, tenho autonomia e poder de escolha. E � exatamente o que queria fazer da minha vida neste momento, ou seja, ter autonomia para poder escolher projetos.”

Isso significa que, se o convidarem para algum trabalho como ator, Dudu estar� livre para negociar. “Por exemplo, se me chamam para fazer uma s�rie na Netflix, na Amazon ou um produto na HBO, posso nesses momentos de assinatura de contrato colocar cl�usulas que deem condi��es de assumir nas sextas, s�bados e domingos a agenda de shows da banda. Esse � o cen�rio ideal para mim.”

Ele imagina que os convites para s�ries, filmes e novelas n�o demorar�o a aparecer. “J� tive at� uma reuni�o sobre isso com a Globo, depois que sa� da Record. Enfim, tem muita coisa acontecendo, mas tenho, como aut�nomo, o poder de escolha. A galera da banda entende isso. Foi algo que at� partiu deles, que disseram: ‘Sabemos que voc� tem uma carreira de ator e que, possivelmente, ter� uma agenda para cumprir. Vamos colocar um baterista reserva nos shows quando voc� n�o puder ir’. O importante � que conseguimos resolver a quest�o com tranquilidade.”

O baterista Dudu Azevedo 'é um 'reloginho', pois não sai do tempo de jeito nenhum', segundo o guitarrista do Tianastácia Antônio Júlio, que o convidou para a banda
O baterista Dudu Azevedo "� um 'reloginho', pois n�o sai do tempo de jeito nenhum", segundo o guitarrista do Tianast�cia Ant�nio J�lio, que o convidou para a banda (foto: Reprodu��o)


“MESMO DNA MUSICAL”

“O que precisava acontecer para dar certo o Dudu Azevedo ser nosso baterista era ter essa qu�mica sonora. E ela aconteceu de uma forma imprevis�vel. � impressionante como temos o mesmo DNA musical”, comenta o baixista Beto Nast�cia. 

Ele lembra como foi o encontro entre o baterista e o Tia. “Montamos as nossas coisas na sala dele e come�amos a tocar. O engra�ado � que, em quest�o de meia hora, fizemos uma m�sica, a ‘Sonhos loucos’, que est� no disco. A gente acabou fazendo cinco m�sicas.”

HARMONIA 

“Nunca tivemos tanta harmonia no Tianast�cia como estamos tendo agora, com todos olhando para um mesmo ponto, com uma mesma proposta e com uma dedica��o intensa”, afirma o vocalista Pod� Nast�cia. “Ant�nio J�lio, Beto, Dudu e eu temos o mesmo foco de pensamento. Dudu, al�m de baterista, � uma pessoa maravilhosa, de um cora��o enorme e que tamb�m comp�e e toca viol�o.”

Na opini�o de Pod�, “o fato de ele tocar um instrumento harm�nico como o viol�o ajuda muito na parte de composi��o e at� de grava��o”. O vocalista tamb�m enxerga a experi�ncia de Dudu como ator como uma vantagem adicional. “Acredito que o hist�rico de um ator seja diferente de um m�sico, que � mais intuitivo. O ator j� tem um maior direcionamento de carreira. Existe uma metodologia de trabalho que o Dudu est� passando para n�s, coisas que n�o vivemos enquanto m�sicos e estamos trazendo isso para a nossa vida, assim como estamos passando para ele v�rias coisas que ele n�o viveu como m�sico, embora tivesse banda antes.”

Para o compositor e guitarrista do Tianast�cia Ant�nio J�lio, “Dudu agregou de v�rias formas, sendo uma delas �bvia para todos, que � a fama que conquistou como ator, com todo m�rito e compet�ncia. Mas ele agregou tamb�m como m�sico, pois � um �timo baterista, um ‘reloginho’, pois n�o sai do tempo de jeito nenhum. � compositor, escreve bem, tem boas ideias e � tamb�m arranjador, sendo muito musical. Al�m disso, tem um �timo astral.”

Ant�nio J�lio diz que conhece Dudu h� 11 anos. “Ele � divertido, simples, agregador e tem os mesmos sonhos e objetivos musicais dos integrantes do Tianast�cia. Para uma banda fluir, tem que ter energia boa e sinergia. E temos isso com ele. Nossa meta � ser feliz e, se poss�vel, fazer hist�ria.” 




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