(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PAL�CIO DAS ARTES

No formato ''Voz e viol�o'', Paulo Ricardo estreia turn� em BH neste s�bado

Show no Pal�cio das Artes traz hits do RPM e de �lbuns solos, al�m de homenagear "grande artista mineiro", cujo nome s� ser� revelado nesta noite


25/09/2021 04:00 - atualizado 25/09/2021 08:18

No novo show, Paulo Ricardo traz repertório com hits do RPM e de álbuns solos, além de homenagem a ''um grande artista mineiro'', cujo nome só será revelado nesta noite
No novo show, Paulo Ricardo traz repert�rio com hits do RPM e de �lbuns solos, al�m de homenagem a ''um grande artista mineiro'', cujo nome s� ser� revelado nesta noite (foto: Isabella Pinheiro/Divulga��o)
Paulo Ricardo, que completou 59 anos na �ltima quinta-feira (23/09), diz estar se sentindo como um garoto que est� come�ando a carreira. Uma das raz�es � a investida, in�dita em sua trajet�ria, no formato voz e viol�o. Com seu instrumento em punho e acompanhado apenas pelo m�sico �caro Scagliussi, ele fez, entre meados de agosto e o in�cio deste m�s, dois shows – em Manaus e Ribeir�o Preto –, que, conforme aponta, serviram como ensaio para a turn� “Voz e viol�o”, que oficialmente tem in�cio com a apresenta��o neste s�bado (25/09), em Belo Horizonte, no Grande Teatro do Pal�cio das Artes.

O ex-baixista e vocalista do RPM, banda que fez sucesso estrondoso nos anos 1980 com m�sicas como “Louras geladas” e “Olhar 43”, diz que, por um lado, sente a palpita��o de um ne�fito, mas, por outro, se alegra por desbravar novos caminhos. “Essa vai ser a primeira vez na vida em que me apresento em um teatro no formato voz e viol�o. Em Manaus e Ribeir�o Preto, foram shows menores, em casas noturnas, para lapidar esse repert�rio, ent�o, agora, a responsabilidade � maior”, diz.

O repert�rio, ele aponta, inclui desde os hits do RPM at� composi��es mais recentes, registradas em seus �lbuns lan�ados em carreira solo, al�m de uma homenagem a “um grande artista mineiro”, cujo nome prefere manter em sigilo. Paulo Ricardo destaca que sua aproxima��o mais engajada com o viol�o tem lhe aberto possibilidades. Antes, ele recorria ao instrumento apenas em alguns n�meros durante os shows – o recorde, ele diz, foi na turn� de lan�amento de seu �lbum “Acoustic live”, de 2005, quando tocou “umas cinco ou seis m�sicas” ao viol�o.

“Sempre tive p� atr�s com esse formato, porque, vindo do rock, o tipo de coisa que fa�o n�o � para voz e viol�o, mas a pandemia deixou a gente sem escolha, e descobri maneiras muito ricas de revisitar meu repert�rio nesse formato, remetendo ao blues, ao folk, e trazendo nova vida para essas m�sicas”, destaca.

“Sempre fui baixista, e o baixo precisa da bateria, ent�o estou em casa quando toco com banda, a mem�ria muscular faz com que os dedos j� saibam o caminho no bra�o do instrumento. No viol�o n�o, eu tenho que esquecer tudo, esquecer dos arranjos originais, at� para n�o ficar preso a qualquer indu��o r�tmica ou de qualquer elemento que n�o esteja ali. A ideia de banda � substitu�da por uma outra viagem musical, ent�o tenho que estar mais atento”, diz o m�sico.

''Essa vai ser a primeira vez na vida em que me apresento em um teatro no formato voz e viol�o... ent�o, agora, a responsabilidade � maior''

Paulo Ricardo, cantor e compositor


OUTROS PROJETOS

A turn� “Voz e viol�o” d� seus primeiros passos ao mesmo tempo em que um �lbum neste formato est� prestes a chegar ao mercado, com previs�o de lan�amento para o final de outubro. O f�lego de garoto em come�o de carreira de que Paulo Ricardo fala se relaciona n�o s� com a experi�ncia desbravadora com o viol�o, mas tamb�m com os muitos projetos com que est� �s voltas neste momento de relaxamento das medidas restritivas de combate � pandemia.

Al�m do disco “Voz e viol�o”, ele prepara um �lbum de in�ditas para o pr�ximo ano e quer lan�ar, em breve, um volume 2 de seu “Acoustic live”, trabalho cantado em ingl�s, com o qual prestou rever�ncia a artistas e bandas que o influenciaram. “Est� acontecendo um engarrafamento de projetos, j� que n�o pudemos fazer nada no ano passado por causa da pandemia. J� t�nhamos, em 2020, desenhado um segundo ‘Acoustic live’, com outros cl�ssicos do pop rock internacional, ent�o a qualquer momento estaremos com esse volume 2 e mais um show na estrada. A pandemia deixou a gente com ac�mulo de tes�o, de vontade de fazer as coisas, de botar o bloco na rua”, diz.

Quando fala em “mais um show”, a soma � n�o apenas com o “Voz e viol�o”, mas tamb�m com “R�dio pirata ao vivo – 35 anos”, espet�culo que ele levou ao palco da casa de shows Audio, em S�o Paulo, no in�cio deste m�s, e com o qual tamb�m quer rodar o pa�s. Como o pr�prio nome entrega, “R�dio pirata ao vivo – 35 anos” celebra a efem�ride em torno da bomb�stica turn� que gerou o segundo �lbum do RPM, lan�ado em 1986. Paulo Ricardo explica que essa � outra iniciativa que ficou represada em fun��o da pandemia.

“Essa turn� de 35 anos tamb�m j� estava toda planejada para o ano passado. A quarentena foi decretada na semana em que a gente ia fazer Rio de Janeiro e S�o Paulo, depois de ter estreado em Curitiba. Estamos retomando agora e sei que existe uma expectativa grande por parte do p�blico. ‘R�dio pirata ao vivo’ foi um show ic�nico que fizemos no Brasil inteiro, com apresenta��es em est�dios lotados, sob dire��o do Ney Matogrosso. Foi um espet�culo que trouxe grandes inova��es, como o uso de raio laser no projeto cenogr�fico”, recorda.

''Esse espet�culo exige mais de mim como m�sico, como int�rprete e at� como compositor. Tocar mais e melhor o viol�o me abre muitas possibilidades''

Paulo Ricardo, cantor e compositor


PARALELOS

Se um show a partir do “Acoustic live 2” ainda est� por vir, Paulo Ricardo considera que as turn�s “Voz e viol�o” e “R�dio pirata ao vivo – 35 anos” j� est�o caminhando juntas, paralelamente. Ele diz que a primeira tem voca��o para teatros e espa�os mais intimistas, ao passo que a segunda pede shows grandes, em locais abertos, para o p�blico dan�ar. “S�o coisas que podem correr em paralelo, at� porque a gente tem a flexibilidade de fazer o ‘Voz e viol�o’ no meio da semana e o ‘R�dio pirata’ nos fins de semana, mais com clima de festa”, aponta.

Fazendo a compara��o entre um e outro formato, ele diz que, por um lado, h� o conforto e a descontra��o de pisar em um terreno conhecido e, por outro, o car�ter desafiador e ao mesmo tempo prazeroso de se explorarem novos horizontes. “A gente sempre gosta mais do que � novo, ent�o estou feliz em tocar viol�o, redescobrindo minhas m�sicas com esse instrumento. O show ‘R�dio pirata’ � aquela comidinha caseira, o ‘Voz e viol�o’ � como sair para um restaurante sofisticado, � mais gourmet”, define.

Ele reitera que o viol�o tem lhe proporcionado muitas descobertas e que isso o tem feito crescer como m�sico. “� surpreendente como o viol�o ocupa todas as frequ�ncias. Nos primeiros ensaios desse projeto, colocava um pandeiro, tentava agregar outros elementos, mas depois vi que n�o precisa, o pr�prio viol�o j� d� a marca��o. Esse espet�culo exige mais de mim como m�sico, como int�rprete e at� como compositor. Tocar mais e melhor o viol�o me abre muitas possibilidades”, ressalta.

Apesar do formato diminuto, a apresenta��o que ocupa o Grande Teatro do Pal�cio das Artes hoje n�o � calma ou pl�cida. Paulo Ricardo enfatiza que � um show de rock e que sua performance com o viol�o est� mais para Elvis Presley do que para Jo�o Gilberto. “� um show de rock, que passeia pelo folk e pelo blues. Tem uns momentos mais tranquilos, quando eu e �caro tocamos sentados, como na m�sica ‘A cruz e a espada’, que gravei com o Renato Russo, muito delicada. Mas � uma apresenta��o que come�a e termina com a gente em p�, chutando o balde ou, no caso, o banquinho”, salienta.

DISPUTA JUDICIAL

Em mar�o deste ano, o nome de Paulo Ricardo esteve no meio de um imbr�glio envolvendo o uso do nome RPM e o direito de cantar as m�sicas que foram gravadas pelo grupo. A ju�za Elaine Faria Evaristo, da 20ª Vara C�vel de S�o Paulo, expediu senten�a pela qual o cantor n�o pode mais explorar individual ou comercialmente as m�sicas do RPM. A a��o foi movida em 2017 por seus ex-companheiros de banda, Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e Paulo Pagni, que morreu em 2019.

Paulo Ricardo diz que houve uma m� interpreta��o generalizada – dos magistrados envolvidos no caso, da imprensa e do p�blico. “Estamos vivendo no imp�rio das fake news. At� voc� provar que focinho de porco n�o � tomada demora. V�rios ve�culos estamparam essa manchete, ‘Paulo Ricardo proibido de cantar as m�sicas do RPM’. Ningu�m � proibido de cantar nada, isso n�o existe. Imagina se algu�m vai poder impedir a mim, que sou o compositor, de cantar minhas m�sicas. O RPM � uma marca fantasia, RPM n�o comp�e nada, quem compunha eram pessoas f�sicas, no caso, eu, muitas vezes em parceria com o Schiavon. � um absurdo dizer que eu n�o posso mais cantar minhas m�sicas”, desabafa.

“O que acontece � que, por um acordo que assinamos, todos precisam pedir autoriza��o aos compositores para regravar uma m�sica do RPM. Eu, para gravar minhas pr�prias m�sicas, tendo um ex-RPM como parceiro na composi��o delas, preciso da autoriza��o dele, e nisso ele pode me atrapalhar, � verdade”, completa. Ele lamenta que os ex-companheiros de banda tenham entrado com a a��o, que chama de “estapaf�rdia”, ao final de uma turn� realizada em 2017 que marcava o reencontro do grupo para promover o quarto �lbum de est�dio, “Elektra”, lan�ado em 2011.

“Ao final da turn�, eles n�o queriam parar, n�o queriam mudar, queriam continuar fazendo a mesma coisa, e eu n�o, j� estava pensando no meu trabalho solo. Eu n�o tenho interesse na marca RPM. A Justi�a n�o entende as especificidades de determinadas profiss�es, Justi�a do Trabalho lidando com artista n�o d�, a gente n�o tem funcion�rio, a gente trabalha para o evento. O que eles fizeram foi tentar confundir o neg�cio da marca RPM com direito autoral. Aparentemente, a ju�za caiu nessa confus�o”, diz.

“O chato � que eles entraram na Justi�a direto, n�o me ligaram, ent�o n�o consigo nem chegar neles, o advogado blinda. � uma coisa chata, desnecess�ria. Era s� ter ligado, ‘Paulo, vamos ver aqui o que fazer para continuar sem voc�’. O RPM foi uma banda de sucesso, com can��es do sucesso, que eu considero que s�o do p�blico, ent�o esse imbr�glio � uma coisa lament�vel para quem era f� da banda. Mas as can��es est�o a�, v�o permanecer, e eu continuarei cantando com muito prazer o que eu compus”, afirma.

Show “Paulo Ricardo –  Voz e viol�o” 
Neste s�bado (25/09), �s 21h, no Grande Teatro do Pal�cio das Artes (Avenida  Afonso Pena, 1.537). Ingressos a partir de R$ 90 na bilheteria do teatro ou pelo site www.eventim.com.br. Capacidade reduzida e distanciamento entre cadeiras. Uso obrigat�rio de m�scara. Informa��es: (31) 3347-7895.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)