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Estado de Minas M�SICA

Com show no Pal�cio das Artes, A Cor do Som retoma em BH a agenda de shows

Banda far� na noite deste s�bado (2/10) eu primeiro show com a presen�a de p�blico desde o in�cio da pandemia, tendo Fl�vio Venturini como convidado


02/10/2021 04:00 - atualizado 02/10/2021 08:28

Banda A Cor do Som
Gustavo Schroeter (bateria), M� Carvalho (teclados), Ary Dias (percuss�o), Dadi Carvalho (baixo)e Armandinho (guitarra), que formam a banda A Cor do Som, receber�o Fl�vio Venturini como convidado no show desta noite (foto: Leo Aversa/Divulga��o)


A estreia no Teatro Tereza Rachel, no Rio de Janeiro, rendeu men��es nos jornais cariocas e uma mat�ria no “Fant�stico”. Estamos em 1977, e A Cor do Som – ent�o Dadi Carvalho (baixo), M� Carvalho (teclados), Armandinho (guitarra) e Gustavo Schroeter (bateria), m�sicos na casa dos 20 anos – conseguiu, logo depois, uma pequena temporada no Teatro Ipanema. “Foram quatro noites, com tudo esgotado. Pessoas que n�o conseguiram ingresso acabaram for�ando a entrada e derrubaram a porta do teatro. Foi hist�rico”, relembra hoje M�.  
 
No in�cio, A Cor do Som era uma banda instrumental, com m�sicos que j� tinham tocado com grandes da �poca – Dadi integrou o Novos Baianos e a banda surgiu para acompanhar Moraes Moreira em sua carreira solo. O grupo que se apresenta na noite deste s�bado (2/10) no Pal�cio das Artes � o mesmo, passados 44 anos – mais o percussionista Ary Dias, que entrou em 1978. A vontade de tocar boa m�sica tampouco mudou.
 
“Os dois primeiros discos foram 100% instrumentais (assim como o mais recente). Estamos na contram�o da quest�o comercial de hoje, com muita exposi��o para conseguir mais seguidores e letras muito pueris ou apelativas”, afirma o tecladista e pianista, referindo-se ao mais recente disco da banda. Lan�ado em 2020, � chamado de “Disco rosa”, por causa da capa criada pelo designer Batman Zavareze, que funde duas obras de Dadi e M�, tamb�m artistas pl�sticos.

GRAMMY

Sem pretens�o, sem gravadora e com recursos pr�prios, o “�lbum rosa”, em que a Cor do Som recriou oito temas instrumentais da primeira fase do grupo (e traz duas in�ditas) foi indicado, nesta semana, ao Grammy Latino – categoria melhor �lbum de rock ou m�sica alternativa. 
“N�o nego o sucesso de jeito nenhum, mas � isso o que a gente ama fazer, por isso quisemos dar um mergulho nesta fase. A indica��o ao Grammy � uma prova de que, com um trabalho forte, voc� chega a algum lugar. Estamos na tangente deste momento esquisito, em que os artistas tentam botar milh�es em Instagram e YouTube”, acrescenta M�.
 
Nesta noite, haver� m�sicas recriadas no novo trabalho – “Pororocas”, “Ticaricuriqueto”, “Frutificar” – mas o tom ser� o de celebra��o, com passeio pelos sucessos da carreira, como “Abri a porta”, “Zanzibar”, “Alto astral”, “Menino Deus” e “Dentro da minha cabe�a”. Tais can��es misturam o rock com ritmos brasileiros, como choro e frevo. Se hoje a miscel�nea de g�neros � quase regra, nos anos 1970 era algo inovador, ainda mais executada por grandes m�sicos.
 
Este � o primeiro show d’A Cor do Som com plateia, desde o in�cio da pandemia – at� ent�o, os cinco s� se reuniram para tocar em outubro do ano passado, para uma vers�o on-line do Rio Montreux Jazz Festival. 

EMO��O

“Mais do que um recome�o, este momento � quase que um renascer. Envolve n�o s� a emo��o de voc� pisar num palco depois de quase dois anos, como ainda a retomada de toda a cadeia de profissionais que existe para que o show aconte�a. Engenheiro de som, roadie, t�cnico de luz, toda essa turma ficou sem trabalho, em uma situa��o muito dram�tica”, diz M�.
O show ter� a participa��o de Fl�vio Venturini. Em 2018, foi lan�ado o disco “A Cor do Som – 40 anos”, em que o grupo tocou seu repert�rio com a presen�a de convidados (Djavan, Gilberto Gil, Roupa Nova, Samuel Rosa, Paulinho Moska). Venturini registrou a balada “Eternos meninos”, de M� e Paulinho Tapaj�s. 
 
“� uma m�sica meio lado B, que � muito a cara dele, pois � rica em melodias”, comenta o tecladista. Al�m dessa, o mineiro dever� cantar com o grupo duas ou tr�s – eles se programaram para ir at� a casa de Venturini ontem, para passar as can��es com ele.
 
� exce��o de Armadinho, que vive em Salvador, os demais integrantes moram no Rio. Para a apresenta��o em BH, ainda mais depois de tanto tempo sem subirem num palco juntos, n�o houve grande ensaio, afirma M�. “Por conta da pandemia, isso tamb�m ficou complicado. O ideal � que a gente tivesse ensaiado, mas o que vamos fazer � nos jogar no palco. Mas na passagem de som d� para aproveitar e lembrar um pouquinho de tudo.”

A COR DO SOM

Show neste s�bado (2/10), �s 21h, no Pal�cio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. Ingressos: Plateia 1 – R$ 320 e R$ 160 (meia); Plateia 2 – R$ 260 e R$ 130 (meia); Plateia superior – R$ 180 e R$ 90 (meia). Venda promocional: Plateia 1 – R$ 180; Plateia 2 – R$ 150 e Plateia superior – R$ 110 (a partir de dois ingressos por pessoa; v�lido apenas para inteira). � venda na bilheteria do Pal�cio das Artes e no www.eventim.com.br

TRABALHO SOLIT�RIO

Mesmo que tenha ficado longe dos palcos no �ltimo ano e meio, M� Carvalho n�o parou um minuto de trabalhar. Desde o in�cio da crise sanit�ria, lan�ou seu primeiro songbook, com as cifras de 25 composi��es e o �lbum solo “Alegrias de quintal”, que saiu em julho. Tamb�m no �ltimo ano e meio, a Som Livre lan�ou a compila��o “As can��es que eu fiz para novelas”, que re�ne 12 m�sicas compostas por M�.
 
Desde 1994, M� � funcion�rio da Rede Globo. Assinou, at� aqui, a trilha original de 24 novelas – como “Chocolate com pimenta” (2003), “Ti ti ti” (2010) e “A for�a do querer” (2017). � dele tamb�m a trilha de “Um lugar ao sol”, trama das 21h que estreia em novembro.
 
Como compositor de trilhas, M� explica, ele cria os temas de v�rios personagens em diferentes situa��es. “S�o em m�dia 80 t�tulos por novela. E para cada um eu fa�o varia��es”, conta. Ou seja, o tema de um mesmo personagem ter� tr�s ou quatro vers�es – a vers�o rom�ntica, a triste, a tensa, a alegre e por a� vai.
 
� um trabalho solit�rio. “Componho e gravo sozinho, ao vivo. Algumas j� ficam valendo no piano, mas em outras eu chamo orquestra, violoncelista solo, gente para gravar baixo, bateria, guitarra. Vou agregando os m�sicos.” Ele tamb�m j� fez trilhas para filmes, de “Navalha na carne” (1997), dirigido por Neville d’Almeida para a hist�ria de Pl�nio Marcos, a produ��es da Xuxa e dos Trapalh�es. 

CINEMA

“Trilha � outro mundo, que amo. Fazer novela � diferente de trilha para cinema, porque para um filme voc� vai recebendo as cenas e criando sob medida. Na novela, quando o sonoplasta vai trabalhar, ele j� tem que ter 90% da m�sica incidental”, diz. Quando come�a a fazer a m�sica para uma produ��o de TV, M� recebe uma sinopse da trama e o perfil dos personagens. Depois conversa com o diretor e o autor para que lhe expliquem o conceito. (MP) 


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