
Ivo Barroso, poeta e um dos maiores tradutores brasileiros, morreu anteontem, aos 91 anos, no Rio de Janeiro, v�tima de uma parada card�aca. Segundo um amigo da fam�lia, ele estava internado havia alguns dias na Casa de Sa�de S�o Jos�, no Humait�, por causa de uma queda que sofreu em seu apartamento, no Leblon.
Ele dedicou sua vida a grandes escritores, como Shakespeare, Rimbaud, T. S. Elliot, entre outros. Mergulhou no mais famoso poema de Edgar Allan Poe – e lan�ou, em 2019, “O corvo e suas tradu��es'', pela Sesi-SP Editora.
Um pouco antes, em 2017, Ivo Barroso publicou, pela mesma editora, “Brevi�rio de afetos'', livro com as cr�nicas que escreveu sobre pessoas que passaram por sua vida e foram fundamentais em sua forma��o. Entre eles, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Jo�o Cabral de Melo Neto e Otto Maria Carpeaux.
Entre suas tradu��es est�o 50 sonetos de Shakespeare (Nova Fronteira); “Arthur Rimbaud: poesia completa” (Topbooks); “Seis propostas para o pr�ximo mil�nio: Li��es americanas” (Companhia das Letras), de Italo Calvino, entre outras obras do italiano; “Os gatos” (Companhia das Letrinhas), de T. S. Elliott; “As aventuras de Pin�quio” (Sesi-SP Editora), de Carlo Collodi; “A vida – Modo de usar” (Companhia de Bolso), de Georges Perec; e “A carta de Pero Vaz de Caminha” (Sesi-SP) para o portugu�s moderno. Traduziu, ainda, Jane Austen, Umberto Eco, Marguerite Yourcenar, Hermann Hesse e Andr� Gide.
Como autor, publicou, entre outros, “Poemas de amor – O mito inconcluso'' (Atheneu), “Caixinha de m�sica”, “Nau dos n�ufragos'' e “Poesia ensinada aos jovens”.
(Ag�ncia Estado)