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Estado de Minas M�SICA

Roger Deff defende a utopia e o hip-hop no disco 'Pra romper fronteiras'

Rapper veterano de BH destaca poder da cultura da periferia e a arte dos negros em seu segundo �lbum autoral, que chega �s plataformas na pr�xima sexta (22/10)


20/10/2021 04:00 - atualizado 20/10/2021 07:45

O rapper Roger Deff levanta as duas mãos na foto de divulgação de 'Pra romper fronteiras', seu novo disco
Roger Deff criou o disco independente 'Pra romper fronteiras' em casa, durante a pandemia, com o apoio dos amigos (foto: Paulo Oliveira/Divulga��o)
O rapper mineiro Roger Deff lan�a seu segundo �lbum solo autoral, “Pra romper fronteiras”, que chega �s plataformas digitais na sexta-feira (22/10). S�rgio Perer�, Michelle Oliveira e os DJs Fl�vio Machado e Hamilton J�nior s�o os convidados do disco, que tem oito faixas e foi produzido por S�rgio Giffoni, antigo parceiro de Deff no grupo Julgamento, e Fernando Macaco. O poeta Fl�vio Boave � coautor de “A pior pobreza”.

O novo trabalho � homenagem de Deff, veterano do rap de BH, � cultura hip-hop. “O nome vem da ideia de que o hip-hop faz pontes entre universos diversos e rompe paradigmas, ao transformar jovens negros e perif�ricos em protagonistas de suas pr�prias hist�rias”, afirma.

EM CASA 

As faixas foram escritas e gravadas a dist�ncia do final de 2020 a setembro 2021. “Fiz todas as vozes em minha casa, com os recursos que tenho, e enviei ao est�dio para que Giffoni e Fernando produzissem. Foi a primeira vez que fiz um trabalho inteiro assim”, conta ele.

Deff j� mandou os singles “Ut�pico” e “Um MC” para as redes. A sonoridade celebra a est�tica do rap dos anos 1990, valorizando o boombap e trazendo di�logos com o jazz e o soul.

Outra faceta do projeto � a cria��o do grafiteiro e ilustrador Binho Barreto, que trouxe para as capas do disco e dos singles refer�ncias ao quadrinista Robert Crumb e ao rap de Public Enemy e DelaSoul.

“Fiz uma grande declara��o de amor e respeito ao hip-hop, uma cultura transnacional. Ou seja, uma cultura diasp�rica, embora as pessoas a associem � ideia estadunidense. Isso n�o � verdade, pois ela � maior”, comenta Deff, lembrando que o movimento nasceu no Bronx, em Nova York, a partir de imigrantes jamaicanos.

“Meu �lbum � para romper fronteiras, porque essa cultura ultrapassou os Estados Unidos para chegar a v�rios lugares do mundo. Ao mesmo tempo, contribuiu para a mobiliza��o cultural e social de jovens das periferias do mundo inteiro. Em sua maioria negros, mas pessoas n�o negras tamb�m”, afirma.

Deff divide letras de duas can��es com S�rgio Perer� e Fl�vio Boave. “Em 'A pior pobreza', eu e Boave falamos que a pior pobreza � a de esp�rito”, comenta. “Vemos pessoas por a� que entendem de acumula��o de bens e dinheiro, mas s�o muito pobres, extremamente pequenas. Tem gente que privilegia a economia em detrimento da vida, sinal muito n�tido de pobreza de esp�rito.”

OTIMISMO 

De acordo com ele, o disco tem mais novidades. “Apesar deste momento tenso que estamos vivendo com a pandemia, talvez sejam as letras mais otimistas que j� escrevi”, afirma.

“Lancei a can��o 'Ut�pico', na qual falo do papel das utopias, fazendo um di�logo com o escritor uruguaio Eduardo Galeano. A frase dele 'a utopia serve para caminhar' foi o ponto de partida para o single”, revela.

O �lbum � produ��o totalmente independente, sem o apoio leis de incentivo. “Foi feito com recursos pr�prios e a colabora��o das pessoas que est�o comigo”, conclui Deff. 
 
Desenho de Binho Barreto mostra o rapper Roger Deff segurando o microfone na capa de seu disco 'Pra romper fronteiras'
(foto: Binho Barreto/divulga��o)
 
“PRA ROMPER FRONTEIRAS”
. Disco de Roger Deff
. Oito faixas
. Independente
. Dispon�vel nas plataformas digitais a partir de sexta-feira (22/10)


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