“S�o m�sicas ligadas uma na outra, contando hist�rias sobre esp�ritos. S�o cantos espirituais. N�o � religioso, n�o tem nada a ver com religi�o, � espiritual mesmo”, explica Angelo.
“Quando a gente come�ou com a ideia de gravar, uma coisa foi puxando a outra. A minha inten��o mesmo era que esse trabalho fosse infind�vel. Por exemplo, que um determinado projeto virasse um livro de partituras. Do livro, um CD. Do CD, um filme. Do filme, uma obra para orquestra sinf�nica, enfim, que a coisa fosse se sucedendo aos poucos. Ent�o, foi a� que um amigo chamado Andr� Schultz, que trabalhou por muitos anos na Rede Globo, resolveu entrar no neg�cio”, conta o mineiro.
Radicado nos Estados Unidos com a mulher e as filhas, Schultz mant�m l� uma empresa chamada Data Pictures. “Quando ele soube que ia rolar a grava��o, foi muito generoso e me pediu para film�-la. Isso era tudo que eu queria. Ent�o, a coisa foi acontecendo muito mais r�pido do que imaginava. At� tinha feito uma proposta meio sonhadora para ele: ‘Vamos fazer um filme, vamos fazer isso e aquilo?’. E o projeto come�ou a aparecer primeiro em v�deo. De cara, Andr� j� quis filmar a grava��o do �lbum, no est�dio”, conta Angelo.
O primeiro filme, chamado “Cantos espirituais”, foi feito pelo pr�prio Andr� e sua equipe, com fotos de Joe Dias e edi��o de Eduardo Tocante. “Houve tamb�m a participa��o do Lucas Margutti, que tamb�m � cineasta. Andr� e a mulher dele montaram uma equipe de craques.”
Sobre o processo de grava��o, Angelo diz que “a primeira etapa do �lbum foi feita em dois dias”. Ele descreve: “As m�sicas foram gravadas uma atr�s da outra e foram ficando daquele jeito mesmo. Deixei aquela exig�ncia de ficar trocando um ou outro acorde errado, aquelas coisas. Fui criando na hora e depois complementei o disco. Ali�s, como n�o tinha partitura, as pessoas tamb�m foram tocando em cima do que rolava, porque deixei as coisas flu�rem”.
MANEIRA JAZZ�STICA
Para formarem a “cozinha” da grava��o, o m�sico mineiro, que toca viol�o e canta no disco, convidou Jorge Continentino (sopros), Rafael Barata (bateria) e Alberto Continentino (piano). “Esses tr�s m�sicos participaram dessa mentalidade que � algo, embora n�o seja um jazz tradicional, � uma maneira jazz�stica de tocar, sem muita combina��o de primeira e segunda partes. As coisas foram fluindo e eles fizeram tudo em cima disso, acompanhando esse esp�rito. Eles s�o a banda do disco.”
Ele conta que convidou tamb�m outras duas instrumentistas. “Camila Stellet (bateria, percuss�o e voz) e Carol Stellet (voz) nunca haviam gravado em um est�dio grande. E era isso mesmo que eu queria. Elas t�m a ver com a m�sica, mas n�o t�m a pr�tica dos grandes profissionais e quando elas entraram no est�dio, meu cora��o ficou feliz. S�o jovens e talentosas e me deram muita alegria.”
O filme correspondente � grava��o do disco tem aproximadamente uma hora de dura��o. “O legal � que tem algo bilateral nessa hist�ria, pois o disco virou um filme. Acabou que o disco virou a trilha sonora do filme. Enfim, um filme no qual o disco � a pr�pria trilha sonora dele, vamos assim dizer.”
Segundo Angelo, o processo de feitura do disco foi incomum, o que o deixa com mais vontade de mostrar o resultado. “Vamos fazer tamb�m o CD f�sico. Quero muito mostrar esse trabalho. Esse � o meu principal objetivo, n�o estou pensando em dinheiro. Em momento algum houve um pensamento em grana. Esse trabalho come�ou e est� at� agora absolutamente imaterial.”
“CANTOS ESPIRITUAIS – NELSON ANGELO CONVIDA CARLOS DI JAGUAR�O”
• NAC
• 10 faixas
• Dispon�vel nas plataformas digitais