Banda Perigosah convida a 'desabotoar tudo' no clipe 'Deusas & Diabas'

Formada por Fernanda Polse (voz), Isabella Figueira (bateria), Matheus Fleming (guitarra) e Salom�o Terra (baixo), a banda Perigosah acaba de lan�ar o single-clipe “Deusas & diabas”. Os m�sicos definem seu som como um caldeir�o no qual bateria eletr�nica, synths, baixo, guitarra, bateria, vozes e percuss�o se misturam sob a influ�ncia do indie rock e do pop, com direito a arrocha no final.

Com letra de Fernanda Polse e melodia assinada pelos integrantes da banda, “Deusas & diabas” se insere na cena brasileira “rebolante”, diz a compositora. “Essa can��o fala de pot�ncias e for�as arquet�picas como Sol, Lua, santas, deusas e diabas”, conta.

O single-clipe remete � proposta do “desabotoa-me”, ligada � liberdade. “Voc�, obviamente, pode ir para a interpreta��o f�sica da coisa, quase sensual mesmo. Mas acho que existe outro desabotoar. Estamos em um tempo em que precisamos nos abrir”, afirma Fernanda.

Ali�s, ela � f� de “Gente aberta”, can��o de Erasmo Carlos. “� uma das m�sicas-guia da minha vida. Gente certa � gente aberta. Acredito muito na abertura do corpo, mente, cabe�a, alma e do cora��o para mudar este jogo, que est� complicado.”

O clipe � leve, intenso, divertido e sensual, com ares de Quentin Tarantino, al�m de “bastante catchup na pizza em vez de sangue”, diz Fernanda. Para Matheus Fleming, o single dan�ante tem influ�ncia de LCD Soundsystem e Yeah Yeah Yeahs, com toques de brasilidade. Natasha Vassou e Lucas Espeto dirigiram o v�deo.

O nome Perigosah vem do desejo de embaralhar a no��o social de pureza e perigo. Bom exemplo disso, ressalta Fernanda, � a ideia de que o lar � seguro, ao contr�rio das ruas. “Muitos abusos e ass�dios se efetivam dentro das moradias. E a rua, que historicamente soa perigosa, � tamb�m o lugar do encontro, do respiro, no qual achamos nossos pares, a nossa fam�lia do cora��o e constru�mos alian�as. A partir dessas alian�as, criamos o que pode nos transformar.”

Ter uma banda chamada Perigosah significa ressignificar o conceito de perigo, acredita a cantora e compositora. “O que pode ser considerado perigoso hoje? Para o sistema vigente, � ter consci�ncia, alegria, amizade, gozo. Quando a gente pensa na persona da banda, pensa que esse perigo corresponde a gozar da alegria de fazer m�sica, de ser artista e de aglutinar pessoas e causas. Esse � o tipo de perigo que a gente quer correr.”

Juntos desde 2018, s� agora a Perigosah lan�a seu primeiro trabalho. “A pandemia deu uma cortada nos nossos planos, mas j� h� algum tempo estamos tocando, assinando e entendendo que som � este que fazemos juntos. Todos os integrantes t�m outros projetos. Isabella � baterista da banda Dolores 602. N�s duas somos da Truck do Desejo, um bloco de carnaval. Sou tamb�m da Casapo�a, projeto de m�sica e artes visuais aprovado pelo Natura M�sica de 2020”, conta. Por sua vez, Matheus Fleming faz parte das bandas C�mera e Young Lights.

No fim de janeiro, o grupo solta o single “Gira”, com miniclipe produzido pela artista e cantora Jh� DeLacroix. Outro lan�amento ser� “Sal”, single produzido por Ver�nica Zanella. “Guitarrista incr�vel de BH, ela acompanha Ma�ra Baldaia e Nath Rodrigues, entre outras cantoras. A m�sica ganhar� um clipe muito legal. Depois, vamos fazer uma imers�o, ficar no mato. Fizemos isso este ano e foi maravilhoso”, revela.

Em junho ou julho de 2022, a Perigosah vai lan�ar seu �lbum. “J� temos as m�sicas, mas o nome ainda � mist�rio”, brinca Fernanda Polse.