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Estado de Minas DIVERSIDADE

Walkiria La Roche conta a hist�ria da noite LGBTQI+ na capital mineira

Convidada de '"Embalos de s�bado � noite", se��o da coluna HIT, atriz relembra a balada dos velhos tempos e a crise que chegou antes mesmo da pandemia


11/12/2021 04:00 - atualizado 11/12/2021 07:15

Walkyria La Roche sorri, olhando para a câmera
(foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press)

A noite de Belo Horizonte sempre foi ecl�tica e divertida! Mas nem tudo foi f�cil...

Antes da internet, por exemplo, a divulga��o de eventos LGBT era feita por panfletos e flyers. Tenho 40 anos de noite e vivenciei momentos do gueto ao luxo, atuando simultaneamente como performer, apresentadora, hostess e diretora art�stica das maiores casas voltadas para esse g�nero.

Quando o assunto � quais foram as primeiras casas noturnas gays e l�sbicas de Belo Horizonte (nos anos 1970, elas eram bem separadas por g�nero), dizem que a Chica da Silva, na esquina de Rua Pernambuco com Rua dos Inconfidentes, na Savassi, foi a precursora.
Depois dela, vieram, nos anos 1980, Anjo Azul, entre Oleg�rio Maciel e Bias Fortes, na Pra�a Raul Soares; Coisa Nossa, no Bairro Nova Su�ssa, perto de onde fica a UPA Campos Salles; Chez Eux, na Rua Alagoas, na Savassi; e Plumas & Paet�s, na Avenida Brasil.

Na d�cada seguinte, Troisieme, na Savassi; Soft, na Rua Rio de Janeiro, pr�ximo de onde funcionou a Rede Globo; Fashion, que come�ou no Funcion�rios e seguiu para o Barro Preto. Nos anos 2000, Lurex, Er�tica, Pag�, no S�o Pedro; Esta��o 2000, que funcionou na Pra�a Raul Soares e no Barro Preto; Gis, tamb�m no Barro Preto; Eros e Excess, que mais tarde virou Josefine, na Savassi.

Tive a oportunidade de dirigir grandes casas, como a Pag�, a Excess, a Josefine e a Jo, que quebraram a triste estat�stica de que bares e restaurantes da noite em Belo Horizonte n�o duravam mais de um ano.

Muito mais que dar estabilidade aos nossos clubes, conseguimos fazer de espa�os considerados guetos o ponto de encontro de todas as tribos, que curtiam o som dos DJs escalados para aquelas casas. O trabalho, claro, tamb�m fortaleceu o meu curr�culo de gestora da noite em BH.

Sempre fui pol�mica. Inverti o tradicional show de strip-tease feminino para o masculino. Fui a primeira artista a performar com gogo's na famosa 5@MIX JO, na Josefine. V�rias gera��es passaram por ali em noites inesquec�veis que agregaram grifes famosas e personalidades.

Infelizmente, esse mercado, mesmo antes da pandemia, sofreu com a queda da economia. Piorou com a COVID, houve fechamento de muitas casas, gerando preju�zos para as fam�lias de profissionais que atuavam na seguran�a, t�cnicos de som, pessoal da limpeza, barmen, DJs, gerentes e caixas, que, em sua maioria, n�o s�o LGBTs.

Tenho orgulho de ser atriz e ter atuado para pessoas de tr�s gera��es. Hoje, fa�o parte da hist�ria da vida delas, e elas da minha!

Sinto-me aben�oada por isso! 

A SE��O “EMBALOS DE S�BADO � NOITE” CONTA A HIST�RIA DA VIDA NOTURNA DE BELO HORIZONTE, QUE, ANTES DA PANDEMIA, DEU O QUE FALAR


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