
“Rir � o melhor rem�dio. Depois da vacina”. A afirma��o � do ator Carlos Nunes, que participa da Campanha de Populariza��o do Teatro e Dan�a, neste domingo (23/1), com a pe�a “Comi uma galinha e t� pagando o pato”, em cartaz no Esta��o BH, na Regi�o de Venda Nova.
Nunes faz “maratona” nesta edi��o da campanha. Conta que se apresenta h� 40 anos no evento, come�ou vendendo ingressos para ele. No pr�ximo fim de semana, o comediante estar� em cartaz no Teatro Santo Agostinho, com “Francisco – Do riso ao rio”. Em fevereiro, subir� ao palco do Esta��o BH com “P�rolas do Tejo”.
“Em minhas postagens nas redes sociais, vejo que as pessoas est�o com muita vontade de ir ao teatro, com muita vontade de rir, precisando de rir um pouco para se livrar deste momento ca�tico que a gente est� vivendo”, afirma o ator.
Na opini�o de Nunes, o p�blico gosta da pe�a que ele apresenta neste fim de semana porque ela fala de pol�tica de forma bem-humorada. “A resposta sempre � muito legal”, afirma.
Ele faz o papel de Z� da Silva, cidad�o preso por roubar uma galinha para alimentar a fam�lia. Trata-se do animal de estima��o da filha de um deputado. A confus�o vai parar em Bras�lia, com direito a projeto de lei, apresentado pelo pai da mo�a, para fazer da galinha animal sagrado no Brasil, livrando-a das panelas, assim como ocorre com as vacas na �ndia.
“Muita gente pensa que a galinha � mulher, mas n�o. � galinha mesmo, que o personagem rouba e come porque est� com fome”, brinca Nunes. “Tem tanta gente que rouba neste pa�s, milh�es, fortunas. E n�o acontece nada. Z� da Silva roubou a galinha e est� preso h� um ano e seis meses”, comenta.
A com�dia � o humor s�o bons instrumentos para abordar temas pol�ticos como a impunidade, acredita ele. Por�m, o ator deixa claro que o texto da pe�a n�o foca em pol�ticos, partidos ou governos espec�ficos.
H� v�rios anos em cartaz com “Comi uma galinha”, Carlos Nunes diz que o texto est� sempre atual, pois esc�ndalos se sucedem na vida p�blica brasileira. “Por isso a pe�a � bem-recebida”, diz, chamando a aten��o para a mistura de cr�tica, humor e nonsense apresentada por ela.
“O humor � sagrado”, diz o ator, ao se referir � sua temporada de com�dias nesta edi��o da Campanha de Populariza��o.
* Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria