Festival Azeda re�ne talentos da m�sica de BH que brilham longe da Zona Sul
FBC, Kaike, Malaca, Pejota e Marquim D'Morais v�o se apresentar neste s�bado (5/2), no Espa�o Catavento Cultural. Repert�rio tem rap, pop e R&B
O rapper FBC est� chamando a aten��o do pa�s com o �lbum ''Baile'', lan�ado no ano passado (foto: Wanderley Vieira/divulga��o)
O cen�rio musical de Belo Horizonte e regi�o metropolitana tem se renovado de forma intensa e vigorosa, mesmo durante o per�odo da pandemia, quando vieram � tona trabalhos not�veis de artistas ainda pouco conhecidos. Com o intuito de jogar mais luz sobre este momento de efervesc�ncia, ser� realizado neste s�bado (5/2), no espa�o Catavento Cultural, o Festival Azeda, promovido pela plataforma hom�nima.
A programa��o mescla shows de novos talentos locais – Kaike, Malaca e Pejota – com nomes que est�o h� mais tempo na estrada – Marquim D’Morais e FBC –, al�m de contar com discotecagem da festa Baile Boom, a cargo dos DJs Kingdom, D.A.N.V e VKKrammer.
Coordenador t�cnico e art�stico do Azeda, Hugo Zschaber diz que a plataforma, criada em 2018, nasceu com o prop�sito de focar nos artistas locais. “Primeiramente, somos um festival de m�sica independente autoral de Belo Horizonte e regi�o. Esse crit�rio guia nossas programa��es. A gente n�o tem inten��o nenhuma de trazer artistas de fora”, destaca.
O line-up do Festival Azeda se baseou em pesquisas nas redes sociais. “Malaca, Kaike e Pejota foram pedidos pelo p�blico, muito comentados na nossa pesquisa, bem mais do que outros nomes, e a� gente correu atr�s. Temos o vi�s de mesclar artistas que est�o come�ando, como eles, com outros com mais tempo de caminhada”, aponta.
Kaike, de 15 anos, vem se destacando nas redes sociais com o seu pop � moda de BH (foto: Fabio Setti/Divulga��o)
FLERTE ANTIGO
A Azeda flertava h� tempos com Marquim D’Morais e FBC. “O festival era para ter ocorrido em 2020, e desde aquela �poca a gente vinha se acertando com o FBC. Veio a pandemia e acabou n�o acontecendo, o que, de certa forma, foi bom, porque agora ele chega no momento em que est� fazendo muito sucesso com seu trabalho mais recente (o �lbum “Baile”), em que a gente acredita muito, bota muita f�”, destaca o produtor.
Zschaber conta que a plataforma Azeda surgiu com o objetivo de se estruturar como um festival de fomento � cena local. Os s�cios j� trabalhavam com eventos, mas ainda sem a experi�ncia necess�ria para alcan�ar o que pretendiam.
“Come�amos a fazer um trabalho de base, fortalecendo a ideia de que a pessoa, quando sai para curtir lazer, precisa pagar pela cultura daqui, em vez de ir assistir a uma banda cover ou atra��es de fora”, relata.
A partir do final de 2018, a Azeda come�ou a produzir festas com shows de artistas locais. Esses eventos, diz Zschaber, vinham em excelente progress�o at� a chegada da pandemia. “O primeiro deu errado e deu certo. Era o per�odo de chuvas torrenciais, veio uma tempestade, mas foi tudo muito gostoso. A gente viu ali o caminho a ser trilhado e a miss�o a ser cumprida. Fomos crescendo na estrutura, no n�mero de artistas e tamb�m em termos de p�blico”, conta.
Foram quatro “Azedinhas”, como as festas s�o conhecidas, todass fora da regi�o Centro-Sul. “Fizemos nos bairros Santo Andr�, Pompeia, Ipiranga, Carlos Prates e voltamos agora para o Ipiranga. J� temos o projeto desenhado de ir para o Barreiro. A ideia � tentar partir para �reas mais afastadas ainda. BH tem uma quest�o dif�cil de mobilidade, que � fraca mesmo, e a gente quer democratizar o acesso”, ressalta.
F�s de Malaca fizeram campanha para a cantora participar do Festival Azeda (foto: Acervo Pessoal)
Com a chegada da pandemia, o trabalho de base migrou para o digital. Azeda come�ou a produzir conte�do audiovisual para suas redes sociais – YouTube e Instagram –, como o “Sess�es Azeda”, projeto com clipes unindo cantoras, cantores e produtores da cidade, convidados a trabalharem juntos.
“Para colocar a m�sica de Belo Horizonte em outro patamar de fomento e visibilidade, precis�vamos produzir conte�do. Passamos a falar dos artistas locais, fazer playlists, criamos o 'Sess�es Azeda' e um programa de entrevistas com a inten��o de tornar os m�sicos emergentes mais conhecidos. J� estamos roteirizando e gravando novas coisas, que v�o sair ao longo deste ano”, adianta.
Todo esse processo culmina no Festival Azeda. “O Kaike � a nova promessa da m�sica pop de Belo Horizonte. Ele tem s� 15 anos, � um prod�gio, vem contabilizando milhares de plays nas plataformas e chamando a aten��o, principalmente pelos clipes. Tem muita energia, muita disposi��o, � uma pessoa que troca”, elogia Hugo Zschaber.
“Malaca acompanha as a��es da Azeda h� um tempo. Na pesquisa, uma legi�o de pessoas que a seguem come�ou a nos procurar para inclu�-la na programa��o do festival. Ela tamb�m � grande aposta da nova gera��o do rap e do R&B de Belo Horizonte”, diz Zschaber. “J� o Pejota lan�ou single com a Mac J�lia, no ano passado, e a m�sica chegou ao Brasil inteiro. Artista da periferia, da quebrada, ele � muito representativo. Nossos eventos tendem para o g�nero bem urbano, com pop, rap e R&B”, completa.
Single do cantor Pejota com Mac Julia chamou a aten��o do pa�s (foto: Samuel Souza/divulga��o)
TESTE E COMPROVANTE DA VACINA
Para entrar no festival, � necess�rio apresentar comprovante de vacina��o e teste negativo para COVID-19. Hugo Zschaber diz que a produ��o vem orientando o p�blico a procurar os postos da prefeitura, onde o teste � realizado gratuitamente.
“N�o est�vamos sabendo desses testes gratuitos, ent�o, por um momento, a gente at� pensou em adiar o evento, porque n�o dava para esperar que a pessoa gastasse R$ 120 com o teste PCR, mais o ingresso, mais o transporte e mais o consumo dela. O ticket m�dio dos nossos eventos, o valor global que a pessoa gasta, � baixo. Se n�o fossem os testes gratuitos, seria invi�vel”, conclui.
FESTIVAL AZEDA
Neste s�bado (5/2), a partir das 16h. Espa�o Catavento Cultural, Rua Ozanam, 700, Ipiranga. Ingressos: R$ 40. Venda on-line: https://shotgun.live/pt/festivals/azeda