"A m�sica de elevador tem suas virtudes: voc� pode ouvi-la em todos os lugares", afirma o pianista franc�s Richard Clayderman, de 68 anos, que lan�a este m�s o 35º �lbum de sua carreira.
"Forever Love" � o t�tulo do novo trabalho de Clayderman, que re�ne can��es in�ditas e vers�es de artistas como os brit�nicos Ed Sheeran e Coldplay.
Se algo caracteriza a m�sica de Richard Clayderman � sua versatilidade, especialmente desde o sucesso mundial de "Ballade pour Adeline", de 1977. Uma melodia muito simples que vendeu mais de 22 milh�es de exemplares em 38 pa�ses.
Quarenta e cinco anos depois, este m�sico de forma��o cl�ssica ainda se mostra incr�dulo com o enorme sucesso.
"Fiquei muito surpreso. O compositor Paul de Senneville me prop�s um dia adaptar para o piano sua 'Ballade pour Adeline'. N�s falamos: 'vamos ver o que acontece...'", recorda, em entrevista � AFP.
Clayderman fez mais de 2.000 concertos ao longo da carreira, gravou mais de 1.400 can��es e vendeu mais de 90 milh�es de �lbuns.
A composi��o "foi um detonador incr�vel para minha carreira. E isto porque est�vamos em pleno per�odo disco...", afirma.
"� uma melodia simples, que se tornou universal e atingiu o cora��o de muitas pessoas. Desde ent�o, n�o parei", acrescenta o artista, que tem dois milh�es de seguidores no Facebook.
Clayderman pretende divulgar o novo �lbum na Am�rica Latina, Estados Unidos, Canad� e China.
Ele come�ou a tocar aos cinco anos. Seu pai era professor de piano e dava aulas em casa.
"Fui naturalmente atra�do. Ele me deu as bases, e entrei para o conservat�rio aos 12 anos", contou.
- "Ningu�m � profeta em sua terra" -
Depois do sucesso de "Ballade pour para Adeline", ele tocou 13 vezes na prestigiosa sala de m�sica cl�ssica Pleyel, em Paris.
"Sempre tive cr�ticos. Os m�sicos de forma��o cl�ssica ainda n�o compreendem, exceto aqueles que me acompanham no palco", afirma.
"No final do show, eles percebem o fervor do p�blico. � como uma esp�cie de vingan�a", observa.
"Minha maior recompensa s�o as crian�as que come�am no piano com as minhas can��es", brinca.
Clayderman se considera um "modesto int�rprete", em especial do compositor franc�s Paul de Senneville, que n�o sabe tocar nenhum instrumento, mas "tem o dom de encontrar melodias que falam com as pessoas".
"Meu trabalho � transcrev�-las para o piano e interpret�-las. E trabalho muito para que soem bem", explica.
Nancy Reagan, ent�o primeira-dama dos Estados Unidos, apelidou-o nos anos 1980 de "pr�ncipe do romantismo".
"Eu me situo entre o pianista cl�ssico e o pianista de m�sica popular. Este apelido de 'pr�ncipe do romantismo' combina muito bem com a m�sica que toco. Na Fran�a, � um pouco pejorativo, enquanto no exterior, a Fran�a � a p�tria do romantismo", reconhece.
"Todos sabem: 'ningu�m � profeta em sua terra'", afirma, com um sorriso.