“Al�m da ilus�o”, novela das 18h que entra em seu segundo m�s na Globo, movimenta os f�s que buscam respostas �s perguntas: O perito capaz de inocentar Davi (Rafael Vitti) ser� encontrado? O her�i da hist�ria ser� desmascarado? Heloisa (Paloma Duarte) vai encontrar a filha? E qual a fun��o de Le�nidas (Eriberto Le�o) na hist�ria?. Afinal, ele n�o apareceu na fazenda por acaso. Se depender da autora, Alessandra Poggi, as respostas vir�o no final da trama, prevista para agosto.
"Marisa Orth, por sua vez, chega � novela (no pr�ximo s�bado) como a vedete Marg�, falsa francesa que comanda uma companhia de teatro de revista e � melhor amiga de outra vedete, Iolanda (Duda Brack), a ex-namorada do verdadeiro Rafael Antunes. Imagina a dor de cabe�a pro Davi! Todos os quatro chegam para dar uma reviravolta nos respectivos n�cleos", comenta a autora.
Desde a sua estreia, “Al�m da ilus�o”, cuja hist�ria gira em torno do amor do m�gico Davi e as irm�s Elisa e Isadora (Larissa Manoela), a primeira assassinada pelo pai, conquistou o p�blico. "A novela vem encantando e atraindo cada vez mais audi�ncia", reconhece a autora, que elogia a atua��o de Larissa. "Est� madura em cena, soube fazer a rom�ntica Elisa com a mesma habilidade com que est� fazendo a idealista e pragm�tica Isadora."
Alessandra cita como suas cenas preferidas o dia em que Afonso (Lima Duarte) arranca a filha de Helo�sa, rec�m-nascida, dos bra�os; quando Matias (Antonio Calloni) tem um surto psic�tico ainda em Po�os de Caldas e relembra da morte de Elisa ao som de “Unic�rnio azul”; a cena de Violeta enfrentando Matias para saber o que tinha levado � morte da filha; Helo�sa lembrando a perda da filha com Violeta, Davi chegando ao pres�dio... “S�o tantas”, afirma. "Mas fiquei especialmente emocionada com a partida de Bento e Lorenzo para a guerra, a cena em que se despedem das fam�lias e embarcam no trem ao som da 'Can��o do expedicion�rio'".
Voc� est� na Rede Globo h� 22 anos, onde participou de “Malha��o”, trabalhou com Miguel Falabella, em “Aquele beijo”, “P� na cova” (que acho uma das melhores s�ries da hist�ria da TV) e “Sexo e as negas”, al�m de Angela Chaves em “Os dias eram assim”. Como esses trabalhos influenciaram a sua forma��o e amadurecimento profissional at� chegar � novela “Al�m da ilus�o”?
“Al�m da ilus�o” � a realiza��o de um sonho, � o �pice da minha carreira at� agora. Durante todos os anos de empresa, vislumbrei esse momento como a maior realiza��o profissional que eu poderia ter. Mas tudo acontece na hora certa na vida. Esses 22 anos de trabalho como colaboradora – depois como coautora de uma supers�rie – serviram como um imenso aprendizado para o momento em que tive que encarar sozinha a folha em branco e come�ar a pensar minha pr�pria hist�ria. Com os colegas, aprendi n�o apenas a fazer uma escaleta, a criar uma trilha de um n�cleo de personagens ou a escrever cenas impactantes. Aprendi a trabalhar em equipe, a ouvir e a respeitar as ideias e as cr�ticas do outro, e tamb�m entendi a import�ncia de um ambiente leve e alegre para que a cria��o de um projeto t�o desafiador e gigantesco possa fluir da maneira mais agrad�vel poss�vel.
Voc� consegue curtir o sucesso da novela ou ainda tem a press�o (talvez de) cobran�as com a audi�ncia, de manter a hist�ria emocionando e divertindo sem perder o padr�o de qualidade?
Como eu tive bastante tempo para escrever os cap�tulos – estou nesse projeto h� quatro anos –, cada um deles foi pensado com muita calma e muito cuidado. Uma preocupa��o que tive foi de sempre manter a hist�ria “quente”, com muita a��o e muitas viradas. Ainda n�o terminei de escrever a novela, mas, como tenho uma boa frente de cap�tulos, consigo sim aproveitar o sucesso, acompanhar e torcer pela audi�ncia pelo Real Time, ler os coment�rios divertidos no Twitter e ainda visitar o set de grava��o para dar um ol� aos colegas.
Fazer uma novela (e uma novela de �poca) era um sonho pessoal?
Sou apaixonada pela hist�ria do Brasil. Quando terminei de escrever “Os dias eram assim”, uma amiga me emprestou o livro comemorativo dos 100 anos da Tecelagem Bangu. Ao ler sobre como uma velha fazenda de algod�o se transformou numa f�brica de tecidos e depois num bairro da cidade do Rio de Janeiro, fiquei encantada com a imensa possibilidade de tramas que poderiam ser ambientadas ali. Comecei pesquisando sobre os velhos engenhos de a��car e de que maneira o processo de industrializa��o pelo qual o Brasil passou nas d�cadas de 1930 e 1940 teria contribu�do para a derrocada desse meio de produ��o, com a chegada das usinas. Os livros de Jos� Lins do Rego – “Menino de engenho” e “Usina” – serviram n�o s� para entender essa transforma��o, mas tamb�m contribu�ram para o entendimento dos costumes e do modo de vida das pessoas que habitavam essas fazendas. Assim, nasceu o Engenho Camargo e a Tecelagem Tropical.
Ao falar de romance em “Al�m da ilus�o”, � imposs�vel n�o pensar no futuro de Isadora (Larissa Manoela) e Davi (Rafael Vitti), Violeta (Malu Galli) e Eug�nio (Marcello Novaes), mas a curiosidade maior � em rela��o ao futuro de Lorenzo (Guilherme Prates) e Bento (Matheus Dias). O p�blico tem d�vidas se o amor dele � por Bento ou Let�cia (Maria Luiza Galhano). H� torcida para que Lorenzo e Bento fiquem juntos...
Bento e Lorenzo s�o muito amigos, s�o como irm�os. Eles se abra�am, eles se tocam, eles se olham. Isso talvez possa ter levado a essa interpreta��o sobre os sentimentos entre os dois. Mas ambos s�o apaixonados por Let�cia. Lorenzo se alistou e carregou Bento com ele para a guerra na base na mentira, com a inten��o clara de separ�-los. Qualquer coisa diferente disso � fanfic.