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Estado de Minas AUDIOVISUAL

Dois anos de pandemia radicalizaram a revolu��o da TV

P�blico mudou sua rela��o com a tela, obrigando redes tradicionais e plataformas de streaming a lan�ar produtos criativos e oferecer novas op��es de assinatura


06/04/2022 04:00 - atualizado 05/04/2022 21:05

De touca cinza e casaco vermelho, atriz Suranne Jones olha para cima e sobe escada para sair de equipamento tubular em cena da série Vigil
Rede BBC apostou na s�rie original ''Vigil'', com Suranne Jones, e emplacou a melhor estreia no Reino Unido em 2021 (foto: BBC/DIVULGA��O)

O panorama televisivo mudou irremediavelmente em dois anos de pandemia. A telinha continua dominando, mas a audi�ncia se tornou vol�til, a oferta est� cada vez mais fragmentada e a luta entre redes e plataformas se intensificou.

“A pandemia mundial modificou, consideravelmente, o consumo dos meios de comunica��o”, destaca o Observat�rio Europeu do Audiovisual em relat�rio sobre as tend�ncias do setor.

Telespectadores europeus passaram 3h42min, em m�dia, por dia, na frente da televis�o em 2021, aumento de 3min em rela��o a 2019, conforme dados relativos a 36 pa�ses compilados pela Glance, que pertence ao grupo M�diam�trie, especialista em mercados televisivos internacionais.

Dois atores e uma atriz, em cena da série Round 6, olham para cima, com rostos suados, demonstrando tensão
Sucesso globalizado, seriado sul-coreano ''Round 6'' deu aos atores Lee Jung-jae (centro) e Jung Ho-yeon (direita) o respeitado pr�mio SAG 2022 (foto: Netflix/divulga��o)

CORRIDA COMPETITIVA

O trio “s�ries de TV de qualidade, intenso factual e eventos esportivos de alto n�vel” mant�m os canais tradicionais na corrida pelo espectador, afirmou o vice-presidente da Glance, Fr�d�ric Vaulpr�, durante o encontro internacional dos mercados de televis�o MIPTV, que come�ou na segunda-feira (4/4) em Cannes, na Fran�a.

Grupos tradicionais, que se dedicam � TV aberta, redobram os esfor�os para competir com as plataformas, exibindo seriados com elencos estrelados e roteiros elaborados.

� o caso de “Vigil”, s�rie coproduzida pela BBC e pelo Arte, melhor estreia no Reino Unido em 2021, e de “HPI”, da rede francesa TF1 (exibida no Brasil como “Morgana: A detetive genial”), que obt�m os melhores resultados de audi�ncia na Fran�a desde 2005.

O consumidor evolui e escolhe os programas que quer ver, seus hor�rios (ao vivo ou gravado) e a maneira como vai fazer isso – televis�o, celular, tablet, ou computador.

Cresce a chamada pr�-transmiss�o, ou seja, a oferta de programa exclusivamente on-line para assinantes antes de a atra��o ser transmitida em sinal aberto. “� uma tend�ncia clara h� alguns anos, que est� se consolidando no Reino Unido”, afirma o relat�rio da Glance.

O canal brit�nico por assinatura Sky Atlantic j� transmite 55% de seus programas dessa forma. “Todos est�o organizando suas armas nesse mercado hiperdin�mico, em que se percebe grande vontade de descobrir novos conte�dos”, afirma Fr�d�ric Vaulpr�.

A concorr�ncia � feroz entre as grandes plataformas norte-americanas. A Netflix continua na lideran�a, com 221,8 milh�es de assinantes em todo o mundo, seguida de perto por Disney, Amazon e HBO.

Na corrida para propor conte�dos inovadores, as fronteiras culturais se diluem. O melhor exemplo disso � o sucesso planet�rio da s�rie sul-coreana “Round 6”, que alcan�ou a audi�ncia de 142 milh�es de pessoas, apenas um m�s depois de sua estreia na Netflix.

De acordo com a consultoria Amp�re Analysis, a Netflix prev�, para 2022, 398 programas originais, um recorde.

Com 130 milh�es de assinantes, a Disney j� lan�ou 340 conte�dos originais fora dos Estados Unidos.

Por sua vez, a Amazon Prime Video, que tem cerca de 175 milh�es de assinantes, acaba de finalizar a compra do lend�rio est�dio de cinema MGM. Seu cat�logo chega a 56 mil t�tulos, contra os 20 mil que a Netflix pode oferecer.

Atriz Audrey Fleurot está de boca aberta, à frente de uma colher de iogurte, enquanto olha para bebê em cadeirinha infantil
Estrelada por Audrey Fleurot, a s�rie ''HPI'', da rede TF1, bate recordes de audi�ncia na Fran�a h� 17 anos (foto: TF1/reprodu��o)

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Modelos de assinatura variam de acordo com os mercados. Como j� fez a HBO Max, a Disney anunciou que, no final deste ano, oferecer� nos Estados Unidos uma op��o para assinantes com publicidade.

Essa tamb�m � a proposta das chamadas FastTV, como PlutoTV (Viacom CBS) ou IMDb TV (Amazon), o que significa a “volta para o futuro”, ou seja, assistir � televis�o de maneira gratuita, com an�ncios. 


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