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Estado de Minas ARTES VISUAIS

Saiba como funcionam os ''museus de selfie'', que s�o tend�ncia na Europa

Depois da Holanda, a Su�cia inaugura seu Youseum, cujos ambientes multicoloridos s�o planejados para servir como cen�rio de imagens destinadas �s redes sociais


06/04/2022 04:00 - atualizado 05/04/2022 22:20

ambiente chamado You are the moon, com tom predominante vermelho e objetos em formatos esféricos e imitando a lua pendentes do teto ao chão, no Youseum, em Estocolmo
O Youseum, localizado num centro comercial na periferia de Estocolmo, cobra o equivalente a mais de R$ 100 pelo ingresso, que d� direito a tirar fotos e fazer v�deos em seus ambientes, como a sala You are the moon (Voc� � a Lua) (foto: Jonathan Nackstrand/AFP)

Reflexo da "era dos anos 2020" ou retrato de uma gera��o narcisista? Em Estocolmo, o mais recente dos chamados "museus de selfie'' oferece uma colorida cena para os usu�rios do Instagram e do Tik Tok. 

Apresentado como "uma experi�ncia interativa para as redes sociais", o Youseum (um jogo de palavras entre "voc�" e "museu" em ingl�s), na periferia da capital sueca, n�o exp�e obras de arte emolduradas em paredes brancas. 

E o pre�o da entrada (mais de US$ 30, o equivalente a R$ 138,50) se aproxima mais do valor do ingresso de um parque de divers�es do que de um museu convencional. 
mulher de cabelos pretos, usando calça preta, camisa azul e tênis, salta sobre piscina de bolas azuis, com os braços para o alto
Na sala You underwater (Voc� sob a �gua), os visitantes podem pular numa piscina de bolas azuis (foto: Jonathan Nackstrand/AFP)

"Aqui podem ser tiradas fotos fant�sticas e criar conte�do para seus perfis no Instagram ou no Facebook. E se a pessoa estiver no Tik Tok, tem o lugar perfeito para fazer (os v�deos dessa rede)”, afirma Sofia Makiniemi, uma das respons�veis pelo museu.

Atr�s dela est� a Sala emoji, repleta de bolas azuis e amarelas representando as famosas carinhas sorridentes. Em outros ambientes tem�ticos, � poss�vel, por exemplo, pular em uma piscina cheia de bast�es de espuma, simulando balas em bast�o, em uma zona inspirada na C�te d’Azur francesa; posar sob brilhantes neons, ou se sentar em um balan�o rosa gigante. 

"H� ilumina��o, m�sica Tik Tok, doces, todas as coisas de que n�s gostamos", comemora Zaneb Elmani, de 18 anos, que visita o lugar com um grupo de amigos. Para ela, o Youseum tem o "clima dos anos 2020".

garoto observa mulher que posa para fotos dentro de máquina de lavar cenográfica cor de rosa
A ''lavanderia'' � outro cen�rio planejado para atrair usu�rios do Tik Tok e do Instagram� (foto: Jonathan Nackstrand/AFP)

INTERATIVO

Situado em um centro comercial, o espa�o "� um museu interativo, onde voc� pode criar a arte que voc� quer ver", segundo a defini��o de Makiniemi. 
 
A Su�cia � o segundo pa�s a receber uma institui��o deste tipo. Os primeiros espa�os foram lan�ados na Holanda pelo gigante imobili�rio comercial Westfield. A unidade de Estocolmo foi inaugurada no m�s passado, em um centro gigantesco da empresa em Solna, na periferia de Estocolmo. Projetos similares foram anunciados para Alemanha e Dubai.

A era das redes sociais e de seus "influencers" vem acompanhada de crescentes advert�ncias sobre os poss�veis riscos para a sa�de mental de jovens e adolescentes, especialmente meninas. 

"� grande parte da nossa sociedade hoje em dia. Ent�o, por que n�o tentar tornar isso mais criativo?", argumenta Makiniemi. 
duas crianças brincam em almofadas brancas gigantes que simulam nuvens no Youseum
A sala You in the clouds (Voc� nas nuvens) � decorada com almofadas gigantes e a inscri��o ''Mantenha sua cabe�a nas nuvens'' (foto: Jonathan Nackstrand/AFP)

As jovens estudantes que visitavam o local no mesmo dia em que a reportagem n�o mostraram nenhuma preocupa��o com os aspectos negativos das redes sociais.  

"Acho que esse lugar � lindo para as pessoas que amam tirar fotos. � muito lindo aqui, meu Deus, � muito lindo", deslumbra-se Chaymae Ouahchi, de 18 anos, que n�o se v� como uma "influencer" e garante ser "uma pessoa muito discreta".

Gera��es passadas podem torcer o nariz ao ouvir a palavra "museu" ser usada para um lugar dedicado a fazer selfies com o celular, ou podem simplesmente se resignar, como Bill Burgwinkle, um professor de 70 anos que visitava o local com sua sobrinha. 

"Acredito que seja muito tarde para se preocupar. O mundo � assim agora", disse, acrescentando que esse tipo de instala��o, at� pouco tempo improv�vel, "parece cumprir sua fun��o". 


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