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Estado de Minas CINEMA

Festival de Cannes chega ao fim, ecl�tico e sem favoritos

Vencedor da Palma de Ouro ser� conhecido neste s�bado (28/5). Edi��o deste ano chamou a aten��o para filmes realizados na Ucr�nia


28/05/2022 04:00 - atualizado 28/05/2022 08:04

A diretora Léonor Serraille com as mãos nos ombros do jovem ator Sidy Fofana, durante o Festival de Cannes
A diretora L�onor Serraille e o ator Sidy Fofana chegam ao festival para a exibi��o de "Un petit fr�re" (foto: Loic Venance/AFP)


O Festival de Cinema de Cannes chega ao fim neste s�bado (28/5), sem um claro favorito entre os 21 concorrentes � Palma de Ouro, o principal pr�mio do evento franc�s. Esta 75ª edi��o foi marcada pelo ecletismo, tanto de temas quanto de estilos cinematogr�ficos.

“Un petit fr�re”, de L�onor Serraille, e “Showing up”, de Kelly Reichardt, encerraram as exibi��es ontem, ap�s quase duas semanas de competi��o. O ator franc�s Vincent Lindon comanda o j�ri de nove membros. O Brasil n�o disputa a Palma de Ouro em 2022. H� tr�s anos, o pa�s levou o pr�mio do j�ri com “Bacurau”, de Kleber Mendon�a Filho e Juliano Dornelles.

DEN�NCIA SOCIAL

Filmes sociais e de den�ncia chamaram a aten��o nesta edi��o – entre eles, o iraniano “Holy spider”, sobre um serial killer de mulheres, de Ali Abbasi; “Tori et Lokita”, dos irm�os belgas Dardenne, sobre menores migrantes; e “RMN”, do romeno Cristian Mungiu, sobre racismo e extremismo.

A meio caminho entre a den�ncia e a s�tira feroz, “Triangle of sadness”, do sueco Ruben Ostlund, aborda o mundo dos privilegiados.

Outros diretores mostraram filmes introspectivos, como “Nostalgia”, do italiano Mario Martone, ambientado em uma N�poles sob o controle da Camorra, e “Armagedon time”, de James Gray, mem�rias da Nova York dos anos 1980. J� “Close”, de Lukas Dhont, trata da amizade entre dois adolescentes separados de forma traum�tica.

Cannes foi o local escolhido por cineastas para trazer � tona problemas ligados a situa��es sociais injustas, principalmente envolvendo mulheres. � o caso do iraniano “Leila's brothers”, de Saeed Roustaee, sobre uma fam�lia � beira da ru�na, e “Broker”, do japon�s Hirokazu Kore-eda, sobre o abandono de crian�as na Coreia do Sul.

Tamb�m disputa a Palma de Ouro o policial “Decision to leave”, do sul-coreano Park Chan-Wook, sobre um policial apaixonado por misteriosa mulher, suspeita de assassinato. J� “Boy from heaven”, do sueco de ascend�ncia eg�pcia Tarik Saleh, � um thriller ambientado no Egito contempor�neo.

Dramas hist�ricos tamb�m ganharam espa�o na Croisette. A competi��o come�ou com “Tchaikovsky's wife”, do russo Kirill Serebrennikov, sobre adversidades enfrentadas pela mulher do grande compositor.

O cinema franc�s foi representado por quatro filmes: “Stars at noon”, de Claire Denis, romance tingido de mist�rio; “Les amandiers”, de Valeria Bruni-Tedeschi, homenagem ao teatro; o drama familiar “Fr�re et soeur”, de Arnaud Desplechin; e “Un petit fr�re”, de L�onor Serraille.

Na �rea do cinema fant�stico ou experimental, “Eo”, de Jerzy Skolimowski, relata as aventuras de um burro; “Pacification”, do espanhol Albert Serra, traz uma pitada de espionagem no ex�tico Taiti; e “Crimes of the future”, do canadense David Cronenberg, aborda �rg�os humanos como obras de arte.
 
Veja trailer de "Crimes of future":
 
 

TERROR DO FUTURO 

O filme de Cronenberg, chamado de “terror do futuro” e estrelado por Viggo Mortensen, Kristen Stewart e L�a Seydoux, causou pol�mica.

Parte do p�blico abandonou a sess�o, na �ltima ter�a-feira (24/5), devido a cenas sangrentas e escatol�gicas do longa. Os personagens de Mortensen e Seydoux s�o artistas perform�ticos que removem �rg�os de corpos ao vivo, diante da plateia.

Em 2021, Cannes deu a Palma de Ouro a “Titane”, filme pol�mico e futurista sobre transexualidade, assinado pela diretora francesa Julia Ducournau. 

UCR�NIA EM FOCO

Cannes prometeu e cumpriu: a Ucr�nia esteve presente “em todos os cora��es”. Quatro filmes do pa�s foram apresentados: “Pamfir”, de Dmytro Sukholytkyy-Sobchuk, retrato sem concess�es da regi�o de Chernivtsi, na fronteira entre Ucr�nia e Rom�nia; “The natural history of destruction”, de Sergei Loznitsa, sobre bombardeios dos Aliados na Alemanha durante a Segunda Guerra; “Mariupolis 2”, do lituano Mantas Kvedaravicius, cineasta morto pelas tropas russas durante as filmagens; e “Butterfly vision”, de Maskym Nakonechni, sobre mulheres militares ucranianas capturadas pelos russos.












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