Empossada h� pouco mais uma semana como presidente da Funda��o Municipal de Cultura, Luciana F�res afirma que a nomea��o conjunta – ela entrou no mesmo dia em que Eliane Parreiras se tornou a secret�ria Municipal de Cultura – � ben�fica para Belo Horizonte.
“Isto foi visto como uma sinaliza��o de que h�, de fato, uma valoriza��o do setor cultural, de que ele traz desenvolvimento para a cidade. Neste sentido, a minha defesa � buscar parcerias, trabalhando em rede e potencializando as a��es.”
At� a nomea��o conjunta, a SMC e a FMC eram geridas por Fab�ola Moulin. “Eliane e eu temos uma forma de trabalho semelhante, bastante t�cnica, e estamos buscando uma integra��o maior. Isto j� vinha acontecendo, mas estava dificultado at� pela situa��o da Funda��o, cujo gestor tinha ac�mulo de fun��es”, acrescenta.
A secretaria dita as pol�ticas culturais do munic�pio e a funda��o � quem realiza as a��es. “� o bra�o executivo”, continua Luciana, acrescentando que outras pastas funcionam da mesma maneira, como a secretaria do Meio-Ambiente, que tamb�m atua ao lado de funda��es. “Meu trabalho na FMC tem grandes desafios, pois s�o muitos festivais e eventos e uma programa��o intensa no cotidiano. Temos que irradiar isto para toda a cidade.”
Eventos de peso
Neste semestre a PBH, por meio da SMC e DA FMC, realiza tr�s grandes eventos – o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), que come�a em 3 de agosto; a Virada Cultural, em 3 e 4 de setembro; e o Festival Internacional de Teatro – Palco e Rua (FIT), no in�cio de novembro. Al�m disto, a FMC � respons�vel por gerir 32 equipamentos (museus, centros culturais, teatros, cinemas, bibliotecas) em todas regionais.
Luciana diz que a nomea��o dupla ocorreu em um momento feliz para a cidade, que finalmente est� voltando � ativa, ainda que com algumas restri��es, ap�s dois anos de pandemia. “A gente est� chegando com a miss�o de aglutinar, somar, preencher a cidade de novo. � importante falar que nossa cidade tem mem�ria e � preservada, e que as pessoas s� valorizam o que preservam e conhecem.”
Neste momento, ela diz, a inten��o � levar a arte para todos os cantos da capital. “N�o ficar s� na regional Centro-Sul. Hoje, h� grupos muito s�lidos nas periferias.”
Esta � a segunda vez que Luciana trabalha na FMC. Arquiteta de forma��o, com forte atua��o – t�cnica e docente – na �rea de patrim�nio cultural, ela foi diretora de Museus e Centros de Refer�ncia (2013 a 2015) e tamb�m diretora do Conjunto Moderno da Pampulha (2015 a 2016).
Nesta �poca, coordenou a comiss�o executiva do programa de candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha a Patrim�nio Cultural da Humanidade, t�tulo concedido pela Unesco, em 2016.
MAP
Uma das estrelas daquela regi�o, o Museu de Arte da Pampulha (MAP) est� fechado desde novembro de 2019 para restauro. Dever� permanecer ainda por um tempo desta maneira. “O projeto de restauro est� pronto, mas ele tem que ser aprovado em todas as inst�ncias, e ainda est� em tramita��o”, diz Luciana. Independentemente do fechamento tempor�rio do espa�o, atividades continuam sendo realizadas na �rea externa – e a edi��o deste ano do Bolsa Pampulha est� em andamento no Viaduto das Artes.